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Monografias e Trabalhos Programa Afetivo-Sexual na Escola
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Escrito por Marlucia Machado de Miranda   
Qua, 12 de Agosto de 2009 13:58

Marlucia Machado de Miranda [1]

 

Resumo

 

 

O Programa Afetivo-Sexual (PEAS) implantado nas escolas mineiras, tem uma rica ferramenta na educação de jovens e adultos. Este artigo visa trazer maior consciência sobre o que se pode ser feito por educadores, profissionais da área social e de saúde, estimulando reflexões sobre a necessidade de informar e formar nossos jovens sobre a sexualidade segura.

 

 

Palavras-chave: Sexualidade segura, educação sexual, gravidez precoce, AIDS na adolescência

 

 

Abstract

 

The Affectionate-sexual Program (PEAS) implanted at the mining schools, he/she has a rich tool in the youths' education and adults. This article seeks to bring larger conscience on which she can be made by educators, professionals of the social area and of health, stimulating reflections about the need of to inform and to form our youths about the sexuality holds.

 

Word-key: Sexuality holds, sexual education, precocious pregnancy, AIDS in the adolescence

 

 

 

Programa Afetivo-Sexual desenvolvido nas escolas de adolescentes, é um trabalho pedagógico imprescindível que propicia meios para o jovem conhecer-se e a aprender a lidar com as emoções ligadas à sua sexualidade saudável. Este programa abre espaço para abordagem de temas relativos aos interesses ligados à sexualidade, a qualidade de vida com saúde e ao desenvolvimento da auto-estima positiva, contribuindo assim para a constituição de valores éticos e morais e na formação integral do aluno.

Trazer à luz, as questões afetivo-sexuais nos diferentes conteúdos curriculares, a participação interativa de jovens e a sensibilidade dos educadores em atender aos interesses do educando, são desafios constantes na aplicação desse programa.

A escola não pode ignorar as estatísticas elevadas de gravidez precoce, uso de drogas e a AIDS, que tem demonstrado a crescente ocorrência  em vários Estados, principalmente no norte e nordeste do Brasil.

O espaço pedagógico é propício ao desenvolvimento de temas baseados nos problemas, nas crenças e nas informações necessárias ao exercício da sexualidade responsável e segura, é preciso contribuir com nossos jovens para que eles possam adolescer com saúde.

Segundo a literatura:

 

“A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por mudança e que exige muito dele”.

 

Dessa forma, o jovem é bombardeado por grandes apelos eróticos impostos na mídia direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unifica padrões de beleza e comportamento e coloca o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, com exagerada exacerbação do erotismo, banalização das questões da intimidade e pela coisificação do corpo e da pessoa.

Educar e educar-se afetiva e sexualmente, construindo pessoas livres e responsáveis é a principal meta do Programa Afetivo-Sexual, promovendo o desenvolvimento pessoal e social do adolescente através de questões sobre a afetividade, saúde e auto-estima.

Espera-se que os jovens que participam deste programa consigam ser:

* Adolescentes preparados para atuar como agentes de mudanças e transformações sociais e fontes de iniciativas, de compromisso e soluções para a sua comunidade.

* Adolescentes que vivenciam sua sexualidade de maneira saudável, adotando comportamentos de prevenção e cuidado consigo mesmo e com o outro.

* Aumento do uso de preservativos – “camisinha”, como prevenção das DST/HIV – Aids entre adolescentes.

* Redução do índice de gravidez não planejada na adolescência.

* Implantação e implementação de Centros de Referência do Adolescente nos municípios mineiros.

Ao contrário do que pensamos que os jovens são bem informados, estudos mostram que eles tem pouco conhecimento em relação ao uso do preservativo, doenças sexualmente transmissíveis, uso de drogas ilícitas. Boa parte deles obtém as informações sobre suas dúvidas com amigos, que na maioria das vezes são distorcidas e baseadas em crenças como por exemplo:

- o uso do preservativo dificulta a ereção sexual.

- comigo nada acontece, quero experimentar tudo.

- na 1ª relação sexual não se engravida.

- posso reutilizar a seringa e outras mais.

Em 1999, do total de 2,6 milhões de partos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 31 mil foram feitos em meninas com idade entre 10 e 14 anos e 673 mil entre 15 e 19 anos. O crescimento de partos entre meninas de 10 a 14 anos, apresenta muitos riscos para mãe que ainda é uma criança, e para o bebê mais ainda.

O início da vida sexual, falta do uso de métodos anticoncepcionais ou uso inadequado deles são algumas das causas mais comuns que aparecem. Cerca de 20% dos casos de gravidez na adolescência ocorrem nos primeiros meses de vida sexual, e entre 40% e 50% no primeiro ano.

Entre 1991 e 2000, o número de partos em meninas até 14 anos, crianças de tudo cresceu 108%.

Estudos de vários países tem demonstrado também a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre jovens com idade entre 15 a 24 anos.

Hoje, as mulheres representam quase a metade de jovens infectados. Entre as pacientes menores de 13 anos com AIDS, a transmissão ocorre através da mãe, no período gestacional. Entre as maiores de 13 anos por transmissão sexual (metade dos casos) e pelo contágio por uso de drogas injetáveis.

A novela exibida pela Globo, no horário das 19 horas, “Sete Pecados”, retratou  o drama da AIDS numa adolescente. E podemos notar com clareza a enorme ausência de informação dos alunos, dos pais e até dos professores diante deste problema.

 

O que a escola pode fazer?

 

A implantação da educação afetivo-sexual na escola esbarra em algumas dificuldades que precisam ser contornadas: o despreparo dos educadores em relação aos conteúdos voltados a sexualidade, bem como a falta de experiência interdisciplinaridade, e o uso de metodologias participativas superando a transmissão verbal dos conteúdos.

Os jovens precisam ser olhados pela escola, seus desejos, suas dificuldades e seus problemas.

Para que tudo seja possível é preciso:

* Investir em ações de capacitação docente.

* Reforçar laços de confiança, da família dos jovens, reduzindo a distância de participação e contribuição.

* Envolver os jovens ativamente em atividades de informação, integração e atividades esportivas.

* Produzir materiais de informação sobre os temas: uso do preservativo, prática do sexo seguro, drogas e álcool, AIDS circulação na escola e na sociedade.

* Fornecer orientações necessárias a vida sexual segura.

 

 

CONCLUSÃO

 

Educar jovens nunca foi fácil, mas é possível realizarmos uma educação voltada à expectativa de vida, no processo de adolescer. É necessário descobrirmos o que pensam e quais são suas dificuldades, suas crenças, para que possa promover a interação e cooperação coletiva. Os jovens precisam muito mais do que fatos sobre sexo, precisam ter capacidade de tomar decisões acertivas, lidar com conflitos e a conhecer-se desenvolvendo a auto-consciência.

O programa PEAS, é o espaço privilegiado para que ocorra o desenvolvimento do aluno autônomo, solidário, competente, realizado e feliz. É neste contexto que o Programa de Educação Afetivo-Sexual se alicerçava.  Fundamentado na integridade do ser humano, na identidade pessoal, na felicidade, no respeito e não auto-aceitação das emoções da fase da adolescência.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais a educação afetivo-sexual:

É um dos tópicos da parte diversificada da educação, determinada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), que fornece conhecimentos para que o indivíduo adquira atitudes e valores de modo a vivenciar a sua sexualidade e aos demais, de maneira livre e responsável.

Cabe, a nós, educadores voltarmos as ações educativas para estes objetivos. Contornando os desafios da implantação do programa, apoiando e preparando os educadores, através de ações de capacitação e repassando para o processo didático os temas relativos a sexualidade de maneira contínua e progressiva, estaremos construindo a autonomia, a autoconfiança desejável para adolescentes fundamentais para a vivência responsável da sexualidade.

 

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

BEMFAM/ICAF – Adolescência, época de planejar a vida, 1997.

 

 

GUIMARÃES, I. Educação sexual na escola: mito e realidade. São Paulo: Mercado de Letras, 1995.

 

 

MEC – Parâmetros Curriculares Nacionais. Pluralidade cultural, orientação sexual. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997.

 

 

SEE/MG – Conheça o PEAS – A educação afetivo-sexual na escola. Disponível em http://200.198.51.66/sistema44/index.asp?ID_PROJETO=32&ID_OBJETO=218111& Acesso em: 21/01/2008.

 

 

REATO, L. F. Desenvolvimento de sexualidade na adolescência. In: sexualidade e saúde reprodutiva na adolescência. São Paulo: Atheneu, 2001.

 

 

UOL – Boa saúde. A AIDS na adolescência. Disponível em: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3867&ReturnCatlD=59

Acesso em: 21/01/2008.

 

 

UOL – Boa saúde. Gravidez na adolescência. Disponível em: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3867&ReturnCatlD=59 Acesso em: 21/01/2008.

 

 

 

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APRESENTAÇÃO

 

[1]Marlucia Machado de Miranda

Professora Alfabetizadora e Especialista de Educação Básica

 

Nome de citações: MIRANDA, M. M.

 

Sexo: Feminino

 

Endereço Profissional: Escola Estadual “Dona Sindá” de Ensino Fundamental – Monte Carmelo-MG

 

Telefone: (034) 3842-2734

 

Residencial: Av. dos Mundins, 345 – Centro – Monte Carmelo-MG

 

Telefone: (034) 3842-3896

 

Endereço eletrônico: Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.

 

Formação Acadêmica

Formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Patrocínio (1987), Especialização em Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar (FAFI – 1988), Pós-graduação em Psicopedagogia (2001). Atualmente é professora e supervisora na escola de ensino de 09 anos. Tem experiência na área de alfabetização e orientação à professores, atuando principalmente no Ensino Fundamental.

 

 



[1] Professora Alfabetizadora e Especialista de Educação Básica – Ensino de nove anos.

 

 

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