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Edições Anteriores 271 A educação para a paz
A educação para a paz PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Jurandir Santos   
Qua, 04 de Maio de 2011 15:46

Hoje quero falar de um fenômeno que tem crescido e refletido na escola, que é o problema da violência. Em especial, o bullying, forma de um indivíduo ou grupo intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo. São atos repetitivos e intencionais que ocorrem sem motivação evidente. A prática é manifestada por meio de atitudes agressivas, com violências físicas, como chutes, empurrões, puxões de orelha e cabelos, etc. Consiste, ainda, em violências psicológicas e discriminações, caracterizadas por agressões verbais e apelidos ofensivos, por exemplo: “quatro olhos”, “baleia fora d’água”, “rolha de poço”.



Essas questões levantam muitos questionamentos, entre eles, o fato de que estamos com sérios problemas de limite, de revisão de valores e de comunicação entre pais, filhos e educadores. Essas manifestações devem ser levadas para uma análise conjuntural da sociedade onde a escola está inserida, uma vez que a violência é um problema social.

A família é a base da sociedade e deveria sempre ser a garantia para uma vida equilibrada, responsável pela formação da nossa primeira identidade social. Pensando nisso, espera-se universalmente que os pais e mães cuidem bem e gostem de seus filhos. No entanto, não é raro encontrar, na própria família, a utilização de diferentes formas de violência, desde a falta de espaço e de respeito para que os jovens manifestem suas opiniões, até simples tapas, ou mesmo impensáveis formas de torturas e atrocidades. A justificativa para esses procedimentos é dada como formas pedagógicas de bem cuidar, quando na verdade se tratam de relações doentias.

A violência se propaga em ambientes pouco acolhedores, pouco afetuosos, onde a pessoa é comumente humilhada e aviltada com palavras, sem possibilidade de oferecer relações de troca e de respeito mútuo; em locais de risco e de destruição, ameaçadores, que geram dor, tristeza, opressão e ódio. Os maus tratos advindos do lar podem ser revertidos em profundas marcas físicas e emocionais, manifestadas por meio de severos problemas de aprendizagem, dificuldade no relacionamento social, autoestima rebaixada, frustrações, embotamento dos sentimentos, perda da esperança e da fé, entre outros problemas, por vezes irreversíveis.

O bullying é, ao mesmo tempo, um problema social e o sintoma de uma ruptura familiar que reflete na escola. Expressa a necessidade de revisão de antigas questões guardadas. É o sinal de que algo não vai bem e requer um olhar diferenciado. Por sua vez, a escola pode contribuir para identificar situações de violência e de riscos nos encaminhamentos necessários, com a utilização de métodos adequados e com situações pedagógicas concretas, debatendo e contextualizando os problemas sociais. Dessa forma, o espaço educacional é um lugar privilegiado pela possibilidade de desenvolver ações com os alunos, a família, a sociedade e os educadores, com a finalidade de evitar o tabu do silêncio e a reprodução da violência.

 
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