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Escrito por Marinho Celestino de Souza Filho   
Qua, 04 de Maio de 2011 00:00

CIVILIZATION: THAT IS THE QUESTION

Resumo: Nesse artigo, produzido a partir de pesquisa bibliográfica,  pretendo demonstrar alguns fatos concernentes à História do Brasil. Além disso, pretendo ainda mostrar que na História Oficial de nosso país há fatos que carecem de lógica e, inclusive de veracidade.

Palavras-Chave: História do Brasil. História Oficial de Nosso País. Fatos. Veracidade.

Abstract: This article, produced from literature, I examine some facts concerning the History of Brasil. Furthermore, I intend to show that even in the Official History of our country there are facts that lack logic and even veracity.



Key Words: History of Brasil. Official History of Our Country. Facts. Veracity.

Nesse trabalho, pretendemos tratar da origem do Brasil, isto é, discorreremos sobre a História Oficial de nossa pátria, comparando-a com a versão não-oficial, mas, antes recorreremos ao Houais (2001) para compreender o sentido da palavra Civilização. Portanto, segundo o Houais (2001, p. 734), dentre os vários sentidos da palavra Civilização, elencaremos os seguintes: “1. Ato ou efeito de civilizar. 2. Conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de uma sociedade.”

Observando os dois conceitos citados acima, gostaríamos de comentar apenas o segundo que acreditamos ser mais relevante para o que pretendemos mostrar nesse breve ensaio. Logo, o segundo conceito nos mostra que ser civilizado significa preservar e valorizar aspectos peculiares no que tange à intelectualidade, à arte, à moralidade e, inclusive aos bens materiais de certo povo ou certa nação. Ou seja, preservar e valorizar o patrimônio cultural, histórico e social de determinada cultura, como por exemplo: cultura ocidental, egípcia, inca, maia e, em especial a cultura dos Ameríndios Brasileiros.

Entretanto, um olhar ainda que simples sobre a realidade brasileira, perceberemos totalmente o oposto: o povo invasor que para cá se mudou, destruiu a cultura dos Indígenas Brasileiros, por quê? É o que tentaremos deslindar no transcorrer desse ensaio. Para responder à questão anteriormente proposta, precisamos retomar a origem da História do Brasil.

Nesse aspecto, Pedro (1997, p. 113) nos mostra que: A grande armada de Cabral partiu de Lisboa e no litoral africano desviou-se da rota de Vasco da Gama. No dia 21 de abril de 1500, os portugueses chegaram ao litoral atlântico da América do Sul. Aportaram numa baía, a que chamaram Porto Seguro. A região descoberta foi batizada com o nome de Ilha de Santa Cruz. Riquezas e lucros era (sic) o que Portugal queria nas novas terras que acabava de tomar.

De acordo com essa citação, notamos que a História Oficial mostra que os invasores chegaram ao Brasil no dia 21 de abril de 1500, porém, como explicar o tratado de Tordesilhas? Já que segundo Pedro (1997, p. 109): Portugal pressionava a Espanha a respeito das terras recém-descobertas, pois se achava com direito a essas terras. Para solucionar essa pendência, foi assinado o tratado de Tordesilhas (1494) entre os dois países ibéricos, oficializando jurisdição sobre terras descobertas ou a descobrir.

Dessa forma, como o Brasil foi descoberto em 1500, se já havia um tratado para repartir as terras da América, nesse caso, mais específico, da América do Sul, em 1494? Sendo assim, percebemos alguns dos grandes pecados da História Oficial, contudo há outros maiores ainda. Como por exemplo: a omissão de alguns fatos no que se refere ao povo invasor.

Nesse aspecto, sabemos que alguns dos moradores de Portugal, os quais preenchiam os requisitos para colonizar o Brasil, não quiseram vir para essa Terra. Essa afirmação é comprovada por Gancho et al (1994, p. 15): “A doação de terras à primeira vista pode fazer crer que a afluência de pretendentes foi enorme, mas ocorreu o contrário, os portugueses ricos e nobres que preenchiam os requisitos para tal não se interessaram.”

Por conseguinte, a quem interessou vir ao Brasil? Como os burgueses portugueses não se interessaram em vir para cá, já que eram eles que preenchiam os requisitos estipulados pela coroa portuguesa, logo, o rei de Portugal toma a seguinte atitude: mandou para o Brasil os degredados, bandidos, criminosos portugueses e algumas prostitutas para lhes fazer companhia, em compensação o governo de Portugal perdoaria os crimes desses bandidos e ainda lhes oferecia terra para explorarem no Brasil.

Essa também é uma das partes da História do Brasil que não é contada em muitos livros didáticos, ou seja, omitem-se fatos relevantes da nossa História para preservar aspectos e intenções escusos dos invasores, dessa maneira, camufla-se a realidade de nossa origem.

Mas, a verdade não pára por aí, por quê? Porque, quando os invasores chegaram a essa terra, já havia um povo que vivia nesse país, os Indígenas, povo considerado não-civilizado pelos invasores, povo saudável que nunca tinha ouvido falar em doença alguma, nunca tinham gripe e, muito menos doenças sexualmente transmissíveis.

Esse povo que ficou conhecido como índios, porque os portugueses achavam que haviam chegado às Índias. Nesse aspecto, os índios que hoje são mais conhecidos como Indígenas é que são os legítimos donos dessa terra, considerados não-civilizados, ensinaram os portugueses a tomar banho, preservavam e ainda preservam nossas matas, nossos rios, enfim, nosso meio ambiente. Todavia, os portugueses violentaram esse povo, aviltaram a sua cultura, trouxeram-lhes vários tipos de doenças, como: gripe, DSTs, etc. Além disso, mataram, exterminaram covardemente grande número de povos e nações indígenas. Portanto, diante desses fatos anteriormente citados, ainda dizem que "OS CIVILIZADOS SOMOS NÓS".

Referências Bibliográficas

GANCHO, Cândida Vilares et al. A posse da terra. 2. ed. São Paulo:Ática,1994.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental: geral e Brasil, integrada. São Paulo: FTD, 1997.

 
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