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Edições Anteriores 44 Revolucionar a gestão: fazer ou não fazer, é realmente a questão?
Revolucionar a gestão: fazer ou não fazer, é realmente a questão? PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Hector H.S. Tomelin   
Qua, 16 de Fevereiro de 2005 21:00

Um dos grandes enganos da análise econômica no sec. XX foi a da paixão pela filosofia desagregada dos fatos e dados, ou seja a crença de que para uma idéia ser válida, basta se apresentar de forma lógica e elegante.

Ainda bem que Galileu e outros iniciaram a ciência experimental, há mais de 400 anos, e apesar do esforço deles, o conceito aristotélico ainda foi e é seguido por muitos, talvez por isto a palavra revolução tenha saído do século 20 menos charmosa do que entrou.

Realmente é algo que se constata, quantas revoluções políticas e econômicas foram feitas sem o mínimo de avaliação de fatos e dados, sem que se fizesse ao menos um tentativa para se avaliar as falhas de teorias que quando aplicadas na transformação de sistemas político-econômicos trariam impactos de vida e morte sobre bilhões, indo da revolução russa de 1917 ao Kmer Vermelho, ou por que não no nosso dia-a-dia empresarial da produção em série até a terceirização e reengenharia e outras coisas que ajudam os revolucionários consultores a faturar com palestras e livros sobre "gestão".

Apesar da provocação vou tentar discorrer sobre um conceito, deixando a análise pragmática nos quadros anexos, sobre os quais me basearei.

A gestão das escolas brasileiras passa por um momento de inflexão, revolucionário em certos aspectos, sabemos que as mudanças estão ocorrendo, mas às vezes não conseguimos sequer imaginar para onde as mudanças nos levarão.

Em tempos de guerra empresarial, com troca de papeis e posições, como já bem diziam Ries & Trout (MKT Guerra II), ou Blanchar, para não falar de P.Druker, o essencial é saber manter o foco.
Isto significa manter a atenção na essência do negócio e deixar o que não for essencial para que outros se ocupem, mesmo quando o custo for um pouco mais alto, pois o custo da falta de atenção e drenagem de recursos para áreas não essenciais é, a rigor, alto e só visível quando já é tarde demais.

Deste modo, permito-me falar sobre o uso da informática gerencial nas escolas que precisa ser reavaliada na maioria dos casos.

Os atuais modelos em vigor, terceirizados ou não, possuem algumas características:

1. Alto custo de instalação;
2. Dificuldades na implantação, devido ao baixo grau de aderência dos sistemas;
3. Alto custo de atualizações;
4. Lentidão no processo de atualização;
5. Requisição de recursos em nível acima da demanda efetiva;

Estas características derivam do fato de que os modelos exigem uma estrutura mínima para se tornarem operacionais, o que coloca o custo por aluno atendido inversamente proporcional ao número de alunos.

Tal realidade faz com que recursos que poderiam ser utilizados na formação de professores, melhoria do conteúdo acadêmico, conforto para os alunos, pesquisas, ou seja, a essência do que é uma escola sejam drenados para a área de informática (entende-se como informática gerencial), atingindo níveis alarmantes, ultrapassando mais de 5% da receita de algumas instituições.

Seria muito mais proveitoso, se as instituições pudessem adquirir os recursos de modo que o investimento inicial fosse o mínimo possível, e o custo fosse pago em função do uso efetivo.

Há modelos de negócios que no passado eram diferenciais fantásticos de competitividade e hoje se transformaram em pré-requisitos tecnológicos para estar no sec. XXI, e seguem um modelo de custeio por demanda.

Não existe ... existe sim! Nós é que não o percebemos mais, de tão essenciais para os organismos empresariais, como é o ar para os seres vivos.

Estamos falando da energia elétrica, que foi um tremendo diferencial tecnológico no sec. XIX e passou a ser algo totalmente integrado em nossas vidas, a ponto de nem pensarmos mais nelas.

Seria fantástico se pudéssemos migrar para um modelo que possuísse as seguintes características:

1. Baixo custo de instalação;
2. Facilidades na implantação, com base em maior aderência e flexibilidade das aplicações;
3. Baixo custo de atualizações;
4. Atualizações instantâneas;
5. Equilíbrio entre recursos e demanda;

Alguns diriam que isto é uma utopia, que não existe, mas na realidade já existe sim, falta um pouco de percepção dos gestores, que deveriam analisar os fatos de modo mais imparcial, sem se espelhar em modismos, e sim em fatos e dados, pois estes não se discutem, apenas o são.

Procedemos a uma análise das diferenças de custos entre o velho modelo e o novo para uma escola típica de 1.000 alunos, e uma grande surpresa: O novo modelo, em cinco anos representa um gasto inferior na ordem de R$ 353.000, ou quando analisamos na perspectiva mensal ou anual, um gasto 58% inferior, basta conferir nas tabelas 1 e 2.




Os gastos levaram em conta a reposição dos investimentos feitos na infra-estrutura básica de sistemas de informação gerencial. Gastos com redes de dados e comunicação e outros similares não foram levados em conta, pois não dependem necessariamente do modelo escolhido.

Há uma suposição sobre a infra-estrutura necessária para atender toda a comunidade acadêmica, 18 horas por dia, 5 dias e ½ no modelo tradicional, e 24 horas por dia, 7 dias por semana no novo modelo.

Observe que o link estabelecido é para os serviços administrativos, não é considerado conexões para acesso de pesquisa por alunos e professores, pois não dependem dos modelos


 

Autor deste artigo: Hector H.S. Tomelin - participante desde Sex, 29 de Dezembro de 1899.

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