Com o objetivo de ampliar a formação executiva na área de gestão de instituições de ensino superior, a quinta turma do MBA – Administração Acadêmica & Universitária contará com um formato EAD.

Lançado em 2004 o Curso tem formado reitores, pró-reitores, consultores e  mantenedores de Instituições de Ensino Superior em todo o Brasil. A opção pelo sistema de imersão viabilizou a participação destes profissionais. A cada dois meses, dirigentes de IES reuniam-se em Belo Horizonte para desenvolver o MBA com a participação de grandes nomes da educação brasileira.

Atualmente o MBA Administração Acadêmica & Universitária é uma marca reconhecida pelo mercado educacional e seus alunos egressos dirigem as melhores Instituições de Ensino Superior (IES) do país.

O novo formato pretende alcançar também as coordenações de cursos e, para isso, o curso passará por algumas mudanças no seu mix-mercadológico. Para falar sobre essas mudanças convidamos o Professor Wille Muriel, Diretor da Carta Consulta e uma das principais lideranças do Curso.

GU: O que mudou no novo MBA?
Mudamos muitos aspectos. O nosso MBA contará com uma carga horária maior. Teremos 405 horas, dentro dos módulos, mais 60 horas destinadas a orientações e estudos individuais. O curso era presencial, mas sempre utilizamos forte apoio na educação a distância. Isso gerou um comportamento natural de “virtualização” das atividades acadêmicas, seguindo o que é hoje uma tendência para os programas de pós-graduação “lato sensu”. Nossa turma 4 contou com a participação de alunos de quatorze estados brasileiros e o ambiente virtual se estabeleceu como um verdadeiro achado para o prosseguimento das atividades presenciais. Há vários anos realizamos estudos para oferecer o Administração Acadêmica & Universitária também no formato virtual, mas só agora, depois de trabalharmos com mais de mil coordenadores nesta modalidade de ensino é que temos segurança para garantir a oferta de um programa EAD com a mesma qualidade oferecida na modalidade presencial. Serão cinco módulos presenciais, cinco módulos EAD, ministrados em dezoito meses. Outra mudança é a possibilidade da certificação internacional para os alunos que realizarem os módulos nos Estados Unidos. Nossa intenção é de trocar experiências com a gestão universitária americana e também com a de outros países. Em nossas reuniões técnicas em várias universidades americanas percebemos que temos muito em comum – mais do que imaginávamos. Já estabelecemos contatos na Itália, Espanha, China, Canadá, Holanda, Moçambique e Angola. Estamos muito animados com o que está ocorrendo na nossa área internacional. Enfim, são mudanças significativas no nosso mix-mercadológico. Pretendemos mudar também o preço da nossa mensalidade.

GU: Por que mudar o preço?
Porque o principal objetivo da mudança é atingir o nível hierárquico da gestão de cursos. Nosso MBA não pode ser um curso elitista porque não adianta formar apenas as reitorias. É na coordenação de cursos e nas salas de aula que os maiores problemas acontecem. É lá também que surgem as maiores oportunidades. Uma redução no preço da mensalidade abrirá um mercado enorme para a formação no MBA Administração Acadêmica & Universitária, pois as coordenações não vão depender das mantenedoras para custearem o MBA e assim, aliviamos também para as mantenedoras. Ou seja, precisamos ser viáveis para que este mercado possa consumir o nosso serviço.

GU: E a qualidade do Curso? Não sofre com a massificação?
Veja bem, não vamos massificar o MBA. Não é de lucratividade o que estamos falando aqui e nem de um Curso para milhares de pessoas. Pensamos sempre em sustentabilidade, pois agimos em algo que impacta muito positivamente na nossa marca. Sob este aspecto o nosso MBA já é muito lucrativo. O MBA projetou a Carta Consulta para todo o Brasil e também para fora dele. É um investimento em algo que está totalmente coerente com a nossa missão institucional. Não medimos esforços para encantar os nossos alunos e professores. Com esta mentalidade podemos inovar e atuar com muita flexibilidade em nosso mix.

GU: Fale um pouco sobre os intercâmbios com universidades americanas?
Em 2008 iniciamos os investimos na internacionalização da Carta Consulta. Foi um trabalho que exigiu muito da nossa empresa. Tivemos sorte e agora já firmamos uma série de convênios com as universidades americanas e nossos alunos trocam experiências com gestores acadêmicos dos Estados Unidos. Recentemente, realizamos um encontro internacional sobre captação e retenção de alunos no ensino superior. Convidamos três professores americanos, gestores de universidades para falar sobre o tema e trocar experiências com gestores de IES brasileiras. Este encontro foi um grande sucesso. Anualmente viajamos para os Estados Unidos com nossos alunos do MBA para realizar reuniões de trabalho com objetivos bem definidos, ou seja, desenvolver acordos bilaterais para o ensino, a pesquisa, atividades de extensão, pós-graduação, dentre várias outras frentes. Não é turismo. Já fechamos vários acordos entre IES brasileiras e universidades americanas! Estamos tendo ótimos resultados e no início de 2011 vamos inovar ainda mais.

GU: Esse é um dos diferenciais do MBA?
A abertura para acordos bilaterais entre instituições é sem dúvida um diferencial. Já o módulo internacional não. Temos muitos mba’s no Brasil com módulos internacionais. Mas podemos apontar vários outros aspectos que diferenciam o Administração Acadêmica & Universitária dos outros mba’s. Temos uma equipe altamente qualificada e com vinculação integral ao projeto. Conciliamos a gestão acadêmica com a gestão institucional do curso e assim criamos um jeito diferente de fazer as coisas. O aluno é um gestor autônomo do próprio aprendizado. Ele se sente integrado a um grupo de aprendizagem composto por todos os acadêmicos do MBA. No Curso ele apresenta e analisa painéis institucionais, coordena seminários e oficinas e se estabelece como acadêmico e não como um ser passivo, alguém que fica ouvindo um monte de conselhos sobre um conhecimento ainda pouco consolidado.

No nosso MBA construímos o conhecimento junto com os alunos. É claro que a equipe é formada por grandes nomes da educação brasileira, com grande titulação. Temos professores com pós-doutorados, vários doutores, vários mestres, mas eles não se estabelecem como os donos da doutrina. Estamos retirando cada vez mais a sala de aula do projeto. Sempre realizamos uma série de visitas técnicas institucionais. A idéia é bem simples: colocamos nossos alunos num confortável ônibus e visitamos algumas instituições de ensino criteriosamente selecionadas, como estudo de casos reais, in loco, para conhecer diferentes tipos de gestão, de cultura institucional, de desafios e assim aprendemos demais, alunos e professores do MBA. E as inovações não param no projeto pedagógico. Em 2007 implantamos nossa plataforma de eco-design. Somos o primeiro MBA eco-sustentável do mundo. Nossa turma 3 plantou nada menos do que 650 árvores por meio da nossa parceria com fundações e empresas ecologicamente responsáveis. Abolimos quase que por completo o papel e quando é necessário utilizamos apenas marcas com selos de certificações ambientais mundialmente reconhecidas.

Outro aspecto importante para o sucesso do Curso vem do lado institucional. Somos ligados a várias empresas tradicionais no mercado e isso faz toda a diferença. A EdiTAU oferece aos nossos alunos o Boletim de Direito Educacional. Assim eles ficam por dentro não apenas da legislação, mas das tendências da regulação do setor, das normas e do posicionamento dos conselhos de classe e sabem até mesmo, onde, quando e como ocorrem os credenciamentos de IES, autorizações e reconhecimento de todos os cursos. O BDE é uma grande ferramenta estratégica para a gestão universitária. A CONSAE participa na divulgação, no apoio institucional e mais efetivamente do módulo de legislação educacional. A IEG cuida da nossa gestão internacional. Atualmente somos apoiados por 54 universidades americanas. A Marca Empreendimentos é a “house” do Curso e desenvolve o nosso design pedagógico. Enfim, poderia relacionar várias parcerias, como as que temos com a Georgetown College, a Campbellsville University, melhor deixar para uma próxima entrevista...

GU: Quando este novo formato será lançado?
Estamos finalizando nossas análises e aguardando a chegada de alguns convênios internacionais certificadores. Estes convênios já foram firmados, mas temos que respeitar os trâmites normais das universidades brasileiras e americanas. Não estamos com pressa, mas a previsão é de lançarmos o novo MBA em junho para todo o Brasil e iniciarmos as turmas em agosto de 2010. Vale a pena esperar, pois o melhor ainda está para acontecer.