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Escrito por Fabricio Lopes   
Ter, 08 de Junho de 2010 00:00

OLIVEIRA, Luziléa Brito de. UESC, Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
PEIXINHO, Fabiano. FABAC, Docente.
NETO, José Coelho Baia. FTC, Assessor acadêmico.
RODRIGUES, Fabrício Lopes. Universidade do Estado da Bahia, Docente.
OLIVEIRA, Ada Brito de. Instrutora de curso na área de direito.

 

EMPREENDEDORISMO E A REDE FTC DE ENSINO

 

RESUMO

 

Esse artigo aborda, através de revisão bibliográfica, algumas definições acerca do empreendedorismo sob a visão de diversos autores. Buscou-se apresentar o perfil de indivíduos empreendedores, exemplificando e caracterizando, também, o aspecto do mesmo na área de pesquisa e ensino. Características como a visão tridimensional do empreendedorismo (pessoas x empresa x meio-ambiente), interdisciplinaridade e transdisciplinaridade foram abordadas através da observação de ações implantadas da Rede de Ensino da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).

 

Palavras-Chaves: Empreendedorismo, empreendedor, ações inovadoras.

 

ABSTRACT

 

This article presents, through literature review, some definitions of entrepreneurship and enterprise under the vision of different authors. The aim was to present the profile of individual entrepreneurs, and characterizing with example also the founder of the area of research and teaching. Aspects such as three-dimensional view of entrepreneurship (people x business x environment), interdisciplinary and transdisciplinarity, were addressed through the observation of actions implemented in the Education Network FTC.

 

Key words: Entrepreneurship, entrepreneur, innovative actions.

EMPREENDEDORISMO E A REDE FTC DE ENSINO

 

INTRODUÇÃO

 

Desde 1985 o interesse pela educação empreendedora vem crescendo, pois se busca entender o que faz com que determinado indivíduo assuma todos os riscos sociais, psicológicos e financeiros envolvidos na criação ou reestruturação de um novo negócio, que pode ser caracterizado com base em novos conceitos, necessidades dos consumidores, observação de tendências, como também o aperfeiçoamento do negócio. Inovar é preciso e atualmente apresenta-se como um tema bastante discutido no meio empresarial e uma importante ferramenta estratégica para se manter competitivo diante desse mercado. E esse diferencial, certamente o empreendedor carrega em si. Dolabela (1999, p.32) escreve que “Pessoas que recebem educação sobre empreendedorismo não hesitarão em correr risco, inovar, estabelecer vínculos e relações necessários ao alcance dos objetivos, identificarem oportunidades e buscar recursos onde estiverem”.

 

EMPREENDEDORISMO

 

O empreendedor apresenta-se como uma pessoa que corre risco para começar uma empresa, decidindo e realizando as suas tarefas de forma árdua e trabalhosa, colocando em execução seus conhecimentos em todas as áreas de atividades.

O empreendedor busca criar uma empresa que produza bens e serviços para os clientes de forma lucrativa e próspera, gerando emprego e renda, qualidade, disponibilidade e preço. Essas são algumas situações que este importante elemento representativo busca diante da sociedade e seus participantes.

Acrescenta, Dolabela (1999, p. 43) que a palavra empreendedor, de emprego amplo, é utilizada em seu livro Oficina do Empreendedor, para:

 

Designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização [...]

 

 

O empreendedorismo engloba todas as áreas administrativas e suas importantes funcionalidades. Desde a criação do negócio, passando pela Pesquisa e Desenvolvimento, Recursos Humanos e chegando até o Marketing, o empreendedor deve possuir o devido conhecimento em todas as áreas, pois estará assumindo os seus riscos e desafios para poder implantar suas idéias e buscas no mercado.

Para muitos especialistas, Melo Neto (2002, p. 06), “o empreendedorismo é visto como um ramo da administração de empresas, que enfatiza a criação, o desenvolvimento e a gestão de novas organizações”. Estes são os adeptos da pesquisa como base para a difusão do empreendedorismo.

Desta forma estão contemplados o empreendedor da área de negócios e o empreendedor da área de pesquisa e ensino, este último sendo avaliado pelo potencial de agregação de valores gerados por novo conhecimento ou tecnologia e/ou sua propagação. Pesquisadores, professores e alunos apresentam grande potencial para a criação de empreendimentos baseados em conhecimento, o que mais tarde, se reverterá em lucros para a instituição criadora ou em benefícios para os usuários das inovações e descobertas.

O empreendedor também deve ser visto como um fator de desenvolvimento da comunidade local, pois busca utilizar todos os recursos disponíveis gerando emprego e renda, levando a uma maior movimentação de recursos financeiros, que certamente trará a possibilidade de aquisição e satisfação maior de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, transformando a sociedade como um todo em seus mais variados aspectos.

Nosso país possui uma grande taxa empreendedora, pois o que podemos analisar é que muitos começaram neste caminho devido às dificuldades de emprego junto ao mercado de trabalho, criando novos empreendimentos de forma mais crítica, atribuindo qualidade e eficiência em seus meios.

Dolabela (2006, p. 54), em O segredo de Luíza, conceitua empreendedor como o “motor da economia”, um agente de mudanças, e escreve que prefere trabalhar com a definição de Filion (1991, p. 68), por ser simples e abrangente: “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”.

Filion (2004, p. 19) define empreendedor como “alguém que tomou as rédeas de seu destino nas mãos ao iniciar uma atividade de negócio.” E, sob esta nova perspectiva, as instituições de ensino vêem os estágios como algo dinâmico, com cada atividade refletindo e interagindo com eventos da vida do indivíduo dando inicio as carreiras empresariais.

Essa abordagem de ciclo de vida conceitualiza as carreiras empresariais em nove categorias principais: (01) ambiente educacional, (02) personalidade do indivíduo, (03) ambiente familiar na infância, (04) histórico profissional, (05) histórico do desenvolvimento do adulto, (06) histórico não-profissional do adulto, (07) atual situação profissional, (08) atual perspectiva do indivíduo e (09) atual situação familiar.

Pesquisas mostram que indivíduos empreendedores possuem alto grau de realização pessoal porque fazem aquilo que realmente gostam, assim, trabalho e prazer andam juntos e toda dedicação necessária é vista como uma atitude de completa doação.

As influências na infância também são bem exploradas, especialmente em termos de valores e de formação individual. As características de personalidade mais freqüentemente encontradas são a necessidade de realização, necessidade de assumir controle sobre suas ações, capacidade de correr risco e identidade com o que faz.

Características semelhantes aparecem entre diferentes empreendedores pesquisados. A influência familiar aparece como ponto de destaque, pois aqueles que tiveram pais que empreenderam, tendem a abrir seu próprio negócio, inovar e liderar. Um novo empreendimento significa para eles assumir a mais alta prioridade na vida e apresenta-se como fonte de sua auto-estima.

 

Percepção do negócio composto por pessoas, empresa e meio-ambiente

 

As pessoas estão percebendo a necessidade de desempenhar papéis empreendedores, seja como dono(a) do seu próprio negócio, seja como colaborador(a) de uma instituição (intraempreendedorismo), visto que a independência e a exigência por tomadas de decisões acontece em todos as esferas do mundo dos negócios ou na vida pessoal. Filion (2004, p. 20) ratifica que,

 

O comportamento empreendedor faz parte de um processo total, que comporta várias dimensões da vida e diferentes escolhas. Estas nem sempre são realizadas de forma consciente: podem decorrer do acaso dos encontros, de atividades anteriores, da influência de um professor, do exemplo de alguém que tenha estimulado nosso interesse por tal ou qual assunto.

 

 

Quem deseja tornar e manter sua empresa competitiva, ou manter seu emprego, precisar ter características e ações de empreendedores, que são elas segundo Bernardini (2003, p. 64):

 

1.      Senso de oportunidade;

2.      dominância;

3.      agressividade e energia para realizar;

4.      autoconfiança;

5.      otimismo;

6.      dinamismo;

7.      independência;

8.      persistência;

9.      flexibilidade e resistência a frustrações;

10. criatividade;

11. propensão ao risco;

12. liderança carismática;

13. habilidade de equilibrar “sonho” e realização;

14. habilidade de relacionamento.

 

São nos mais diversos ambientes de convivência que estas características são ressaltadas e a importância de harmozinar os interesses da empresa, das pessoas e do meio ambiente, torna-se vital para o bom desenvolvimento de todos.

Quando os conflitos de interesse surgem, necessidades de mudanças são inevitáveis e como toda mudança, causa impacto. A gestão é concebida por pessoas e executada por e para elas, com formações diversas. Sendo assim, toda instituição empreendedora deve manter seu foco na gestão de talentos, o que retrata com muita propriedade a citação abaixo:

 

Dolabela (1999, p. 32) acrescenta que:

 

Ao transformar os principais atores do processo de desenvolvimento local em veículos de criação e difusão do espírito empreendedor, estaremos combinando de forma adequada os comportamentos como os objetivos a alcançar.

 

 

Filion (2004, p. 18) escreve em seu livro Boa Idéia! E Agora?, que “empreender é muito mais do que desenvolver um produto, prestar um serviços ou criar uma empresa – é algo que envolve todo o sistema de vida da pessoa,” e de todos os envolvidos. Empreender é ter disposição para arriscar e empregar todos os recursos financeiros em uma idéia, mas também ter a compreensão de que em determinados momentos os planos precisam ser reestruturados e outras variáveis precisam ser adotadas, pois todo e qualquer empreendimento sofre influência direta de fatores extrínsecos e intrínsecos sendo fundamental reconhecer a necessidade e o momento certo de mudar.  

Filion (2004, p. 24) faz referência a um sistema de vida ecológico que quer dizer que cada vez mais as pessoas estão independentes e com isso encontram menos entraves para fazer o que desejam. Porem, em contra partida, assumem sozinhas as conseqüências de suas decisões. Desempenhando papeis diferentes, “o indivíduo precisa de balizas para definir até onde pode ir em determinado projeto, quanto pode exigir de si mesmo e dos outros”, sendo de fundamental importância encontrar o equilíbrio entre sucesso e felicidade.

No que diz respeito aos recursos de produção os empreendedores necessitam ter visão sistêmica, não apenas em relação ao mercado concorrente, tecnologia e recursos a serem aplicados no empreendimento, mas a preocupação em relação ao meio ambiente, tanto pelo aspecto da regulação e das legislações ambientais nas esferas do Município, Estado e União, quanto pela imagem e importância do empreendimento para a sociedade, pois há a necessidade da valorização do meio ambiente, visando o seu uso de maneira responsável, harmonizando desenvolvimento econômico e sustentabilidade, tornando a organização conhecida pelo mercado, não apenas pela sua vocação empreendedora, mas pelo seu alinhamento entre empreendedorismo e desenvolvimento sustentável.

Diante da importância da sustentabilidade e impossibilidade de dissociação do homem e do ambiente em que vive, a Comissão Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente, grupo da Organização das Nações Unidas – ONU, em seu último relatório, definiu Desenvolvimento Sustentável, como o meio de “atender as necessidades da geração presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”, Braga (2006, p. 216).

Giasenti (1998, p. 13) define desenvolvimento sustentável como “a capacidade de as sociedades sustentarem-se de forma autônoma, gerando riquezas e bem estar a partir dos seus próprios recursos e potencialidades”. E se desenvolver dessa forma o empreendedor sabe muito bem, ser criativo e inovador, com poucos recursos em seu poder, sempre trabalhando como forma de melhorar a sua qualidade de vida e a sociedade no qual o mesmo encontra-se inserido.

Moura (2004, p. 21) considera primordial a contribuição das instituições de ensino superior, no fomento e promoção do empreeendedorismo, concedendo a academia o grande crédito da formação empreendedora, e ratifica este pensar escrevendo:

 

As instituições de ensino, notadamente as de nível superior, estão recebendo uma carga de responsabilidade, nunca antes lhes atribuídas com fomentadoras da mudança, divulgação e orientação desse novo processo de ensino e aprendizagem, ou seja, o desenvolvimento do empreeendedorismo em nosso país.

 

 

Dolabela (1999, p. 32) acrescenta que:

 

Ao transformar os principais atores do processo de desenvolvimento local em veículos de criação e difusão do espírito empreendedor, estaremos combinando de forma adequada os comportamentos como os objetivos a alcançar.

 

 

Desta forma verifica-se que assim como o desenvolvimento sustentável é estratégico para o negócio o empreendedorismo deverá ser estratégico para a sociedade e todos estes ensinamentos cabem também as instituições de ensino que educam pelo exemplo.

  

HISTORIA DA FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS (FTC)

 

As Instituições Particulares de Ensino Superior – IPES - por muitos anos se preocuparam apenas com os aspectos pedagógicos. Com o advento da globalização e ampliação do mercado universitário, a partir dos anos 90, precisaram criar mecanismos de sobrevivência e aplicação, necessitando assim de ferramentas de gestão eficientes e eficazes.

A FTC nasceu no ano de 2000 neste novo cenário, com aporte de capital próprio, inaugurando 5 (cinco) unidades de ensino presenciais localizadas em 05 (cinco) cidades do estado da Bahia: Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e Itabuna. Anos mais tarde implanta a Educação à distância – EAD - que hoje, somada as unidades presenciais, atinge 90% do território baiano e cidades distribuídas em mais de 14 estados brasileiros.

Dotada de proposta pedagógica inovadora, A FTC vem pensando a interdisciplinaridade como essência e a transdisciplinaridade como perspectiva. Para isso, pauta sua proposta pedagógica sobre os seguintes pilares:

 

·              Educação baseada na integração dos saberes - planejamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão contemplando a abordagem transversal dos saberes para provocar o aprendizado dentro de uma visão integrada e sistêmica e comprometida com a realidade social.

 

·              Infra-estrutura física, tecnológica e humana - que possibilite o aprendizado integrado e corpo docente capacitado para a construção do conhecimento.

 

·              Metodologias inovadoras do ensino - com o foco na aprendizagem e que priorizem os processos que o aluno deve experimentar para a devida incorporação das competências e habilidades para geração de novos talentos.  

 

Ofereceu novos cursos, como o de Medicina, implantado em 2005 sendo, a primeira instituição de ensino particular a disponibilizá-lo, após 50 anos do último ofertado na Bahia. Neste mesmo momento, em diferentes regiões do estado da Bahia, ampliava suas Unidades de Ensino, constituindo assim a Rede FTC de Ensino Superior e adquirindo a Faculdade Faro em Rondônia e implantando a Faculdade da Cidade do Salvador, em Salvador – Ba em 2004, iniciando seus cursos no ano de 2005.

A FTC destaca-se no cenário da educação do país como uma das maiores instituições de ensino, oferecendo 35 (trinta e cinco) cursos de graduação presenciais; 9 (nove) licenciaturas, 2 (dois) bacharelados e 1 (um) tecnológico na modalidade “à distância”, totalizando um número aproximado de 6.000 (seis mil)  alunos, além de 52.000 (cinqüenta e dois mil) alunos à distância aproximadamente.

 A Instituição passou por estratégicas reestruturações, não apenas na esfera acadêmica, mas também na área financeira e administrativa, optando por manter, promover, e contratar talentos, com vistas a estabelecer uma gestão profissional, exercida com autonomia em relação aos seus gestores e austeridade em relação aos custos, analisando criteriosamente seus investimentos. A FTC vem seguindo a Evolução do Modelo de Gestão das Instituições Privadas de Ensino Superior citada por Garcia (2006):

 

Onde a FTC se situou até 2004 na primeira fase da evolução e atualmente (2008) encontra-se na segunda fase caminhando para a terceira.

 

O que faz da FTC uma IES empreendedora

 

Seu fundador, Sr. Gervásio Oliveira, é um exemplo clássico de empreendedor.  Fundador das Unidades FTC, Faculdade da Cidade e a Educação à Distância, corrobora com os autores citados acima, pois sempre acreditou na possibilidade de criar algo novo, assumindo todos os bônus e ônus que um empreendimento pudesse trazer.

Não foram poucos os riscos que a Rede de Ensino FTC correu nestes, principalmente, últimos 04 (quatro) anos, quando a Instituição passava por momentos que exigiam grandes decisões. Seu idealizador decidiu não recuar perante as dificuldades e inaugurar com grande visão uma nova frente, entrar no mercado de Educação à Distância que representava novos riscos para toda a Organização, assim como, inaugurar a Faculdade da Cidade para um outro público no mesmo momento (2004).  

Hoje testemunha-se que sua visão futurista estava correta, o mercado de Educação a Distância – EAD - encontra-se em plena expansão e apresentando excelentes perspectivas visto que a educação presencial é um mercado altamente competitivo.

Segundo Acúrcio (2005), introduzir o empreendedorismo na escola implica em conceituá-lo ao menos em três perspectivas:

 

  1.  
    • A capacidade individual de empreender, ou seja, de tomar iniciativa e agir, buscando soluções inovadoras para problemas pessoais ou de outros, econômicos ou sociais, por meio de novos empreendimentos. É esse enfoque procedimental que deve ser trabalhado na escola com ênfase. 
    • O processo de iniciar e gerir empreendimentos, isto é, o conjunto de conceitos, métodos, instrumentos e práticas relacionadas com a criação, a implantação e a gestão de novos projetos ou organizações. Nesse enfoque, o empreendedorismo é uma metodologia a ser aprendida. 
    • O movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor para a geração de emprego e renda, a partir da motivação interna para mobilizar a ação, exercendo direitos e deveres, sentindo-se parte do contexto. Esse enfoque considera o empreendedorismo como fator de cidadania.

Abaixo serão apresentadas algumas ações inovadoras da Rede FTC, que com o trabalho de seu idealizador, seus colaboradores, docentes e discentes, aliado as perspectivas acima, fazem desta instituição de ensino uma das mais empreendedoras no cenário brasileiro.

 

Ações inovadoras da FTC

 

Dentre algumas ações inovadoras promovidas pela FTC pode-se citar:

 

1.     Trabalho Interdisciplinar Dirigido – TID

 

O Trabalho Interdisciplinar Dirigido desenvolve-se por meio de componentes curriculares em todos os cursos de graduação da Rede de Ensino FTC que tem como objetivo possibilitar que o aluno adquira, progressivamente, as competências, em níveis distintos de abordagem compatíveis com a sua maturidade e com o estágio de inserção na área do curso.

 Operacionalmente, funciona com a mediação de um professor em parceria com o coordenador de curso, a partir de uma situação problema contextualizada com a área do curso e que, de forma interdisciplinar, é apresentada e trabalhada com os alunos ao longo do semestre letivo.

 

2.     Programa FTC VERDE – Gestão Integrada de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

 

O programa tem a finalidade de integrar, propor e gerenciar ações de responsabilidade socioambiental, norteando as diretrizes institucionais e pautadas no compromisso com a formação da cidadania e adoção de práticas sustentáveis.

Partindo do método de pesquisa e ação, foi compilado as principais práticas de gestão integrada de saúde, segurança e meio ambiente nas 10 (dez) melhores universidades do mundo, segundo o ranking da Fortune, em ordem descendente de posição:

1.      Harvard Universty

2.      University of California, Berkeley

3.      Massachusetts Institute of Technology

4.      California Institute of Technology

5.      Oxford University (Sistemas Isolados) – Não será utilizada

6.      Cambridge University (Sistemas Isolados) – Não será utilizada

7.      Stanford University

8.      Yale University[1](Sistemas Isolados) – Não será utilizada

9.      Princeton University

10. ETH Zurich – Não tem material disponível

 

A gestão em Saúde, Meio Ambiente e Segurança – SMS – possibilita a integração de políticas, normas e procedimentos, a fim de garantir a eficiência dos processos organizacionais, atendendo especificações, normas, legislações vigentes relativas ao meio ambiente, à saúde e a segurança ocupacional, exigências governamentais de controle de poluição, resíduos, dentre outros. A utilização deste sistema em IES já está sendo monitorado e avaliado em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Canadá, dentre outros, o que vem reforçar a necessidade de adequação das IES´s brasileiras. Neste contexto, o programa foi subdividido com o apoio do escritório projetos da Rede FTC em cinco programas: Humanização, Biossegurança, Saúde e Segurança Ocupacional, Programas Ambientais e Educação Ambiental.

 

3.     FTC DIGITAL 

 

A FTC Digital é um projeto que foi criado no primeiro semestre letivo de 2008 com a proposta de promover a aprendizagem e a formação humana mediada por tecnologia. Foram ofertadas disciplinas para alunos do primeiro e segundo semestres escolhidas conforme recomendação das diretrizes curriculares de cada curso, em prol da boa formação do estudante.

As disciplinas oferecidas foram: 1º semestre: Criatividade e Inovação e Meio ambiente e Sociedade e no 2º semestre do curso: Linguagens e Comunicação e Cidadania e Interculturalismo. Todas com a proposta de superar desafios (01) Culturais - provando que é possível fazer ensino digital com qualidade; (02) Sociais – promovendo a inclusão digital e (03) Processuais – uma vez que trabalha com uma equipe multidisciplinar, tanto da área acadêmica quanto de produção e direção audiovisual, que contempla, inclusive, alunos diplomados da FTC.

 

4.     Mestrado Profissional em Bioenergia

 

O Mestrado Profissional em Bioenergia - primeiro mestrado nesta área no Brasil - foi criado em 2007 com uma proposta inovadora pelo seu foco multidisciplinar, que uniu a tecnologia de produção aos aspectos ecológicos, através da biotecnologia, envolvendo a bioprodução, a biodegradabilidade, a bioremediação, prevenção de riscos ambientais e o aproveitamento de resíduos para a geração de novos materiais, assim como a gestão destes processos.

O curso é constituído por um grupo de professores com formação nas áreas de Engenharia Química, Química Industrial, Engenharia Ambiental, Ecologia (Ecotoxicologia), Biotecnologia Ambiental, Gestão Ambiental e Finanças. Estes docentes são todos envolvidos em pesquisas em suas respectivas áreas e trabalham de forma integrada em projetos de maior complexidade, engajados também em seus respectivos grupos já cadastrados no CNPq e cujas características e componentes são disponíveis no DGP/CNPq.

 

5.     Programa PARES

 

A Rede de Ensino FTC desenvolve o Programa de Apoio ao Artista e Esportista – PARES, com a concessão de bolsas de estudo aos alunos que se destacam em várias modalidades de esportes amadores ou profissionais.

O PARES foi instituído para possibilitar que os atletas e artistas cumpram os ensaios, treinamentos ou jogos sem abrir mão dos estudos. Hoje, a FTC está entre as dez melhores equipes no esporte universitário brasileiro. Dentre 412 universidades que competiram nos Jogos Universitários Brasileiros 2007, a FTC conquistou o 7º lugar.

No Pan Rio 2007, os atletas da FTC trouxeram uma medalha de prata e uma de bronze no Judô, além de se classificarem em 5º e 7º lugares na Natação. No ParaPan, o atleta Marcelo Collet, ganhou um ouro e três bronzes. No último campeonato mundial de judô, o atleta Luciano Corrêa, da FTC EAD consagrou-se campeão mundial.

 

6.     Adoção do PBL (PROBLEM-BASED LEARNING) – Aprendizado baseado em problemas.

 

O Aprendizado Baseado em Problemas (Problem-Based Learning) destaca o uso de um contexto clínico para o aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade de trabalhar em grupo, e também estimula o estudo individual, de acordo com os interesses e o ritmo de cada estudante. O aprendizado passa a ser centrado no aluno, que sai do papel de receptor passivo, para o de agente e principal responsável pelo seu aprendizado. Os professores que atuam como tutores (ou facilitadores) nos grupos têm a oportunidade de conhecer bem os estudantes e de manter contato com eles durante todo o curso.

 

A metodologia do PBL enfatiza o aprendizado auto-dirigido, centrado no estudante. Grupos de até 12 estudantes se reúnem com um docente duas ou três vezes por semana. O professor não "ensina" da maneira tradicional, mas facilita a discussão dos alunos, conduzindo-a quando necessário e indicando os recursos didáticos úteis para cada situação. 

 

Uma sessão tutorial inicial trabalha os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o assunto apresentado; os problemas são primeiramente identificados e listados, e em seguida são formulados os objetivos de aprendizado, com base em tópicos considerados úteis para o esclarecimento e a resolução do problema. Na etapa seguinte os estudantes trabalharão sozinhos na busca de informações e na elaboração (estudo auto-dirigido) antes da próxima sessão tutorial, quando as informações trazidas por todos serão discutidas e integradas no contexto do caso-problema.

 

A metodologia do PBL é considerada ideal para os estudantes que têm iniciativa para estudar por conta própria, sentem-se à vontade formulando objetivos de aprendizado flexíveis, aprendem melhor com leitura e discussão e consideram desejável que seu aprendizado seja sempre em um contexto clínico.

 

Considerações Finais

 

Através deste estudo pode-se verificar que empreendedores são aqueles que canalizam suas energias para a realização de seus sonhos. São pessoas que têm a disponibilidade de transformar seus desejos em ações e estas em prática coletiva assumindo todas as responsabilidades, contornando as adversidades, fazendo delas oportunidades em prol de construir algo novo e inserindo-se na sociedade.  

Esse mesmo empreendedor modifica a estrutura ao qual encontra-se inserido, demonstrando uma grande fonte de inovação e sustentabilidade, buscando assim, uma evolução em sua vida pessoal e profissional.

Escrevendo sobre empreendedorismo na educação não se pode deixar de mencionar Paulo Freire (1921-1997), que, como um dos maiores educadores do Brasil inspirou a todos com suas criações, conquistas e descobertas, que não ocorreram por acaso, resultaram de sonhos somados a planejamento, poder de persuasão, clareza de objetivo, estudo, preparação e persistência – todas qualidades de um empreendedor.

Importante ressaltar também que em um ambiente competitivo as mínimas ações fazem diferença e a cada dia o empreendedor precisará lidar com novos desafios.

 

 

Referências Bibliográficas

 

ACÚRCIO, Marina Rodrigues Borges coord. O empreendedorismo na escola. Porto Alegre/Belo Horizonte: Artmed/Rede Pitágoras, 2005.

BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de Empreendedorismo e Gestão – Fundamentos, Estratégias e Dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003.

BRAGA, Benedito. Introdução a Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo: Person Preentice Hall, 2006.

DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor. 6ª ed. São Paulo: Ed. de Cultura, 1999.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luíza. 15ª imp. Paulo: Cultura Editores Associados, 2006.

DUTRA, Joel Souza. Competências. São Paulo: Atlas, 2004.

FILION, Louis Jacques. Boa Idéia! E Agora?. 5ª imp. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2004.

FILION, Louis Jacques. “O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: identifique uma visão e avalie o seu sistema de relações”. Revistas de Administração de Empresas, FGV, São Paulo, jul/set. 1991.

GARCIA, Maurício. Gestão Profissional em Instituições Privadas de Ensino Superior. Espírito Santo:Hoper, 2006

GIANSENTI, Roberto. O Desafio Sustentável. São Paulo: Atual, 1998.

MELO NETO, Fransciso P. de. Empreendedorismo Social – a transição para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

MOURA, Jaime de. Pensamento Sistêmico e Visão Sistêmica das organizações. Lauro de Freitas – Ba: UNIBAHIA, 2004.

 

Autor deste artigo: Fabricio Lopes - participante desde Sex, 14 de Maio de 2010.

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