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Evolução do Trabalho Pedagógico O Planejamento de Ensino: vai além da sala de aula PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Edinalva Vieira da Silva   
Qua, 15 de Julho de 2009 00:01

Universidade de Matanzas

“Camilo cienfuegos” - Cuba

Mestrado em Ciências da Educação Superior

Teoria y Diseño Curricular

Profº Dr. Yuri Expósito Nicot

 

 

Evolução do Trabalho Pedagógico

O Planejamento de Ensino: vai além da sala de aula

 

 

 

 

RORAINÓPOLIS-RR

2008.

Edinalva Vieira da Silva

 

 

Evolução do Trabalho Pedagógico

O Planejamento de Ensino: vai além da sala de aula

 

 

 

 

 

 

 

 

O artigo científico apresentado a Universidade de Matanzas “Camilo Cienfuegos” – Cuba, como pré-requisito para a obtenção de nota do curso de Ciências da Educação Superior – disciplina Teoria y Diseño Curricular sob a orientação do Profº. Dr. Yuri Expósito Nicot.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Profº. Dr. Yuri Expósito Nicot.

 

 

 

RORAINÓPOLIS-RR

2008

 

Pensamento

“Uma boa estrada é, ao mesmo tempo, prisão e liberdade: há que se ir por ela para aumentar a rapidez e a segurança, mas é preciso estar atento a eficácia dos atalhos e a alegria e a plenitude da paisagem”.

Danilo Gandin.

 

 

 

Agradecimento

Agradeço ao Profº. Dr. Yuri Expósito Nicot que com seus ensinamentos forneceram os estímulos e as orientações necessárias para a elaboração deste trabalho.

 

 

 

 

 

 

Evolução do Trabalho Pedagógico

O Planejamento de Ensino: vai além da sala de aula

 

 

Edinalva Vieira da Silva

 

O plano de ensino é a previsão dos objetivos e atividades do trabalho docente para um ano ou semestre; é um documento mais detalhado, dividido por unidades seqüenciais, temos metas para serem alcançadas no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico para ser desenvolvido por alunos com a mediação do professor.

 

Professor, Planejamento e Ensino.

O planejamento é um processo de pesquisação, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são partes integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar esta intermediada por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam uma sociedade. Isso significa que os elementos que fazem parte do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações sociais. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não agirmos com clareza sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo é, antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas (isto é, a problemática, social, econômica, política e cultural que envolvem a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino).

“É preciso que o professor compreenda a estreita relação

entre as práticas sociais e a sua prática escolar”.

Demerval Saviani (1983, p.89).

Como planejar? Para quem planejar? O que planejar.

O primeiro momento para o planejamento são convicções seguras sobre a direção que queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade, e qual papel destacaremos para colaborar na formação dos nossos alunos.

E o plano deve ter uma ordem seqüencial progressiva. Para alcançar os objetivos são necessários vários passos, diagnóstico das turmas, organização, de modo que a ação docente obedeça a uma seqüência lógica. Não se quer dizer que na prática, os passos não possam ser invertidos e devemos considerar a objetividade, isto é fazer com que a correspondência do plano esteja de acordo com a realidade a que se vai aplicar.

E havendo coerência entre os objetivos gerais, os objetivos específicos, conteúdos, métodos e avaliação. Pode-se aprimorar a relação que deve existir entre as idéias e a prática docente.

O plano deve ter flexibilidade e no decorrer do ano letivo, o professor deverá esta sempre organizando e reorganizando o seu trabalho. O plano é um guia e não uma decisão inflexível.

O planejamento não assegura por si só o andamento do processo de ensino. É preciso que a ação docente vá ganhando eficácia na medida em que o professor vai acumulando e enriquecendo experiências ao lidar com as situações concretas de ensino.

Para uma compreensão mais abrangente do significado do planejamento segue uma seqüência de definição.

· Gandin (1983, p.18-19):

a) Planejar é transformar a validade numa direção escolhida;

b) Planejar é organizar a própria ação de grupo, sobretudo;

c) Planejar é organizar um processo de intervenção na realidade;

d) Planejar é agir racionalmente;

e) Planejar é dar clareza e precisão a própria ação (de grupo, sobretudo);

f) Planejar é explicitar os fundamentos da ação de grupo;

g) Planejar é por em ação um conjunto de técnicas para racionalizar ação;

h) Planejar é realizar um conjunto de ações, propostas para aproximar uma realidade de um ideal;

i) Planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver.

Para planejar, o professor se serve de um lado, dos conhecimentos do processo didático e das metodologias específicas das matérias e de outro, da sua própria experiência prática. A cada etapa do processo de ensino, convém que o professor vá registrando no plano de ensino e plano de aulas novos conhecimentos e novas experiências. Com isso vai criando e recriando sua própria didática, vai enriquecendo sua prática profissional e conseqüentemente ganhando mais segurança. Agindo assim o professor usa o planejamento como oportunidade de reflexão e avaliação da sua prática, além de tornar menos pesado o seu trabalho.

“Nós somos todos diferentes e a maneira como se reproduzem

os seres vivos é programado para que o sejamos. É por isso

que o homem teve a necessidade, um dia, de fabricar o conceito de igualdade. Se nós fôssemos todos idênticos, como uma população de bactérias, a idéia de igualdade seria perfeitamente inútil”. Citado por Freire, Paulo (apud Jacob, Fançois, 1991).

Como estar esse professor que assume o compromisso do processo de ensino e aprendizagem, preparado e/ou despreparado? Como estão nossas turmas de alunos homogêneas e/ou heterogêneas? E a formação dos professores está compatível com a série que está ensinando e/ou vamos assumir e com relação às disciplinas como nós estamos ensinando, dentro dos nossos conhecimentos, competências, habilidades e áreas afins? Eis o grande desafio da Educação em nosso país. Nos professores não estamos completamente preparados, isto é, com formação, competência e habilidades para ensinar na série e/ou disciplinas que estamos. Se temos a competência, não temos a habilidade e a formação e vice-versa.

Quando temos uma formação o sistema nos coloca no ensino médio deixando assim o processo de ensino e a aprendizagem das séries iniciais a mercê dos que não tem uma formação e/ou prática docente. Precisamos urgentemente reverte essa situação temos que colocar os melhores professores nas séries iniciais, isto é, aquele professor que tem a formação, a competência e a habilidade. E oferecer aos nossos docentes a formação continuada para a melhoria do sistema educacional; E o professor tem que se comprometer mesmo, com o processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos. Assumir a responsabilidade de fazer a diferença, senão o aluno finge que aprende e o professor acha que está ensinando.

Hoje a maioria dos profissionais da educação estão com tripla jornada: de trabalho e de estudo muitos estão no sistema federal , estadual e municipal e ainda estudando uma faculdade, aonde ele vai encontrar tempo para o planejamento escolar e desenvolvimento dos seus trabalhos acadêmicos. Ou ele planeja ou ele estuda ou não faz nem um e nem outro direito, um dos processos vai perder, pois ele está com sua carga horária comprometida. E eis mais um questionamento como preparar esse aluno para o hoje e para o amanhã? Se o professor não está disponível integral ao processo de ensino e aprendizagem como sugere as normas do planejamento.

É preciso planejamento, pois o fracasso escolar é uma das origens de algumas formas de violência e desajustes individuais. A educação deve contribuir para a promoção e integração de grupos minoritários. Precisamos atuar em diferentes planos: ético, cultural, científico e tecnológico, econômico e social.

E essas condições, colocadas em nível mundial às portas do século XXI, levam à identificação dos quatros pilares do processo educativo como comenta (Viana, Moacir da Cunha – l998, p 458.)

* Aprender a conhecer – uma cultura geral e extensa que possibilite o trabalho profundo em alguns assuntos.

* Aprender a fazer – possibilitando que cada pessoa adquira competência que a torne apta a enfrentar diferentes situações.

* Aprender a viver com os outros – consiste no trabalho em equipe, percebendo a interdependência, realizando projetos em comum e preparando-se para gerir conflitos.

*Aprender a ser – contribuindo para que cada pessoa possa desenvolver melhor sua personalidade, capacidade e autonomia.

 

 

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Referência Bibliográfica.

 

DALMÁS, Ângelo. Planejamento participativo na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação / Ângelo Dalmás. – Petrópolis, RJ: Vozes, l994.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um encontro com a Pedagogia do Oprimido/ Paulo Freire - Notas: Ana Maria Araújo Freire. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, l992.

 

AMANDA, Polato, et al. O que e como ensinar – NOVA ESCOLA, ed. Abril, São Paulo-SP, ano XXIII. Nº. 213. Junho/Julho 2008.

 

VIANA, Moacir da Cunha. Ensino Fundamental – São Paulo, Editora Didática Paulista l998, p.458.

 

TEIXEIRA, Lezilda Maria. Gestão e Planejamento nas organizações escolares, MUNDO JOVEM ed. PUCRS ISSN nº. l677 – 145l – Porto Alegre – RS, ano 46 nº. 383 – fevereiro – 2008.

 

LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica /Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. – 6. Ed. – 4. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007.

 

CERVO, Amado Luiz, et al. Metodologia Científica / Amado Luiz Cervo. 6. ed. - São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor deste artigo: Edinalva Vieira da Silva - participante desde Qua, 01 de Julho de 2009.

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