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Monografias e Trabalhos “Reflexões sobre a Subjetividade e o Dialógico na Educação, sob a Ótica do Pensamento de Charles Taylor”
“Reflexões sobre a Subjetividade e o Dialógico na Educação, sob a Ótica do Pensamento de Charles Taylor” PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Lídia Lacava   
Qua, 06 de Maio de 2009 00:00
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Por Lídia Lacava

RESUMO

O objetivo deste artigo diz respeito à análise do pensamento do filósofo Charles Taylor e possíveis relações com questões da filosofia inseridas na educação. Foi escrito durante as aulas da disciplina SUBJETIVIDADE E CULTURA no curso de Mestrado da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Traz em seu bojo a importância de um trabalho reflexivo sobre o ser e o fazer do professor.

 

PALAVRAS-CHAVE: professor, subjetividade, linguagem, (auto)reflexão, desafios.

Somos seres em relação e, nesse sentido, há uma analogia dialética e dialógica aí inserida. Dialética no sentido de estarmos sempre em contato com o outro – EU/OUTRO – que consubstancia a dinâmica do aprender.  Ampliando para a análise do significado e sentido do termo, percebe-se quanto de antíteses, de movimentos dialéticos o educador não exercita em sua prática pedagógica! Ao atuar em situações de ensinagem e aprendizagem; ao lidar com amor e ódio / ação e desejo na relação com seu aprendiz; ao alavancar a importância da análise entre subjetividade e objetividade presentes na aquisição do conhecimento; ao buscar uma tentativa de síntese entre o uno e o múltiplo, a parte e o todo, a tese e a antítese na ampliação do conteúdo a ser trabalhado, busca aguçar o olhar de seu aluno, trazendo-o para uma visão holográfica da realidade!

Dialógica não somente configurada em uma relação eu / tu; ensinante / aprendente, mas principalmente no exercício do diálogo, da troca de experiências que, através da linguagem / “da expressividade da linguagem”, consubstanciada em uma “avaliação forte” da realidade, marca e presentifica os seres na relação. São singularidades, autorias de pensamentos e de ações que a partir de vivências únicas e significativas ganham corpo através da linguagem – “língua que age”- deixando aflorar o self no processo narrativo.

Importante, neste momento, esclarecer que a linha de pensamento de Charles Taylor busca suas raízes em Hegel (filósofo alemão do século XIX) que traz o “pensamento expressivista” como possibilidade de expressões humanas, ao contrário de Kant que atua em uma linha de “pensamento procedimental”, mais voltado às regras universais. Para este, a razão se auto-processa no sentido do sujeito agir no mundo, independentemente do ambiente onde está lançado, sendo assim, um agir mais universal. Já para aquele as formas de expressão humana dão forma e força à criação da identidade do ser. Vê-se, assim, uma cisão entre o pensamento dos dois teóricos, levando Kant à uma ação mais tecnicista, desumanizadora e Hegel buscando uma ação mais subjetivante e nela inserindo o ser total do sujeito – corpo, razão, emoção e linguagem.

A subjetividade e o caráter dialógico deixam suas marcas na relação entre os homens através da linguagem... esta é o elemento do signo que dá vida, forma e som aos pensamentos!

Tirar da opacidade das palavras a transparência de seus significados penso ser um dos ítens que Charles Taylor nos mostra, ao pontuar a importância da expressividade da linguagem. Expressividade no sentido de trazer o “modo de ser” do sujeito, como ele se apropria do “si-mesmo”, sem se colocar em uma postura enrijecida de impessoalidade e superficialidade e mero expectador do mundo (“lá fora”)! O que está em jogo, nesta linha de pensamento, é o humano e torna-se importante pensar nossa cultura através de suas bases, de suas origens, exercitando a idéia de pertencimento a uma comunidade lingüística, familiar e social. Essas idéias são fundantes na constituição psíquica do sujeito aprendiz, pois se ele não tiver internalizado esta idéia de pertencimento a uma família, a um grupo social, terá muita dificuldade em ver-se como um ser que busca o (re)conhecimento de sua identidade e subjetividade.

Ao se abordar o termo linguagem, faz-se necessário trazer, para este estudo, a idéia de “comunidades lingüísticas”, pois são elas que contribuem para o desvelamento da subjetividade do sujeito.

Taylor, in Araújo, mostra que:

[...] mesmo a expressão sendo uma expressão de si, isto é, do sujeito autônomo, é preciso atentar, como vimos acima, para o poder da comunidade lingüística, pois é essa comunidade que permite ao sujeito articular o que ele pretende expressar como resultado de sua elaboração interna e pessoal (2004, p. 27).

Nota-se, assim, que para Taylor quando o sujeito se expressa, isto é, usa da linguagem com características de expressividade, o que se manifesta pela expressão não é exclusivamente o “eu”, mas sim sua elaboração do “eu-no-mundo”! Nessa visão temos a idéia de que existem diversas formas de humanidade... tão diversas quão diversos são os seres, suas ações, seus valores e suas emoções... quão diversos são os aprendizes... quão diversos são os ensinantes...

Neste contexto, não se pode deixar de trazer, como outra possibilidade de ação / reflexão, a importância do educador tocar e acordar em seu sujeito / aprendiz a face estética de seu self, termos tão bem analisados nas palavras de Gilberto Safra quando pontua que:

Utiliza-se o termo estética, neste contexto, para abordar o fenômeno pelo qual o indivíduo cria uma forma imagética, sensorial, que veicula sensações de agrado, encanto, temor, horror, etc.. Estas imagens quando atualizadas pela presença de um outro significativo, permitem que a pessoa constitua os fundamentos ou aspectos de seu self, podendo então existir no mundo humano (1999, p. 20).

Fazendo-se um paralelo com a educação, nota-se a importância do professor contribuir para que o sujeito / aprendiz consiga, ele próprio, desvelar o seu próprio significado de ser, apropriando-se do si-mesmo, e não ficando em uma postura de submissão, de paralisação à espera da aproximação do outro, do conhecimento que o outro deverá trazer já mastigado para que ele, simplesmente, o degluta... sem sentir cheiro, nem sabor...! Esta postura leva a um esvaziamento do ser, um não preenchimento de sentidos e significados para uma ação mais atuante no mundo e em sua existência. Tudo fica impessoal, superficial, sem marcas de uma ação reflexiva e marcante. Dá-se alimento a Chronos que come e engole os próprios filhos, agindo antropofagicamente e não abrindo espaço para a chegada de Kairós, o ser das possibilidades, daquele que vive sua existência em toda sua plenitude, buscando trazer sua essência de humano, inserido em seu tempo e espaço de existência. Tempo / Chronos e Tempo / Kairós são duas divindades gregas, vindas da mitologia, para nos fazer rever os temas trazidos por Taylor nesta reflexão sobre o homem moderno, sua atuação ética e estética. São tentativas de se caracterizar o humano desde o início das civilizações... é a e-terna busca de um sentido de ser... inserida em um sentido de existência... no aqui-agora... buscando repensar quais são as bases filosóficas, antropológicas e psíquicas do homem, pois nunca ele se viu tão só, em meio a multidão de seres que habitam com ele no mundo...

Neste sentido, como nos mostra Taylor, há necessidade de uma ação cuja natureza venha como expressão do desejo do sujeito / agente. É assim que o filósofo pontua que “o saber interno está sempre relacionado à visão do agente, não podendo, portanto, ganhar o status de uma visão absoluta.” (2004, p.50)

Sendo um dos focos do presente artigo trazer a importância das idéias de Taylor na contemporaneidade e suas contribuições para a educação, o que está em jogo é a expressão das vivências do sujeito, inserido em uma determinada comunidade lingüística, em determinada cultura, em determinado tempo e espaço existencial. É para este sujeito, como marca de sua contemporaneidade, que se volta o olhar.

Sujeito este que ao agir, ao se situar no mundo, traz marcas de seu pensar, sentir, perceber a realidade na qual está inserido, deixando simbolicamente, que seu self aflore.

Mente e corpo, razão e emoção não podem ser separados do animal racional... este animal junto com marcas de sua racionalidade traz, também, marcas de sua corporalidade, de seus desejos, de sua expressividade, de sua essência de ser... Desta maneira, ainda consoante os ensinamentos de Taylor e na busca de uma atualidade de suas idéias e da inserção de suas reflexões na contemporaneidade, tem-se que:  A chave para o desejo se superar como elemento irrefletido está na atividade reflexiva, que procura realizar o desejo como reconhecimento do self no mundo ou no outro como alteridade (2004, p. 62).

Ampliando um pouco mais a idéia de in-corpo-rar-a-ação vê-se quão importante é o papel do educador ao possibilitar espaços de abertura para a constituição de autorias inseridas na ação de atores / aprendizes... o conhecimento e a incorporação da ação só podem se constituir efetivamente quando o sujeito, aprendiz ativo na aquisição do conhecimento, consegue àquilo que foi incorporado (cognitiva e afetivamente)  transformar-(em)-ação, conseguindo significá-la em sua vida, e significá-la até mesmo no ser do ensinante, no ser de seus companheiros! Torna-se criador e criatura de sua ação! Aqui reside a importância subjetivante da/na aprendizagem.

Por outro lado, o pensamento de Charles Taylor mostra a influência que essas correntes têm nas concepções atuais de mundo. Importante é fazer uma relação entre forma e conteúdo, significante / significado e qual é o sentido que o signo lingüístico quer trazer como marca da expressividade do indivíduo, inserido em sua comunidade lingüística, em sua cultura.

Uma das possibilidades de manifestação da ação expressiva do sujeito reside nas práticas corporais não reflexivas e, dentro delas, a expressão facial. O papel da reflexão surge através de um longo processo para tornar as coisas expressas conhecidas para o seu entendimento.

Segundo Taylor:

A  luta por uma autocompreensão reflexiva mais profunda e mais acurada pode ser entendida como uma tentativa de descobrir ou forjar meios mais adequados de expressão. A expressão facial contribui muito para tornar-nos presentes uns aos outros em nossos sentimentos e desejos, porém para a autocompreensão, precisamos de um vocabulário refinado e sutil (2004, p. 72).

Dessa maneira, a expressão corporal realizada no espaço público como elemento desencadeador de uma percepção direta dos significados sinalizados por alguém, traz uma imediatez não-reflexiva dessas mesmas ações, cujos significados se configuram em sua originalidade, nos pontua Araújo (2004, p.70).

Pensar a expressividade do corpo como elemento que marca sua presença do ser no mundo, é pensar nesse mesmo corpo como elo de ligação, entre mundo interno que busca sentidos para a ação, para a expressão de desejos e emoções e mundo externo que mostra modelos éticos e morais, valores de autonomia que poderão estar até desarticulados, sem uma direção para o sujeito. Mas a atuação desse mesmo sujeito no mundo é em busca de sua realização enquanto ser humano, sendo o próprio narrador de sua historicidade e marcando através dos signos o tempo e espaço que ocupa.

Para isto, há necessidade de que a avaliação desse mesmo espaço público seja uma avaliação forte opondo-se à avaliação fraca analisada por Taylor.

Araújo, ao abordar o tema, assim explicita:

A avaliação forte, caracterizada como modo reflexivo dos desejos, no sentido de verificar a relação destes com o valor, procura esclarecer qualitativamente o que vêm a ser os próprios desejos como expressões valorativas da identidade do sujeito humano..... é por meio dos contrastes que ocorre a avaliação forte (2004, p. 89).

Vê-se, assim, que a avaliação forte está sempre no plano do público e a partir dele evoca sua identidade no sujeito. O plano público muitas vezes mostra ações desarticuladas e o indivíduo deve buscar uma direção em sua ação, buscando a realização de um bem humano. Não é uma ação utilitária, nem procedimental, mas uma ação que efetivamente insira a identidade do sujeito no espaço público.

Pensar as características de uma avaliação forte e o papel do educador, é buscar uma atuação que represente uma possibilidade de ser para o aprendiz. Para que o professor exercite em seu espaço educacional sua avaliação forte, há necessidade de que através de sua postura reflexiva e auto-interpretativa, coloque-se como uma possibilidade de ser para seus aprendizes, abrindo espaços de reflexão e de autoria, exercícios de auto-interpretação, pois o saber fazer só se configura a partir de uma práxis constante. Esta atuação pode se realizar através de aulas que propiciem um saber refletir sobre a identidade do sujeito, quem ele é, inserido em qual ambiente familiar e social. Somente através de propostas reflexivas (que a disciplina de filosofia traz) é que se poderá, paulatinamente, abrir possibilidades para o sujeito / aprendiz desenvolver o hábito de pensar criticamente sobre sua identidade e realidade. Ao mesmo tempo em que se percebe inserido em um grupo (sala de aula, comunidade), exercita seu ser diferenciado do próprio grupo – eu / outro! É um dos exercícios dialéticos da educação.

Para ilustrar esta idéia, trago as palavras de Paulo Freire, um dos maiores educadores do Brasil que nos diz:  “A educação, qualquer que seja o nível em que se vê, se fará tão mais verdadeira quanto mais estimule o desenvolvimento de uma das principais necessidades do ser humano: expressar o mundo e expressar-se.”

É neste movimento dialético entre subjetividade e objetividade, entre “estar com o outro” e “estar consigo mesmo”, entre ensinar e aprender, entre o ser do aluno e o ser do professor (passando pelo mesmo processo) que se percebe pontos de convergência entre idéias de Charles Taylor e Freire. Somente a partir de uma avaliação forte na maneira como se deve julgar determinada ação, se efetivamente ela é boa ou ruim segundo os próprios valores do sujeito, é que se poderá exercitar uma teoria da ação reflexiva e profunda.

A emoção, aqui caracterizada, nos mostra a importância da qualidade dos vínculos que são estabelecidos nas relações humanas

Fazendo uso das palavras de Araújo, tem-se que: “A ação moral não se vincula primeiramente ao dever, mas à realização de um bem que expresse a interioridade  (self) do agente no sentido de configurar uma forma de identidade ( 2004, p.  197).

O papel da linguagem verbal, como expressão da interioridade do homem e da linguagem não-verbal desvelada através das expressões corporais (face, movimentos, gestos) e da corporificação dos sentimentos é que acabam deixando aflorar a interioridade do sujeito, presentificando uma relação entre reflexão, ação e identidade.

Alguns recortes se fazem necessários, neste momento, em relação às idéias de Charles Taylor e a proposta do artigo em estudo, onde se buscará trabalhar a importância de uma relação vincular positiva entre aluno e professor e suas possíveis ressonâncias na dinâmica do aprender.

Para tal proposta, há necessidade de se buscar referenciais teóricos na gênese da constituição vincular; caracterizar o papel e a identidade do ser aprendiz e do ser ensinante; analisar a necessidade de se criar espaços para a (auto)reflexão crítica, criativa e pautada em valores éticos e estéticos. Desta maneira torna-se importantíssima a prática de situações que viabilizem uma postura mais reflexiva, apoiada em bases valorativas do ser / professor: importância do diálogo, do afetivo, do emocional, da corporeidade no fazer do professor e a importância do outro nessa relação. Não mais uma posição cartesiana, de mera relação fria e distante entre sujeito e objeto, valorizando simplesmente o aspecto racional / cognitivo na aprendizagem. Amplia-se, também, a caracterização do ser / aluno neste contexto que não mais deverá ficar em uma posição passiva, esperando que o conhecimento “jorre” da fala do professor, mas que aprenda – através de experiências significativas – a exercitar um pensar sobre o pensar... uma atuação metacognitiva, inserida em seu papel de aluno e de ser humano. Não mais situado em uma postura linear, no papel de mero expectador, mostrando simplesmente suas preferências, mas deixando aflorar seus valores ontologicamente caracterizados em seu papel de autointerpretação.

Estamos vivendo uma época de quebra de paradigmas cartesianos, de quebra de posturas rígidas, lineares trazendo uma identidade e subjetividade mais moderna e atuante, trazendo a inserção da emoção e do sentimento moral no mundo da cultura e no universo político e artístico.

Uma prática docente crítica, que contribua para o exercício do “pensar certo”, envolvendo movimentos dialéticos entre o ser e o fazer, facilitando a relação dialógica intra e interpessoal (aluno - aluno / aluno – professor / professor – professor), conscientizando o sujeito da ação no meio social em que se encontra inserido. Portanto, o educador no exercício de sua profissão, através de uma avaliação forte de sua atuação, fazendo distinções qualitativas em sua postura ética, pessoal e profissional, atua na instância cultural onde se insere, podendo reelaborar sua ação e servindo de possibilidade para a re-elaboração do outro, aceitando-se ambos em sua humanidade...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Paulo Roberto M. Charles Taylor: para uma ética do reconhecimento. São Paulo, Edições Loyola, 2004.

BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo, Centauro Editora, 10ª. Edição revista, 2006.

FERNÁNDEZ, Alicia. Os idiomas do aprendente. Porto Alegre, Editora Artmed, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Paz e Terra – Coleção Leitura, São Paulo, 35ª. Edição, 2007.

SAFRA, Gilberto. A face estética do self. São Paulo, Unimarco Editora, 1999.

Artigo escrito por:

LIDIA LACAVA

Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo - USP (1970) e em Direito pela Potifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP (1980), especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Sedes Sapientiae (1996), especialista em Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae (2005). Mestranda em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (término previsto em 2009). Tem experiência nas áreas de Educação e Psicologia com ênfase em Distúrbios de Aprendizagem e Psicologia Analítica, cuja atuação se enquadra nos temas: Dificuldades de Aprendizagem, Criatividade, Afetividade e Auto-Conhecimento. Lecionou como Professora Efetiva de Língua Portuguesa em Instituições Públicas e Privadas (1969-1981). Atuação como Psicopedagoga e Arteterapeuta no Centro de Referência da Infância e da Adolescência - CRIA - Departamento de Psiquiatria do Hospital São Paulo - Unifesp (2003-2005). Atuação Clínica em consultório particular desde 1996. Professora em Cursos de Pós-Graduação na área de Psicopedagogia e Arteterapia.

 

 

Autor deste artigo: Lídia Lacava - participante desde Qui, 16 de Abril de 2009.

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