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Abigail França Ribeiro
Vocês viram no Clipping Educacional de Hoje, em Editoriais, artigos e opiniões, o texto "Abrir as mentes é essencial para mostrar o que se produz no meio acadêmico brasileiro e permitir a atualização de nossos cientistas", de José de Souza Martins. Foi publicado no O Estado de São Paulo.
Não dá prá não ler!
Ter, 22 de Março de 2011 10:56
 
Carlos Eduardo de Araújo Nogueira
Boa noite a todos.

Estive fora uns dias e fiquei sem tempo para comentar as postagens do Clayton e da Roberta.

A opinião de você quase encerra nosso grupo de discussão. Tenho a impressão que todos concordam, porque ninguém postou nada em contrário.

Penso que estamos no momento mais que apropriado para enveredarmos em cunha, para mudarmos esse paradigma da educação científica, pelo menos no Brasil. Tenho pesquisado bastante sobre o tema e quem efetivamente está fazendo ciência, criando e inovando, mas ainda são poucos e a maioria vinculados às instituições públicas, que carecem dessa visão interdisciplinar.

A questão financeira, como bem abordou o Clayton, é um entrave, mas não uma impossibilidade, até porque a inteligência e falta de vergonha (neste caso positiva) ajudam na busca de parcerias para a realização dos projetos. Se o Brasil depender exclusivamente da pesquisa pública, vamos avançar muito lentamente pois, todos sabem, não é qualquer doutor que pesquisa, e é bom que alguns nem entrem num laboratório porque não têm vocação para isso. Então, estamos limitados.

Olhando por um outro prisma, penso que há um ótimo potencial de contribuição das IES não universitárias, mas que estão distantes por que a legislação não as estimula a investir em pesquisa. Há um grande potencial de articulação entre os níveis institucionais, o que propiciaria a participação de faculdades em pesquisas avançadas, conjugando seus programas de iniciação científica a linhas de pesquisa em outras IES, inclusive públicas.

Certa vez abordei essa questão numa IES. As expressões faciais foram de reprovação. Não era necessário ser um especialista em PNL para compreender isso. E depois alguém balbuciou as palavras mágicas: não tenho interesse em ser co-autor. Uau! Foi profundo e assustador. "Que visão tacanha", pensei comigo, e o sujeito nem estava produzindo qualquer conhecimento, nem mesmo um artigo!

O compartilhamento de pesquisas é possível e a inserção de faculdades também é possível. Em 2007 visitei a Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, para estreitar relacionamento. A IES para a qual eu trabalhava compartilhava uma linha de pesquisa com a Embrapa com a participação de alunos de iniciação científica do curso de Biologia, sob supervisão de um dos nossos professores. A Embrapa possui pesquisadores altamente capacitados e a garotada trabalhava diretamente com eles. Minha visita tinha o propósito de intensificar essa relação e ampliá-la ainda mais. Na conversar com o chefão desta unidade é que vi o potencial que temos para interdisciplinaridade e a integração. Ele me sugeriu de ampliarmos o convênio para incluir os alunos dos cursos de Pedagogia e de Letras. Fiquei surpreso e, antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele emendou: "temos excelentes pesquisadores mas não conseguimos transmitir adequadamente para a extensão rural, e mesmo para os produtores rurais, nossas descobertas porque não dominamos as estratégias pedagógicas e a linguagem, de modo a dar acesso a esse conhecimento". Não preciso dizer que a surpresa foi grande também na direção da nossa faculdade. Ou seja, o potencial existe, mas por que não o realizamos?
Ter, 22 de Março de 2011 00:19
 
Claiton Muriel Cardoso
Vou colocar mais lenha na fogueira... Se existe um método, um processo, um pensamento cartesiano, portanto lógico, norteando tudo isso é muito difícil inovar, sabem porque: porque inovar não tem nada a ver com pensamento cartesiano. Inovar é questionar e quebrar paradigmas (o mundo é um bola quadrada que gira parada). Pensar diferente não é uma prática comum - já ouvi alguém dizer que "um estalo de um gênio vale mais que 100 anos de laboratório" - essas pessoas que estão dispostas a "não acreditar" parecem que têm uma vocação para isso. É por esse motivo que acredito que cada vez mais os pesquisadores têm que ter formação em outras áreas do conhecimento porque o que estão construindo é algo novo e geralmente exige conhecimento interdisciplinar. Os especialistas, sem essa visão holística, sabem cada vez mais de menos coisas e a partir daí geram novas técnicas mas sem conexão, sem a visão e a agregação de valores que estão disponíveis em outras disciplinas, então acredito pouco em pesquisa acadêmica e muito em pesquisa em equipes e em centros de pesquisa preparados para isso.
Sáb, 12 de Março de 2011 15:39
 
Claiton Muriel Cardoso
Ok Marcelo (vejam a discussão no grupo de Pesquisa). Na sua área de atuação normalmente a pesquisa apresenta um resultado prático e veja que Vocês não engessaram a metodologia e o compartilhamento, pelo contrário, todos têm sido chamados ao trabalho.
Em outras áreas isso raramente acontece.
A coisa é muito séria e para citar apenas um exemplo dos vários que conheço: foi feita uma pesquisa sobre a transmissão de leishmaniose de mãe para filho em caninos. Sabe qual o tamanho da amostra ? 20 cães de "raças diferentes". Sabe qual a conclusão: a mãe transmite para os filhos. Ora, pense comigo, em regiões endêmicas todos os cães adquirem a doença e morrem ou são sacrificados pelo poder público (único país que faz isso), se as mães passam para os filhotes é fácil concluir que a população canina seria toda dizimada, e isso não acontece. É matemática não é pesquisa. O que estou lhe afirmando tem 100% de possibilidade de ocorrer se a assertiva de que "mãe transmite para filho for verdadeira" isso é um cálculo matemático/estatístico. É fácil derrubar essas pesquisas porque matemática é coisa difícil de contrariar, esse é um pequeno exemplo de que sem dinheiro não há como isolar apenas uma variável (ceteris paribus) e sem a possibilidade de se isolar apenas a variável a ser pesquisada, o resultado é furado. Que eu me lembre, já vi mais de 100 crias de cadelas com leishmaniose e nenhum caso de filhote infectado diretamente por elas. Tenho muitos casos desses para contar... mas precisamos de doutores não é mesmo ?
Sáb, 12 de Março de 2011 15:22
 
Abigail França Ribeiro
Prazer em estar com vocês.
Estou gostando deste debate.
Precisamos convidar para este grupo os pesquisadores mineiros da FJP, CETEC, FEAM, FUNEDI, FAPEMIG, etc, etc...
Sáb, 12 de Março de 2011 15:17
 

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