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Edições Anteriores 254 A postura do educador frente ao processo interdisciplinar na escola, numa visão horizontal e vertical
A postura do educador frente ao processo interdisciplinar na escola, numa visão horizontal e vertical PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Daniella Basso Batista Pinto   
Qua, 22 de Dezembro de 2010 00:00

Resumo: Com o presente trabalho, objetivou-se mostrar a postura do educador frente ao processo interdisciplinar numa visão horizontal e vertical, vivenciando o trabalho cooperativo. Foi realizado, por meio de uma revisão bibliográfica para buscar idéias inovadoras de autores pertinentes ao assunto e uma pesquisa de campo, visando a importância da ação-reflexão-ação na prática docente.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade, visão, prática, reflexão, ação, educador e cooperação.

A interdisciplinaridade é a articulação que existe entre as disciplinas para que o conhecimento do aluno seja global, e não fragmentado. Ela ocorre quando, ao tratar de um assunto dentro de uma disciplina, lança-se mão dos conhecimentos de outra. Ao planejar, portanto, é importante levantar quais são as possibilidades de trabalhar de forma interdisciplinar ao longo do ano. Essas oportunidades podem ser criadas com base nas pesquisas dos alunos e do próprio professor ou em parceria com os colegas de outras disciplinas. Pretendeu-se por meio deste trabalho, analisar a postura do educador frente ao processo interdisciplinar, numa visão horizontal e vertical, vivendo o trabalho cooperativo entre os educadores envolvidos na instituição.

Esse trabalho foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica baseada em autores, os quais nos trazem propostas inovadoras sobre o tema e de uma pesquisa de campo com educadores de diversos níveis (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) de uma escola de rede particular de ensino da zona Oeste de São Paulo. A importância dessa pesquisa foi a de analisar a relação cooperativa no trabalho pedagógico interdisciplinar entre educadores da escola com o intuito de trazer novos pressupostos, a fim de perceber a importância da ação-reflexão-ação na prática docente.

Nesse sentido, foram abordados os seguintes conteúdos: interdisciplinaridade na visão horizontal e vertical, bem como a relação entre os educadores, diálogo entre os docentes e a cooperação no trabalho pedagógico. A prática docente é um assunto bastante discutido e analisado, pois se busca uma fórmula, uma receita para se tornar um bom professor. Em seu texto Castenha (2004) afirma não existir uma fórmula, existem caminhos e que o professor necessita estar buscando e refletindo a sua prática, aperfeiçoando e atrelando sua teoria a prática. A formação de competências é considerada fundamental para se tornar um professor de qualidade. Como diz Perrenould (1999):

“A formação de competências exige uma revolução cultural para passear de uma lógica do treinamento (coaching), baseada em um postulado relativamente simples: constroem-se as competências exercitando-se em situações complexas”. Essa prática, esses exercícios devem ser refletidos, analisados e colocados em prática novamente, num ciclo reflexivo, para que possam ser novamente analisados. Apostando na transformação e utilizando todos os conhecimentos adquiridos (Castenha, 2004). Fazendo, a reflexão, parte das orientações realizadas pelo Ministério da Educação e Cultura. “A tematização da prática está diretamente vinculada à concepção de professor reflexivo, que toma sua atuação como objetivo para a reflexão” (MEC/SEF in Rosa&Souza, 2002).

Ao buscar a excelência em sua prática os quatro pilares da educação respaldam o educador trazendo requisitos que sustentam a reflexão e o planejamento de sua ação. O aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser devem permear a prática docente. Inicialmente dava-se mais importância ao aprender a conhecer e ao aprender a fazer, nas escolas e nas praticas docentes. E há a necessidade de se ter claro que o aprender a conviver e o aprender a ser tem grande importância no conhecimento da didática e do conhecimento pedagógico. E o professor só consegue dar conta dos quatro pilares quando se aproveita de estratégias adequadas e variadas, levando em conta o conhecimento prévio do aluno, a situação em que está inserido. Para a elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica com as idéias de autores, os quais trazem propostas inovadoras sobre o tema proposto: “A postura do educador frente ao processo interdisciplinar na escola, numa visão horizontal  vertical”. Após a revisão, realizou-se uma pesquisa de campo para verificar se há relação entre prática pedagógica e a teoria.

Essa pesquisa foi elaborada por meio da aplicação de questionários com questões fechadas. Os mesmos foram aplicados numa escola da rede particular de ensino da zona Oeste de São Paulo, com quatro professores da Educação Infantil, cinco professores do Ensino Fundamental  e quatro professores do Ensino Médio. Nesse sentido, foi feita uma análise e interpretação dos dados, o qual se verificou que existe a relação interdisciplinar no trabalho pedagógico numa visão horizontal e vertical. A prática do professor não pode ser um processo solitário, mas que envolve a interação com os colegas, a instituição e a comunidade. Tornar-se professor acontece na relação com os outros e nas mediações e interações decorrentes, num trabalho interdisciplinar e entre os níveis.

Quando se reflete sobre a metodologia, a prática do professor, é importante perceber que há um progresso no decorrer da história. O papel do educador está hoje mais presente no dia-a-dia do progresso metodológico do ensino. O educador está mais sensível ao cotidiano e mais reflexivo diante da história da humanidade. Claro que há ainda muito que melhorar. É necessário mais sensibilização do professor para admitir que o ensino deve ser um processo de reciprocidade e interdisciplinar para funcionar uma ação conjunta do saber. Cabe, então, à instituição fornecer encontros para debates e investir na reciclagem do educador para abranger mais o seu conhecimento nos aspectos sensitivo, afetivo e crítico para acontecer um processo de aprendizagem que ajude tanto a instituição, quanto o educador a ficarem mais próximos do discente e da comunidade.


BIBLIOGRAFIA
ISAIA, S.M. & ET AL. Formação do professor do Ensino Superior: um processo que se aprende? Edição 2004, v.29, n.2.
PERRENOULD, Philippe. Construir as competências desde a Escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Delors, Jacques. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. Educação: um tesouro a descobrir. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 1999.
SOUZA, D.E.(org). Políticas Organizadas e Curriculares, Educação Inclusiva e Formação de Professores. Rio de Janeiro: Alternativa, 2002.

 

Autor deste artigo: Daniella Basso Batista Pinto - participante desde Sex, 06 de Julho de 2007.

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