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Escrito por Nelson Kafruni   
Qua, 14 de Abril de 2010 14:01

O empresário brasileiro está começando a se dar conta de como a política influencia a gestão do seu negócio. Igualmente, a formação de uma nacionalidade forte. Nada se consegue isoladamente. O período de dominação portuguesa no Brasil deixou um legado muito difícil de ser superado.


Até meados do século passado o Brasil teve dificuldades em se tornar um nação. Apesar de ser um povo, não possuía o conjunto de regras, valores, princípios e ideais comuns a todos. Esses, os reais os atributos de uma nação. Os políticos, os latifundiários, os burocratas, a igreja e o exército e  principalmente o sistema de ensino nada mais eram, na época, do que um grande cinturão de proteção em volta do governo e de sua corte.  A submissão exagerada asfixiou qualquer tentativa de formação de uma nacionalidade brasileira.

Foi a equipe econômica do governo Collor que realizou uma análise bastante objetiva da economia brasileira. A constatação foi muito clara.

A administração de empresas consistia em, apenas, utilizar os mecanismos de acumulação de renda que o sistema permitia. O grande empresário e as empresas capitalizadas praticamente não necessitavam entender das técnicas gerenciais, bastava utilizar uma das “ferramentas” disponíveis:


A inflação
que permitia uma renda real muito grande a quem possuísse grandes ativos econômicos e financeiros. Era mais fácil ganhar no mercado financeiro do que no giro operacional;


A manipulação de preços
que permitia uma margem de lucro muito acima da inflação devido a falta de referencial de preços dos consumidores;


Os cartéis
existentes em praticamente todos os principais setores da economia brasileira favorecidos pelo mercado fechado ao produto estrangeiro;


Os subsídios e favores governamentais –
a maioria das grandes empresas normalmente recebia vantagens dos organismos estatais;


A sonegação –
num país onde a carga tributária é enorme, distribuída em centenas de impostos, taxas, encargos, contribuições (?), etc. e a fiscalização é precária a sonegação sempre é um bom negócio. Quando essas ferramentas foram, momentaneamente, impossíveis de serem praticadas, assistimos a derrocada de inúmeras empresas. Várias líderes em seus setores foram compradas por grupos estrangeiros, obrigadas a fazer fusões ou até mesmo diminuir substancialmente de tamanho. Para algumas só restou a falência. Os anos de inércia haviam inibido a prática da gestão empresarial. Afinal, não era necessária. Hoje, a administração no Brasil, além de exigir muitos conhecimentos e habilidades, está exigindo ousadia e criatividade.

 

Autor deste artigo: Nelson Kafruni - participante desde Sáb, 14 de Agosto de 2010.

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