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Edições Anteriores 274 Que confusão se instalou na educação brasileira!
Que confusão se instalou na educação brasileira! PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Angelica Bocca Rossi   
Qua, 25 de Maio de 2011 00:00

No Brasil, a nova onda são o bullying e o constrangimento. Hora os alunos sofrem o bullying, hora o constrangimento. O que está acontecendo? Agora tudo é bullying, se não conseguir se relacionar com os colegas de sala, está sofrendo bullying, se errar nas tarefas escolares não poderá ser corrigido, pois isso é constrangimento. As crianças não estão sendo educadas pelas famílias, mas estão atentos aos direitos e, se quer se lembram dos deveres.



Estão se formando “falsos” cidadãos, pois não sabem o seu limite, fazem o que querem, quando e como querem, onde e com quem querem e, quando são punidos pelos próprios atos, tornam-se vítimas. Alguns são vítimas de si próprios ao julgarem-se melhores ou piores do que os outros, ai, desculpamos seus “atos terroristas”, pois, afinal de contas, o coitado era discriminado, sofria o bullying, matou, mas também né..., ninguém conversava com ele, ninguém o chamava para brincar, passear, etc.

Outros são vítimas da permissividade excessiva. Não faz mal se errar, afinal errar é humano. É sim, errar é humano, pois perfeito somente um, o Cristo, mas isso não faz de nós “os humanos”, incapazes, afinal Deus nos fez segundo sua imagem e semelhança (confiram em Gênesis 1:26 – Bíblia Sagrada). Sendo assim, erramos, mas somos perfeitamente capazes de corrigirmo-nos e, também, de ser corrigidos sem criarmos problemas psicológicos ou traumas.

É claro que existem pessoas que são perversas, querendo sempre expor outras, acham que são melhores, mas esse fato não lhes dá o direito de humilhar, expor e constranger outras pessoas. Isso acontece normalmente em salas de aula, onde alguns professores que precisam se auto-afirmarem estão sempre preparados para pegar o primeiro “erro” para tripudiar e mostrar seus conhecimentos. O mesmo acontece em empresas, onde os superiores se amedrontam com as competências de seus subordinados e fazem o mesmo para garantir que não correrão o risco de perder o seu cargo, fica mais fácil humilhar, expor e constranger.

Em nenhuma das situações, ou em qualquer outra podemos aceitar esse tipo de comportamento, ou seja, nem constrangimento, nem bullying podem passar sem punição, é claro, mas é preciso que saibamos avaliar melhor os conceitos de valor que estamos dando à estas situações, parece que tudo agora é passível de punição, menos os valores morais e humanos que estão sendo deixados de lado no País.

Onde estão os conteúdos trabalhados antigamente nas aulas de Educação Moral e Cívica. Não há mais espaço nas “grades curriculares” das escolas de educação básica? Mas, nestas mesmas grades estão os “TEMAS TRANSVERSAIS”, ótima estratégia para veicular os assuntos morais e humanos. E então, onde estão os conteúdos? Por que as crianças, os adolescentes e os jovens, não sabem nada sobre isso? Por que um adolescente de 14 anos que não sabe ler e escrever, é denominado analfabeto copista e futuro analfabeto funcional?

Se corrigir traz constrangimento, então vamos aproveitar o tema e escrever livros com frases erradas, pois, não devemos, nem podemos corrigir para não demonstrar preconceito lingüístico. Por outro lado, porém, não podemos deixar de ensinar a língua culta, pois como disse nosso ministro da educação em entrevista: “a norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações”, eu pergunto: Ensinamos a língua culta ou usamos o os conteúdos do livro “Por uma vida Melhor”? Estou entendendo que o que se quer mesmo com esta “vida melhor” é formar cada vez mais pessoas incapazes de pensar, sem condições de agir e reagir e totalmente a mercê dos que não terão a infeliz oportunidade de só conhecer os conteúdos do tal livro. Como disse o brilhante Alexandre Garcia no Bom dia Brasil, edição de 17/05/2011 “...É notório que o conhecimento liberta, forma eleitores e contribuintes conscientes, gente que cresce e faz o país crescer “.

Eu sugiro que ninguém, em hipótese alguma, aceite a veiculação deste livro ou outro qualquer que venha com a mesma proposta. Uma coisa é compreender e respeitar as regionalidades e diversidade cultural, outra é ensinar errado para não constranger. Professor não é reprodutor de informação, é ele quem analisa, complementa, pesquisa, pensa, organiza, favorece e colabora para a formação de qualidade. Salvo os maus profissionais que existe em todas as áreas, o bom professor não pode compactuar com uma situação tão descabida como esta, pois é ele o responsável por todo cidadão “ALFABETIZADO”, inclusive e infelizmente, os mesmos que tiveram a insolência de escrever e publicar este livro.

 
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