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Edições Anteriores 51 Aulas de Educação Física no Ensino Médio: uma experiência vivida
Aulas de Educação Física no Ensino Médio: uma experiência vivida PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Carlo Henrique Golin   
Qua, 06 de Abril de 2005 21:00

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: UMA EXPERIÊNCIA VIVIDA
Autor: Carlo Henrique Golin
Núcleo Corporeidade e Pedagogia do Movimento - NUCORPO
Mestrando em Educação Física da UNIMEP
Faculdades Integradas de Fátima do Sul - Fifasul (MS)
Sociedade Educacional Matogrossense (MS)
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Co-autor: Sérgio Cardoso Barcelos
Mestrando em Educação Física da UNIMEP
Centro Universitário do Planalto de Araxá - Uniaraxá (MG)
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RESUMO
Os relatos dessa experiência vivida nas aulas de Educação Física (EF) com os alunos do ensino médio, visam mostrar algo "diferente", fundamentado na quebra de alguns paradigmas existentes, tais como buscar performance esportiva e repetição das modalidades tradicionais (voleibol, basquetebol...). Tal experiência desenvolveu-se através de atividades que despertassem nos alunos olhares diferenciados para a compreensão da autonomia, cooperação, criatividade e co-participação. Buscamos, neste trabalho, integração das experiências executadas na "quadra" com a vida cotidiana, dando condições para os alunos apreender sobre o por que e para que fazer, sendo balizado pelas bibliografias que discutem uma nova perspectiva para (EF) escolar.
Palavras chaves: educação física escolar; educação física no ensino médio; participação discente.



INTRODUÇÃO
Relatar essa experiência para outros professores de Educação Física, que sentem a necessidade de um referencial (prático/teórico) para as aulas de Educação Física do ensino médio, como forma diversificá-las e motivar os alunos desta fase escolar, é motivo de satisfação.
Assim, o presente trabalho não pretende fornecer uma receita infalível, mas tem como objetivo mostrar que é possível fazer algo diferenciado nas aulas de Educação Física do ensino médio, principalmente ao adotar como vetor predominante nas dinâmicas das aulas a integração e a co-participação dos alunos, distanciando-se do paradigma mecanicista ou tecnicista.
Esse diferencial traz para o educador subsídios "palpáveis" que mostram como seriam melhor potencializadas as aulas, no nível de socialização, na movimentação integral e na conscientização sobre os malefícios e benefícios da prática de atividades físicas.
Buscamos, nestas aulas, desenvolver características autônomas, valores e conceitos integrativos - e não somente os auto-afirmativos - para que os alunos possam, através desta "autonomia", saber selecionar suas atividades na direção da qualidade de vida. Através destas características desenvolvidas, acreditamos que os alunos possam, por exemplo, ter elementos ou condições para repudiar a violência, adotar hábitos saudáveis, desenvolver espírito crítico em relação à imposição de padrões de saúde, beleza e estética lançados pela mídia.
Essa autonomia estimulada e aceita pelos participantes das aulas faz com que os "problemas" surgidos no transcorrer das mesmas sejam dissipados e utilizados como forma de aprendizagem, propiciando oportunidade de discussão sobre as diferenças individuais. Segundo Morin (2001), essa autonomia não descarta a dependência existente, o que nos leva a compreender substancialmente a relação de dependência sócio-cultural, como, por exemplo, entre irmãos, família e escola, natureza e seres humanos, mostrando que não precisamos somente competir, mas também, cooperar.
A competição exagerada é fato presente na sociedade e não podemos negá-la. Mas, certamente, dependemos e cooperamos muito mais para sobrevivermos do que competimos, principalmente na nossa existencialidade, no ato de conviver com diversas pessoas e suas diferenças.
Neste trabalho, buscamos alertar os leitores sobre a necessidade de reformular valores da aplicação do esporte no interior da escola, evitando a exacerbação do rendimento esportivo que, historicamente, propicia a exclusão dos alunos do processo educativo.

O esporte de rendimento merece nossa atenção, não só enquanto ele pode ser uma atividade profissional, responsável por espetáculos que atraem multidões - a esse respeito as lutas de gladiadores também atraíam multidões -, mas, e especialmente, quando ele é proposto como atividade escolar ou matéria prima da educação física. (Santin, 1996, p.56)
O mundo competitivo, muito valorizado nesta nossa sociedade capitalista, incentivado por "conceitos" mercadológicos, conduz-nos na direção de sermos e sobrevivermos através da competição exarcebada. Acreditamos que, como professores de Educação Física nas aulas do ensino médio, ao buscarmos desenvolver aspectos solidários entre os alunos e não somente a predominância de uma competição em que se coloca um contra o outro, mas sim, o jogar com o outro, estaremos contribuindo para que os nossos alunos vivenciem um dos aspectos fundamentais da relação vital dos seres humanos: compartilhar a vida com outro ser humano.
A relação cooperativa que estamos relatando nesta experiência diferenciada, fundamenta-se numa metáfora, que tem uma imagem duplicada em um espelho "especial": o aluno olha para o espelho e observa a sua imagem "interna/externa", com seus defeitos e qualidades, mas, ao mesmo tempo, pode observar a imagem do(s) seu(s) semelhante(s), num contexto dialógico de trocas de histórias de vida.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As bases teóricas que fundamentam este trabalho, ou melhor, esta experiência, são as correntes teóricas que discutem questões sobre corporeidade, pedagogia do movimento, educação motora, Educação Física e Motricidade Humana, buscando associar essas questões na perspectiva da complexidade humana.
Descrever sobre a Educação Física escolar no ensino médio é uma grande oportunidade de dialogar sobre problemas que ocorrem nesta fase escolar e torna possível sugerir novas mudanças ou "propostas", que levem os alunos efetivamente a participarem de corpo inteiro.
Nossa intenção, nesta experiência vivida, através de suas características interativas, é nortear os educadores sobre o fazer pedagógico, levando os mesmos a refletir e superar paradigmas da Educação Física tradicional, caminhando na direção da educação motora, que se fundamenta na Motricidade Humana. Queremos novamente lembrar os leitores que já foi previamente esclarecido - na introdução deste trabalho - que não queremos impor verdades absolutas, características de um pensamento dogmático, mas explicar possibilidades de ensino/aprendizagem diferentes do "padrão".
Pesquisando sobre a Educação Física escolar, notamos que esta disciplina é influenciada até hoje com o paradigma de manipulação dos corpos, buscando fazer dos alunos corpos dóceis, alienados e disciplinados. Segundo Foucault (1977), a disciplina aumenta as forças do corpo - em termos econômicos de utilidade - e diminui essas mesmas forças - em termos políticos de obediência. (p. 217). Da mesma forma, Moreira (1995b) argumenta:

Ao olharmos mais detalhadamente nossa área de ação profissional, a motricidade humana (a educação física), vemos o quanto disciplinamos os corpos em nome da aptidão aumentada ou do rendimento exigido. Estivemos, por muito tempo, treinando corpos dóceis, aprimorando-os para vencer a qualquer custo, mesmo que o preço pago fosse o do desprezo dos outros corpos ou maior submissão deles. (p. 22)

Nesse contexto disciplinador, no qual uma educação transformadora não pode se fundamentar, muitos professores ainda se espelham e desenvolvem em suas aulas - mesmo existindo já algum tempo, literaturas que discutem, sobre este problema que descaracteriza a real função da Educação Física - valores e conceitos que menosprezam e reduzem a disciplina apenas a gestos mecânicos sem significado.
Pensar neste ser humano existencial é, segundo DE MARCO (1995), muito mais do que um corpo físico que se desloca no espaço, é mais do que simples conjunto de alavancas, é acreditar num ser completo e não fragmentado. Por isso, não podemos pensar em corpos manipulados, mas sim, libertos do estigma de adestramento, do qual devemos distanciar a Educação Física escolar e direcioná-la para uma responsabilidade sócio-cultural.
Para muitos profissionais dentro e fora da escola, disciplinar alunos ou "domar" alunos, virou sinônimo de Educação. Disciplinar é, sem sombra de dúvida, necessário, mas não deve ser uma disciplina imposta e sim, conquistada. Sabemos que ela é importante, e que, sem ela, não conseguiríamos organizar muita coisa em nossas vidas, como por exemplo: estudar para conquistar algo. Por isso, devemos entender quais são os interesses que estão camuflados em nome da "disciplina", submetendo pessoas em "ordem" para a conquista de um determinado "progresso". Moreira (1995c) nos adverte sobre o conceito de Educação Física Escolar que tradicionalmente esteve, e ainda está, vinculado aos valores: ordem, disciplina e imutabilidade (p. 15).
Algumas pessoas pensam e transformam a "indisciplina" ou desordem, em coisa errada ou desobediência ao poder. O que seria de nós se não fôssemos "indisciplinados", - pensando no lado bom da palavra - buscando transformar e reordenar as nossas vidas. Imaginemos se todos fossem controlados, como muitas vezes nas aulas de Educação Física escolar buscamos "robotizar" nossos alunos. O que seria do mundo? Teríamos seres humanos idênticos, seres guiados ou seres adestrados?

a educação necessitava de desordem (...) é tão visível o valor da disciplina corporal na escola, que a educação premiada era a da não-criatividade, a da passividade, a do silêncio e a do desprazer. Alertávamos para o critério básico dessa educação que era a palavra NÃO. Nada é permitido. Não pode conversar (educação sem diálogo?); não pode rir (educação sem ludicidade?); não pode sair da carteira (educação sem movimento?). (Moreira, 1995c, p.22)

A Educação Física escolar no ensino médio deveria buscar a liberdade dos corpos na direção da educação motora. As aulas de Educação Física no ensino médio, como qualquer outro tipo de "educação" escolar, necessita de diálogo, criatividade, ludicidade, prazer e movimento. Devemos desmistificar esta idéia produzida e difundida de homens máquinas, com "formas" idênticas, com seus eletrodos e componentes substituíveis e passíveis de manipulação. Devemos substituir esse pensamento, por um complexo, como nos relata Morin (2002) substituir um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento do complexo, no sentido originário do termo complexus: o que é tecido junto (p. 89).
Entender a complexidade do ser humano, é buscar entender o ser sem precisar reduzi-lo e generalizá-lo, é também não negar as suas particularidades e contextualidades. Não buscar instaurar uma competição entre um e outro, mas mostrar o respeito às suas diferenças e interações. O professor, ou melhor, o educador, deve utilizar um pensamento sistêmico em toda a sua prática, para melhor compreender o ser humano, direcionando seu saber, para compartilhar com os seus alunos a fim de que estes alunos, possam caminhar na direção da qualidade de vida.
Um dos objetivos desta experiência vivida foi o de buscar - na primeira etapa - fundamentação teórica e propor mudanças sobre a participação dos alunos, e também, mostrar quais seriam os paradigmas impostos historicamente na prática da Educação Física escolar. Alguns exemplos destes paradigmas, os quais buscamos quebrar, foram pesquisados e levantados por Moreira (1995a), através dos professores de Educação Física da Rede Oficial de Ensino da cidade de Piracicaba - SP.
Moreira (1995a) verificou e concluiu que determinadas condutas ou atitudes no desenvolvimento das aulas de Educação Física na escola tinham características de: arbitrariedade com os alunos, a Educação Física como sinônimo de prática rigorosa, com gestos mecânicos, produto pronto e sistematizado conseguido através da ordem e, conseqüentemente, uniformização ou padronização dos movimentos. Estes problemas, levantados pelo autor, foram situações que procuramos discutir junto com os nossos alunos do ensino médio, para propor mudanças no direcionamento das aulas, buscando possíveis "soluções".
Propusemos que na primeira etapa da experiência - fundamentação -, fossem modificadas ou transformadas as características predominantes pesquisadas por Moreira (1995a) nas aulas de Educação Física escolar, como: a utilização do esporte de rendimento com fidelidade às suas regras sistematizadas, a predominância do individualismo, minimizando aspectos cooperativos, e também, a busca de vitória a qualquer custo, tirando vantagem dos mais fracos.
O desafio de transformar as aulas de Educação Física do ensino médio, em um momento de aprendizagem significativo e co-participativo, melhorando a relação professor/aluno, bem como debater sobre as questões do fenômeno esportivo e, principalmente, a busca da performance na escola, foi ponto de base para partir as grandes discussões, em direção às mudanças significativas nas aulas.
Pensando no conteúdo esporte, nas aulas de Educação Física escolar, observamos que este conteúdo, na sua grande maioria, é somente "prático", - salvo quando o professor explica e trabalha somente regras - o que ainda caracteriza uma forma de educação reducionista. Essa Educação Física, não tem características e valores educacionais, que buscam o desenvolvimento pleno da vida do ser humano, mas sim, tem predominância da inércia e continuação da manipulação dos corpos, com professores desenvolvendo suas práticas, somente mecanicamente e alunos procurando alcançar o mais "alto" lugar no pódio.
Devemos procurar repensar o fenômeno esporte, dentro da escola, pois este deve ser calcado numa concepção de melhoramento da vida do ser humano, não como um produto a ser alcançado, mas sim, direcionado para que todos os alunos festejem no caminho da educação motora.
a vida tornou-se um utensílio com as formas de uma máquina. O organismo vivo não passa de uma máquina viva que deve produzir. Essa máquina viva não é admirada a partir da vida, mas a partir dos produtos de seu trabalho. Viver é produzir, trabalhar, construir coisas exteriormente. A vida passa a ter valor pelos produtos e resultados, não pelo fato de ser simplesmente vida. (Santin, 1996, p. 6)
Por essa razão, buscamos trazer algo "diferente" para as aulas de Educação Física do ensino médio, algo que conduzisse os alunos a entender alguns (pré)-conceitos e que também estes alunos pudessem ser capazes, através destas "discussões", de aprender a questionar os valores impostos e tatuados em seus corpos pela sociedade.

METODOLOGIA
Essa experiência foi realizada nas aulas de Educação Física do ensino médio, com alunos das 1ª, 2ª e 3ª série de uma escola de nível médio do município de Fátima do Sul - MS. Escola essa particular e com aproximadamente cem alunos. Esta experiência vivida, foi realizada em três etapas, que seguem descritas abaixo:
A primeira etapa teve início e término no primeiro bimestre do ano letivo de 2003, e foi desenvolvida da seguinte forma. A tarefa do professor era a de conduzir a disciplina e suas atividades, buscando transcender sobre o "simples" jogar por jogar, jogar sem significado e desconectado do dia-a-dia dos alunos.
Nesta etapa, buscamos levar os alunos a conhecer a importância da contribuição e participação de todos no desenrolar das aulas, mostrando o real significado da co-participação no processo efetivo das aulas. Essa relação entre professor e alunos, como colaboradores e co-autores de algumas atividades sugeridas pelo professor, distanciavam-se das modalidades competitivas tradicionais mais conhecidas como: Voleibol, Basquetebol, Futsal e Handebol, isto sendo essencial e primordial para fundamentar a "proposta", buscando transpor a visão mecanicista da Educação Física no ensino médio.
A Educação Física ao longo do tempo (...) era tida como mera prática de atividades esportivas desvinculada de qualquer compromisso com a filosofia da educação. (...) Pesquisas de todas as formas foram realizadas e chegaram à triste conclusão de que a Educação Física no ensino formal não passa de atividades esportivas para os mais aptos, prática essa feita exclusivamente por alunos previamente selecionados, onde os menos aptos eram dispensados. (Pellegrinotti, 1995, p. 107)

Sabendo destas "dificuldades", o professor buscou desenvolver atividades que davam oportunidade aos alunos de relacionar sobre a prática que eles estavam envolvidos com dívidas que surgiam no dia a dia, como também, resolver questões problemas, construções de regras, questões sobre a competitividade, autonomia/dependência, criatividade e etc.
Para nós, o mais importante, nesta etapa da experiência, era buscar quebrar alguns paradigmas existentes na prática tecnicista da Educação Física do ensino médio. Prática esta, que visa o resultado ou rendimento esportivo a todo custo, predominando o gesto mecânico e descontextualizado. Ficam descartados nestas aulas - com predominância tecnicista - , os aspectos históricos e culturais fundamentais do ser humano. Sobre este assunto, Moreira (1995c) descreve: a Educação Física Escolar, (...) em todos os graus, identificamos o profissional desenvolvendo seu trabalho de forma mecânica, repetitiva, reproduzindo os mesmos testes no início e no final dos períodos letivos, ao longo dos anos. (p. 16)
Após esta fundamentação, nós construímos juntos - alunos e professor - a base desta experiência diferenciada, que dará fundamentação para os envolvidos prosseguirem nas próximas etapas, que surgirão a seguir.
A segunda etapa foi dividida em alguns passos. O primeiro foi a montagem dos grupos - aleatoriamente - e seus respectivos materiais alternativos. Buscamos limitar, no máximo, de três a quatro materiais diversificados, para desenvolver esta fase da proposta; e alguns exemplos destes materiais foram: bola furada, cone de papelão, bola de tênis, bola de jornal, corda, elástico e outros.
Para continuar a experiência, o professor após separar os grupos, lançou o desafio para os seus alunos. Os grupos tiveram o desafio de montar uma atividade, na qual envolvessem todos os materiais que foram entregues e também todos os alunos da sala de aula em questão. Foi ressaltado aos alunos (grupo), para que os mesmos, buscassem desenvolver suas atividades sempre sobre o prisma da participação efetiva e "movimentação" integral de todos no jogo.
Depois de desequilibrar os alunos com esta mudança de "papel", o professor como mediador, ajudou e colaborou com os alunos para o desenvolvimento do jogo.
Após completarmos a proposta anterior, prosseguimos com os alunos ao segundo passo desta etapa: descrever a atividade desenvolvida pelo grupo no papel, contendo o nome dos componentes do grupo, a série, o material usado e o desenvolvimento da atividade detalhadamente.
O terceiro e último passo desta etapa, foi a participação nas atividades (jogos) dos demais alunos (colegas) e, conseqüentemente, em sua própria atividade construída (o jogo). Um dos objetivos desta etapa foi a exposição da atividade para os demais alunos, porque eles buscaram, através da comunicação verbal e gestual, esclarecer sobre o jogo criado, para que acontecesse a atividade (jogo) da melhor maneira possível. Também foi um momento oportuno para os alunos - principalmente porque, logo mais, serão estes alunos que provavelmente estarão nas faculdades, universidades ou no mercado de trabalho e precisarão aprender se expressar - de melhorarem sua comunicação como um todo.
Através das discussões entre os alunos e também com o professor da disciplina, surgiu uma abertura satisfatória, que colaborou para novas idéias, as quais fomentaram o melhoramento do jogo. Assim, essas discussões se transformaram em sugestões para aprimorar o jogo, como também em um momento especial para que o professor possa fazer suas considerações finais a respeito da aula.
Depois de toda esta transformação no jogo, através das modificações sugeridas e desenvolvidas pelos colegas de sala, os alunos (grupo) se reuniram novamente, e descreveram o jogo (novo) com as suas possíveis alterações. O professor disponibilizou um disquete, no qual os alunos digitaram suas atividades, seguindo uma formatação previamente estabelecida, para que, posteriormente o professor fizesse uma montagem de todas essas atividades, que se transformaram, em uma coletânea de atividades para as aulas de Educação Física do ensino médio, desenvolvido pelos próprios alunos.
A ultima etapa, somente a título de conclusão e avaliação da "experiência", foi a de observar, através de um relatório final, se os objetivos traçados no início deste artigo, foram alcançados ou aproximados como foi proposto . Assim sendo, pedimos para que todos os alunos, fizessem individualmente um relatório final, através de uma pergunta aberta, descrevendo os pontos positivos e negativos desta experiência diferenciada (proposta).


RESULTADOS
Como se sabe, muitos professores de Educação Física da rede escolar ainda desenvolvem suas aulas, numa visão fragmentada, característica predominante do pensamento cartesiano, que fragmenta o ser em corpo (movimento) e cabeça (pensamento) ou corpo e espírito.
Estes profissionais, mesmo sabendo que atualmente existe uma "grande" produção e discussão sobre os novos rumos da Educação Física no século XXI, - diferentes dos mecânicos do século passado - e com documentos que buscam nortear, ou melhor, dar parâmetros sobre os caminhos da Educação Física escolar numa perspectiva educativa, como, por exemplo: os PCN's, ainda hoje, infelizmente, existem práticas que castram e minimizam o ser como um objeto, desprovido de desejos, útil somente a produzir e continuar sua submissão ao poder dos mais favorecidos, não dando o direito a ele de, no mínimo, poder exercer sua cidadania, sendo respeitado como ser humano de verdade.
Sobre estes aspectos de manipulação corporal, Moreira (1995c) descreve e alerta, dizendo que preocupa-nos uma Educação Física onde o corpo do aluno é visto como um objeto a ser manipulado e melhorado em seu rendimento; as atividades físicas não são adaptadas aos corpos dos alunos e o corpo não atleta é ridicularizado ou desprezado; a exploração de corpos "menos aptos" é incentivada. (p. 20)
Podemos perceber que, apesar deste quadro, notamos que estão ocorrendo mudanças significativas em algumas aulas de Educação Física escolar, principalmente no que diz respeito à responsabilidade educacional e qualidade do ensino da disciplina Educação Física na escola. Mas também, observamos que estas mudanças significativas, ainda em muitas escolas não ocorreram efetivamente, situação essa decorrente de diversos fatores, tais como: a qualificação do professor, a visão preconceituosa das pessoas envolvidas na direção e coordenação pedagógica, os projetos políticos pedagógicos, o discurso e a relação prática, a má formação profissional e outros.
Sabendo dos problemas que a disciplina Educação Física vive na escola e fora dela, objetivamos relatar esta experiência realizada com alunos do ensino médio do município de Fátima do Sul - MS para mostrar possibilidades de uma ação educacional integrada.
Através das observações subjetivas do professor, este pode notar uma grande co-participação, desde o surgimento da proposta, até o final da mesma, como também uma grande "aceitação" ao desafio. Apesar do primeiro impacto sofrido pelos alunos, ao saber do desafio que desequilibrou os alunos "corporalmente'', conseqüentemente desencadeado pela nova perspectiva de construir um jogo, o que houve depois foi um grande ânimo, pois todos "deveriam" participar não somente na construção, mas também no "jogar" contra o outro e "junto" com o outro.
Conseqüentemente, muitos fatores subjetivos - mas "palpáveis" - foram observados pelo professor, tais como: respeito às regras e também transgressão positiva para melhorá-las, solidariedade e cooperação, respeito às diferenças ou individualidades (meninos e meninas, fraco e forte, gordo magro, rápido e lento...), espírito de grupo para resolver os problemas, atenção e concentração, tanto no momento de escutar as modificações, quanto no momento em que eles buscavam melhorar suas movimentações, superação, diálogo e tantos outros que podemos descrever como uma possibilidade de educação motora, acontecendo integralmente nas aulas.
Através do relatório final, descrito por todos os alunos da 1ª, 2ª e 3ª série do ensino médio, tivemos a oportunidade de relacionar algumas impressões subjetivas do professor com as afirmações feitas pelos alunos. Adotamos como critério de pesquisa explorar somente os depoimentos dos alunos da 2ª e 3ª série do ensino médio, porque estes alunos tiveram menos de um ano letivo, com a mesma forma de trabalho da disciplina Educação Física, tendo maior contato com essa perspectiva interativa. Também acreditamos que desta forma o discurso ficaria mais rico, - no sentido de discutir sobre as suas impressões descritas - tendo em vista, possivelmente, maior argumentação descritiva da nova visão de Educação Física escolar, desenvolvida no ensino médio.
A título de esclarecimento aos leitores deste artigo, sobre o fato de não termos utilizado os depoimentos (relatórios) dos alunos da 1ª série, isto se deu porque "julgamos" que provavelmente seriam "poucos" os argumentos relatados, tendo em vista que muitos alunos novos chegaram no meio do trabalho, - vindos de outras escolas - perderam a primeira etapa básica da experiência e não receberam este trabalho de conscientização realizado no primeiro bimestre. Isto não diminui a importância de seus depoimentos, mas, adotamos este critério também para diminuir a amostra que chegou a noventa relatórios.
Deste total, chegamos a uma amostra aleatória de trinta e oito relatórios, sendo vinte da 3ª série e dezoito da 2ª série do ensino médio. Desta amostra, pinçamos, alguns trechos dos relatórios que chamaram a atenção em relação aos objetivos que foram mencionados na introdução e fundamentação teórica deste trabalho, os quais transcreveremos neste momento.
Ressaltamos aos leitores que, apesar de não estarem sendo utilizados todos os relatórios neste trabalho, a amostra (relatórios) selecionada, nos mostrou que existiam pontos convergentes, principalmente na direção de aspectos positivos da experiência realizada (proposta). Seguem abaixo, algumas descrições, na íntegra, da amostra pesquisada:
"As aulas que nós inventamos foi de suma importância. Toda a sala, inclusive os alunos novos, tiveram que pensar juntos, (...) Outro bom momento foi quando, os jogos inventados, causavam algum tipo de confusão. A sala reunia, a maioria opinava, e assim a brincadeira progredia. Essas aulas são ótimas, pois além de ter a participação de todos os alunos, com homens e mulheres com a mesma importância no jogo, coloca todos para pensarem juntos e interage a sala com os alunos novos". Aluno do 3º ano do Ensino Médio
O aluno relata que é importante este tipo de atividade, inclusive para os alunos novos, que são os alunos que entraram no decorrer do bimestre. Também o aluno chama a atenção sobre a importância do grupo em buscar soluções para os problemas do jogo e o respeito às diferenças individuais.

"Esse tipo de aula faz com que os alunos se entrosem mais, porque têm que conversar, discutir sobre o que farão, não é tão fácil como se imagina preparar uma aula onde todos possam participar e o mais importante: se envolver com a aula". Aluna do 3º ano do Ensino Médio

Como o primeiro aluno, esta aluna também descreve sobre a participação e cooperação em grupo para facilitar o jogo, bem como, a importância do envolvimento de todos para o acontecimento da "proposta".
"Foi muito bom (...) pois além de você ter que raciocinar para a elaboração de novos jogos, você também se exercita para a execução dos mesmos". Aluno do 2º ano do Ensino Médio
Muitos profissionais acreditam que uma discussão ou conversa em aula, é perda de tempo. Esses profissionais argumentam que os alunos ficam sem se movimentar, ficando muito tempo parado, e, para eles, o mais importante nas aulas de Educação Física, é a movimentação. Não temos dúvida de que o movimento (movimentação) é um aspecto essencial da Educação Física, mas, como cita o aluno, a experiência foi agradável e ao mesmo tempo existia uma movimentação integral, e não somente privilegiando gestos estereotipados e mecânicos.
"As atividades feitas nas aulas de educação física, exercidas pelos grupos foram de grande importância, pois isto fez com que nós usássemos muito de nossa criatividade". Aluno do 2º ano do Ensino Médio
Este aluno levanta a importância da criação em conjunto dentro das aulas de Educação Física, atividades que muitas vezes ficam impostas pelos esportes sistematizados, com suas regras rígidas, que não dão condições de melhorar a autonomia e criatividade.

"É bom sabermos que praticar esportes não necessita apenas da capacidade do seu corpo, mas também da sua mente". Aluno do 2º ano do Ensino Médio

Apesar do paradigma cartesiano na forma de escrever (semântica), dividindo corpo e mente, acredito que este aluno observa a importância que a Educação Física traz para o complexo ser humano, dependendo da forma como é desenvolvida.

"tive a oportunidade de jogar em vários setores, (...) Assim como todos os alunos puderam jogar tendo ou não habilidade". Aluna do 2º ano do Ensino Médio
A referência que esta aluna tinha sobre os(a) colegas, ou sobre o jogo, era que os menos habilidosos não jogavam ou somente em alguns setores, como por exemplo: o(a) perna de "pau" vai para o gol. O importante para esta aluna, era o prazer de jogar por toda a dinâmica do jogo, sendo útil para o acontecimento do jogo e, conseqüentemente, dando sua contribuição para o desenvolvimento do jogo.

"com o jogo aprendíamos a tolerar mais os colegas e a respeitar a opinião de cada um". Aluna do 2º ano do Ensino Médio
Como o primeiro aluno relata, esta aluna também coloca a importância de ouvir, para assim saber dialogar, opinar e ser solidária com os outros, ressaltando os aspectos interativos e não somente os auto-afirmativos.

"Acaba muito com a rotina de jogos simples como basquete e salão. E mesmo alguns grupos tendo proporcionado uma atividade mais prazerosa que outros, o que valeu foi a integração e as opiniões que iam surgindo ao longo dos jogos". Aluno do 2º ano do Ensino Médio

Segundo este aluno, a prática excessiva de algumas modalidades nas aulas de Educação Física é muita cansativa e rotineira, desenvolver outras atividades, que levem os alunos à socialização ou a integração dos participantes, são mais prazerosas nesta fase escolar, do que somente a repetição dos esportes mais divulgados. Também reforçado por Lorenz et al (2003) que cita o professor acaba por transformar suas aulas de Educação Física em atividades mecânicas e rotineiras. "antigamente era apenas jogos, onde vários indivíduos ficavam apenas olhando. Com essa nova tática (...) todos passaram a praticar a aula". Aluna do 2º ano do Ensino Médio
Um dos objetivos desta experiência (proposta) é justamente colocar os professores para pensar sobre os alunos, no ensino médio, que ainda ficam fora das aulas, por conseqüência de atividades escolhidas e impostas por professores, atividades estas, que, naturalmente, colocam os alunos para ficar parados ou olhando as aulas, como relatado pela aluna. Segundo Lorenz et al (2003), para eles, os profissionais de Educação Física, durante sua formação, adquirem inúmeros e diversificados conhecimentos, que, talvez, por comodismo do seu trabalho, não se preocupam em adaptar às necessidades dos seus alunos, conhecimentos estes pouco adaptados muitas vezes para o ensino fundamental e médio. Por este motivo, devemos, como nos relata a aluna, utilizar novas táticas, para colocar mais alunos participando de corpo inteiro nas aulas, na direção de uma educação motora transformadora, que valorize assim, a Educação Física na escola e fora dela.
Através desta análise geral, podemos dizer que os resultados obtidos dentro desta experiência vivida, desenvolvida nas aulas de Educação Física do ensino médio, foram muito satisfatórios, principalmente a respeito da co-participação efetiva dos alunos no desenvolvimento e execução das aulas, mostrando que é possível sair do tradicionalismo e ter "qualidade".


CONCLUSÕES
Falar sobre esta experiência não foi difícil, porque quando vivenciamos o que estamos escrevendo, torna-se mais claro e vivo em nosso "corpo", principalmente quando tentamos descrever para o leitor verdadeiramente o que ocorreu, para que o mesmo possa viajar na "história", compreendendo seus caminhos percorridos. Mas por outro lado, temos receio de cair em dogmatismos, o que nos levaria a uma verdade absoluta e irredutível, não aceitando sugestões para mudar, contrapondo a "idéia" proposta neste relato.

Admito, com sinceridade que, ao formular minhas propostas, fui guiado por juízos de valor e por algumas predileções de ordem pessoal. Mas espero que as propostas se tornem aceitáveis para os que apreciam não só o rigor lógico, mas também a ausência de dogmatismos; para os que se importam com as aplicações práticas, mas se interessam ainda mais pelas aventuras da ciência, pelas descobertas que, uma após outra, nos acareiam com novas e inesperadas perguntas, obrigando-nos a tentar encontrar respostas novas e insuspeitas. (Popper apud Moreira, 1992, p. 204)

Sabendo deste contexto, acreditamos que a análise dos dados e também as impressões subjetivas do professor, bem como outras argumentações relatadas neste trabalho, deram oportunidade de socialização a todos os envolvidos nesta experiência e, principalmente, ao professor envolvido, a possibilidade de perspectivar uma Educação Física escolar mais significativa no ensino médio.
Nossa expectativa em descrever esta experiência, é que ela possa trazer reflexões e motivação a os demais colegas (educadores), despertando neles a cri-ação nas aulas de Educação Física escolar, buscando não cair numa rotina pedagógica, mas que eles possam entender e ser conscientes de sua responsabilidade e contribuição sócio-cultural.
Para que isso venha a ocorrer, todos os educadores precisam buscar conhecer, ou melhor dizendo, precisam saber (saborear) sobre a corporeidade e, principalmente, sobre questões que tratam da educação motora dentro da escola. Assim, podemos repensar esta frase popular: uma andorinha só não faz verão. Repensar e redirecionar nossa sabedoria, motivando os profissionais a buscar formas alternativas para conquistar outros profissionais a fim de trabalharem juntos, como uma andorinha persistente e consciente do seu ofício educacional. Não podemos mudar o mundo, nem nosso país, nem nosso estado, nem nossa cidade, mas podemos melhorar um pouquinho que seja a nossa rua ou a nossa escola (espaço).
As considerações finais que desejamos fazer são sobre a Educação Física escolar, neste caso especial, as aulas de Educação Física do ensino médio; desejamos que estas aulas se transformem em momentos de união, de alegria, de prazer, de cooperação, de jogo, de divertimento, de co-participação e não somente de competitividade. Desejamos que exista uma harmonia entre estas questões, para que ocorra a superação e não a negação de uma ou de outra, porque esta seria somente uma pequena experiência, como tantas outras que poderão surgir, que busquem superar o problema da "inércia" nas aulas de Educação Física escolar.


BIBLIOGRAFIA
BROTTO, O. F., Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar, São Paulo: O Autor, 1993
BRASIL, MEC. Parâmetros curriculares nacionais do ensino médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Brasília: MEC, 1999
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Autor deste artigo: Carlo Henrique Golin - participante desde Seg, 04 de Abril de 2005.

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