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Mural do Grupo
Edilma Cotrim da Silva
Meus amores...
Que neste dia, nesta hora recebam o meu desejo para todos que compartilham dessa rede.

Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente em suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos,
E, até que nos encontremos, de novo...
Que Deus lhe guarde nas palmas de suas mãos!

Prece Irlandesa
Qua, 23 de Março de 2011 16:52
 
Eliana Custódio
Amigos (as) virtuais:

Divido com vocês as belas palavras de Rubem Alves, um educador apaixonado pela arte de ensinar e cheio de sensibilidade. Boa leitura.

(Eliana Custódio)

A arte de ouvir

De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o Verbo”. Eu acrescento: “Antes do Verbo era o silêncio.” É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim. Para ouvir as vozes do silêncio. Veja esse poema de Fernando Pessoa, dirigido a um poeta: “Cessa o teu canto! Cessa, que, enquanto o ouvi, ouvia uma outra voz como que vindo nos interstícios do brando encanto com que o teu canto vinha até nós. Ouvi-te e ouvia-a no mesmo tempo e diferentes, juntas a cantar. E a melodia que não havia se agora a lembro, faz-me chorar...” A magia do poema não está nas palavras do poeta. Está nos interstícios silenciosos que há entre as suas palavras. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não havia. Aí a magia acontece: a melodia me faz chorar...
O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita...” Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, Da. Clotilde, tivesse jamais gritado. Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola a violência começa com estupros verbais....
Será que era isso que acontecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno ( pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão porque há tantos cursos de oratória, procurados por políticos e executivos, mas não haja cursos de escutatória. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.

Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de se iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche.

Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa preocupação com o escutar claro. Amamos não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar...

(Rubem Alves)
Ter, 22 de Março de 2011 22:14
 
Durval A. Ramanholi
APOLOGIA À COLA

O gérmen da corrupção: “Quem não cola não sai da escola.” Isso cheira a cola e enche a sacola. Profe!... Sai da minha cola!
A cola descolada é princípio de aprendizagem. Resumo bem feito. “O que é mais importante?”, “Que será perguntado?”, “Como?”, “Não, extenso demais!”... “Agora o score decola.”
Na degola: o flagra... sem prova, sem nota, sem cola. Dançou! Mas não foi “boiola”. E agora, José? Não sei... mas não vou pedir esmola!
E tem o que incorpora a cola. Um trunfo na manga. É a última cartada. Sob a saia não. Deixe-me ver. Mais um pouquinho...
? Pare com isso, seu tarado!
? Ah! Agora eu é que sou culpado!!??
Parasita também cola. Cola-torcicolo: tanto virar para o lado. Chega a perder o RUBORlado! Irado. Sai do meu pé, chulé! Vê se não me amola! Chupim, devora o outro e joga a caca fora. Ou a caca se auto-devora? Que nhaca!
Mata barata! O conhecimento jaz sob os pés... tem-no aos seus pés. Abaixar nem pensar. Humilhar-se ante a cola?! E o professor que não descola?
Cole a cola na prova. Prove a astúcia, estulto! Astúcia de quem? Colante ou descolado? Não. Deste mestre encruado... lado a lado.
Na parede da gaiola, sub-escrito na carteira, descarado livro aberto... Quem se incomoda? todo mundo cola! O que pega, segura... e não sai da (es)cola!
Não cole que o “Deuzinho” castiga, hein?!
Arre! Essa neve parece uma bola. Rrrrrrrrrrrr!

Aprender ou não ser... eis a questão!
Prof. Dr. Durval A. Ramanholi; Fernandópolis, 21/03/2011.
Eliana CustódioEliana Custódio em Ter, 22 de Março de 2011 01:06

Muito bom prof. Durval. Fiz uma Pós-Graduação e um texto meu postado num fórum foi copiado tão descaradamente que até as frases que eu usava com aposto o tal "consultor" repetia. Nem pra maquiar ele teve competência. Tive que brigar muito para que o texto colado fosse retirado do ambiente do fórum, porque até a tutora e o coordenador do curso diziam que esse procedimento no ambiente acadêmico era "normal". Como assim??? perguntava eu. Eu sei muito bem diferenciar intertextualidade de cópia. Só quando ameacei denunciar ao MEC é que o texto do plagiador foi retirado do ar. Inversão de valor e falta de ética existem em todo lugar!

Seg, 21 de Março de 2011 20:38
 
Ricardo Sardinha
O que é

O que é.
O que é o Frio.
Senão a ausência de calor.
O que é o ódio,
Senão a ausência de amor.
O que é a saudade.
Senão a ausência da presença.
O que é o mal.
Senão a ausência do bem.
O que é escuridão.
Senão a ausência da luz.
O que é o desespero.
Senão a ausência da fé.
O que é a ignorância.
Senão a ausência de querer ver.
O que é te sentir...
Se você não está aqui.
O que é querer te beijar.
Se meus lábios não te alcançam.
O que é querer te abraçar.
Se meus braços não têm mais força.
O que é se arrepender.
Se não há mais tempo.
O que é te amar, se já não me amas.
Assim, dou graças...
Porque não passa de devaneios...ou pesadelos...
Assim...
Não tenho frio, pois há calor em abudância.
Não tenho ódio, pois em mim habita o amor.
Não tenho motivos para saudades, pois quem amo ao meu lado está.
Não temo o mal, pois o bem não deixa espaço.
A escuridão não me ameaça, pois a luz é generosa em meu caminho.
O desespero não bate em minha porta, pois a fé é inabalável.
Antes não saber, do que não querer ver assim a ignorância não me atinge.
Te sinto, pois aqui estás.
Beijo seus lábios...
Abraço seu corpo...
Pois, mesmo se longe estivesse, mesmo se força não existisse, creio que haveria de buscá-la, para que minha existência desse continuidade.
Amo-te, e dou novamente graças... Pois me amas também.

(Ricardo Sardinha)
Seg, 21 de Março de 2011 18:58
 
Eliana Custódio
AMOR

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

(Clarice Lispector)
Seg, 21 de Março de 2011 18:07
 
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