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ESPAÇO CULTURAL - POEMAS, POESIAS, TEXTOS E DICAS DE CULTURA
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Parabéns Claiton pela criação desse grupo!
Deixo aqui singela contribuição.
A Vida ...
Os dias findam,
O tempo voa,
A vida passa...
Lembranças de momentos plenos
De sonhos efervescentes
De vida em magnitude
Temor... Inquietação... Nenhum.
Lembrança de amor intenso
Com sabor de infinito
Com crença do erudito
Oh vida! Oh Deus! Oh paz!
Como fazer pra disfarçar
Se não consigo prendê-lo em mim...
Os olhos saltitam
Os corações palpitam
Oh emoção... Oh tempos... Oh sonhos...
Tudo passou... não passou de um sonho...
Mas as lembranças brotam em mim.
Belos tempos... lindos sonhos...
Acreditar no amor era medonho...
Acalentar esperanças era tristonho...
Mas a vida brotava intensa, a sorrir!
Nada mais importava, nem o porvir...
A sede de amar era incessante,
Refrear... nem por instante,
Tudo emergia entrelaçante
Nada, ninguém poderia conter...
E o tempo passou...
O coração silenciou...
Os sonhos repousaram...
O Eu adormeceu...
A alma amolou...
O fogo cessou...
O mundo girou...
E a vida... percorreu.
Oh Deus, eu suplico:
A quem eu servi?
Porque não vivi?
Tanta vida... tanto ardor...
Tanto sonho... tanto amor!
Porquanto sofri... e tudo passou ...
Agora cansada,
Olhar mergulhado,
Desejo sufocado,
Não miro provir...
A vida andou...
O tempo passou,
E os sonhos... a dormir.
Agora cansada,
O tempo é quem diz:
Não castre seus sonhos!
Seja feliz!
A vida é terrena,
Saudade é suprema,
O tempo é quem diz.
Se o tempo cessasse...
Se o ensejo retornasse...
Se o coração palpitasse...
Oh Deus! Oh vida! Oh sonho...
Como eu seria feliz!
Mas tudo, tudo passou...
O coração serenou,
A paixão abrandou,
O sonho exauriu...
O sorriso submergiu,
A alma abdicou,
A solidão resignou
E a ilusão... Sucumbiu!
(Neusa Bordignon - 19/11/2010)
Deixo aqui singela contribuição.
A Vida ...
Os dias findam,
O tempo voa,
A vida passa...
Lembranças de momentos plenos
De sonhos efervescentes
De vida em magnitude
Temor... Inquietação... Nenhum.
Lembrança de amor intenso
Com sabor de infinito
Com crença do erudito
Oh vida! Oh Deus! Oh paz!
Como fazer pra disfarçar
Se não consigo prendê-lo em mim...
Os olhos saltitam
Os corações palpitam
Oh emoção... Oh tempos... Oh sonhos...
Tudo passou... não passou de um sonho...
Mas as lembranças brotam em mim.
Belos tempos... lindos sonhos...
Acreditar no amor era medonho...
Acalentar esperanças era tristonho...
Mas a vida brotava intensa, a sorrir!
Nada mais importava, nem o porvir...
A sede de amar era incessante,
Refrear... nem por instante,
Tudo emergia entrelaçante
Nada, ninguém poderia conter...
E o tempo passou...
O coração silenciou...
Os sonhos repousaram...
O Eu adormeceu...
A alma amolou...
O fogo cessou...
O mundo girou...
E a vida... percorreu.
Oh Deus, eu suplico:
A quem eu servi?
Porque não vivi?
Tanta vida... tanto ardor...
Tanto sonho... tanto amor!
Porquanto sofri... e tudo passou ...
Agora cansada,
Olhar mergulhado,
Desejo sufocado,
Não miro provir...
A vida andou...
O tempo passou,
E os sonhos... a dormir.
Agora cansada,
O tempo é quem diz:
Não castre seus sonhos!
Seja feliz!
A vida é terrena,
Saudade é suprema,
O tempo é quem diz.
Se o tempo cessasse...
Se o ensejo retornasse...
Se o coração palpitasse...
Oh Deus! Oh vida! Oh sonho...
Como eu seria feliz!
Mas tudo, tudo passou...
O coração serenou,
A paixão abrandou,
O sonho exauriu...
O sorriso submergiu,
A alma abdicou,
A solidão resignou
E a ilusão... Sucumbiu!
(Neusa Bordignon - 19/11/2010)
Dom, 20 de Março de 2011 21:43
Lúdica
Hoje minha porção escritora bate à porta e quer se fazer entender. Ou simplesmente quer ser, dispensando qualquer entendimento. Porque sabe que sentir é superior a entender quando a emoção só quer transbordar feito água escorrendo pela mão. Porque sem emoção, a vida é em vão.. mesmo que sangre, mesmo que transborde, mesmo que fira...é da emoção que alimento minha alma e ela a mim...quero ser mais lúdica que lúcida... porque a lucidez também pode ser uma gostosa brincadeira.. um esconde esconde... corre a lúcida.. surge a lúdica!
(Eliana Custódio)
Hoje minha porção escritora bate à porta e quer se fazer entender. Ou simplesmente quer ser, dispensando qualquer entendimento. Porque sabe que sentir é superior a entender quando a emoção só quer transbordar feito água escorrendo pela mão. Porque sem emoção, a vida é em vão.. mesmo que sangre, mesmo que transborde, mesmo que fira...é da emoção que alimento minha alma e ela a mim...quero ser mais lúdica que lúcida... porque a lucidez também pode ser uma gostosa brincadeira.. um esconde esconde... corre a lúcida.. surge a lúdica!
(Eliana Custódio)
Dom, 20 de Março de 2011 13:05
Um namorado a essa altura?
Pois é o que se vê por aí: namorados de 47, 53, 62 anos, todos veteranos no papel de novatos
Quem é que tem namorado, namorada? Garotada. Antes de casar, de constituir família e cumprir com toda a formalidade, namora-se, e o verbo é de uma delícia de matar de inveja, namorar, experimentar, entrar em alfa, curtir, viajar, brigar, voltar, se vestir pra ele, se exibir pra ela, telefonar, enviar torpedos, dar presentinhos, apresentar mãe, pai, amigos, ocultar ex-ficantes, declarar-se, agarrar-se no cinema, não ter grana para morar junto, ausência dolorosa, ver-se de vez em quando, um dia tem faculdade, no outro se trabalha até mais tarde, quando então? Amanhã à noite, marca-se, aguarda-se. Namorados. Que fase.
Depois vem o casamento, os filhos, as bodas e aquela coisa toda. Dia dos namorados vira pretexto para mais um jantar num restaurante chique, onde se pagará uma nota pelo vinho. Depois dos 3.782 “te amo” já trocados, mais um, menos um, o coração já não se exalta. Deita-se na mesma cama, o colchão já afundado, transa-se no automático, renovam-se os votos e segue o baile, amanhã estaremos de novo juntos, e depois de amanhã, e depois de depois, até os 100 anos. Casados. Bem casados.
Mas namorado, não. Namorar tem frescor, é amor estreado, o choro trancado no quarto, o presente comprado com os trocados, os porta-retratos, os malfadados bichinhos de pelúcia, as camisinhas e todos os cuidados, os “pra sempre” diariamente renovados, namorados. Cada qual no seu quadrado.
Pois outro dia vi uma mulher de 56 anos dar um depoimento engraçado. Disse ela: “Já fui casada, hoje tenho filhos adultos, um netinho e um namorado, e me sinto quase retardada. Difícil nessa idade dizer que o que se tem não é um marido, nem mesmo um amante. Que outro nome posso dar a esse homem que vejo três vezes por semana, que me deixa bilhetinhos apaixonados e me liga para dar boa noite quando não está ao meu lado?”
Minha senhora, é um namorado. Por mais fora de esquadro.
Como apresentá-lo, ela que já não usa minissaia, nem meia três quartos, e que já possui um imóvel quitado? Ele grisalho, ex-surfista, hoje meio alquebrado: um namorado?
Pois é o que se vê por aí: namorados de 47, 53, 62 anos, todos veteranos no papel de novatos. Começando tudo de novo, depois de tanto já terem quebrado os pratos. Eles, livres como pássaros. Elas, coração aos pulos, depilação em dia, sem tempo para os netos: vovó tem direito a uma volta ao passado.
O que poderia ser constrangedor agora é um fato. Namora-se antes do casamento, e depois. Com a vantagem de os namoros da meia-idade dispensarem ultimatos.
(Martha Medeiros)
Pois é o que se vê por aí: namorados de 47, 53, 62 anos, todos veteranos no papel de novatos
Quem é que tem namorado, namorada? Garotada. Antes de casar, de constituir família e cumprir com toda a formalidade, namora-se, e o verbo é de uma delícia de matar de inveja, namorar, experimentar, entrar em alfa, curtir, viajar, brigar, voltar, se vestir pra ele, se exibir pra ela, telefonar, enviar torpedos, dar presentinhos, apresentar mãe, pai, amigos, ocultar ex-ficantes, declarar-se, agarrar-se no cinema, não ter grana para morar junto, ausência dolorosa, ver-se de vez em quando, um dia tem faculdade, no outro se trabalha até mais tarde, quando então? Amanhã à noite, marca-se, aguarda-se. Namorados. Que fase.
Depois vem o casamento, os filhos, as bodas e aquela coisa toda. Dia dos namorados vira pretexto para mais um jantar num restaurante chique, onde se pagará uma nota pelo vinho. Depois dos 3.782 “te amo” já trocados, mais um, menos um, o coração já não se exalta. Deita-se na mesma cama, o colchão já afundado, transa-se no automático, renovam-se os votos e segue o baile, amanhã estaremos de novo juntos, e depois de amanhã, e depois de depois, até os 100 anos. Casados. Bem casados.
Mas namorado, não. Namorar tem frescor, é amor estreado, o choro trancado no quarto, o presente comprado com os trocados, os porta-retratos, os malfadados bichinhos de pelúcia, as camisinhas e todos os cuidados, os “pra sempre” diariamente renovados, namorados. Cada qual no seu quadrado.
Pois outro dia vi uma mulher de 56 anos dar um depoimento engraçado. Disse ela: “Já fui casada, hoje tenho filhos adultos, um netinho e um namorado, e me sinto quase retardada. Difícil nessa idade dizer que o que se tem não é um marido, nem mesmo um amante. Que outro nome posso dar a esse homem que vejo três vezes por semana, que me deixa bilhetinhos apaixonados e me liga para dar boa noite quando não está ao meu lado?”
Minha senhora, é um namorado. Por mais fora de esquadro.
Como apresentá-lo, ela que já não usa minissaia, nem meia três quartos, e que já possui um imóvel quitado? Ele grisalho, ex-surfista, hoje meio alquebrado: um namorado?
Pois é o que se vê por aí: namorados de 47, 53, 62 anos, todos veteranos no papel de novatos. Começando tudo de novo, depois de tanto já terem quebrado os pratos. Eles, livres como pássaros. Elas, coração aos pulos, depilação em dia, sem tempo para os netos: vovó tem direito a uma volta ao passado.
O que poderia ser constrangedor agora é um fato. Namora-se antes do casamento, e depois. Com a vantagem de os namoros da meia-idade dispensarem ultimatos.
(Martha Medeiros)
Dom, 20 de Março de 2011 11:06
Jogo
De aposta na mão
rosto marcado de pouco pão
pacientemente na fila passeia
O que um esperar
Para quem sonha com uma ceia
Farta, fausta, fiel,
Arroz, feijão e "essas comida de coronel"
Com o que sonhas João?
Com uma vida sem patrão
Uma mesa cheia de pão
Dormir com o canto de um azulão..
Eita vidão bão..
Parco sorriso, escancarado pela ausência de dentes
João da Silva. João de Deus ou João somente?
Autor: Eliana Custódio
De aposta na mão
rosto marcado de pouco pão
pacientemente na fila passeia
O que um esperar
Para quem sonha com uma ceia
Farta, fausta, fiel,
Arroz, feijão e "essas comida de coronel"
Com o que sonhas João?
Com uma vida sem patrão
Uma mesa cheia de pão
Dormir com o canto de um azulão..
Eita vidão bão..
Parco sorriso, escancarado pela ausência de dentes
João da Silva. João de Deus ou João somente?
Autor: Eliana Custódio
Sáb, 19 de Março de 2011 22:41
Para Claiton Muriel.
Mais uma vez tu brilhas sobre o palco,
mais uma vez eu venho a te saudar
e o povo rolando aplausos a teus pés mil troféus lançar.
Castro Alves - Hebréia.
Se gostar peça que lhe mando completa.
abraços Edilma
Mais uma vez tu brilhas sobre o palco,
mais uma vez eu venho a te saudar
e o povo rolando aplausos a teus pés mil troféus lançar.
Castro Alves - Hebréia.
Se gostar peça que lhe mando completa.
abraços Edilma
Sáb, 19 de Março de 2011 19:02
