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Edições Anteriores 279 A imobilidade educacional
A imobilidade educacional PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Magno de Aguiar Maranhao   
Qua, 29 de Junho de 2011 00:00

A universalização da educação é fenômeno relativamente recente, que veio ganhando espaço no mundo. Isso, porém, não cabe como justificativa para que o Brasil comporte, hoje, em plena era da informação, mais de 15 milhões de analfabetos absolutos. Embora a erradicação do analfabetismo até o ano 2000 tenha sido prevista na Constituição de 1988, a diminuição da parcela de brasileiros que não sabem ler ou escrever tem sido de tal forma lenta que contemplamos, dentro do nosso, outro país que sequer sabe assinar seu nome.



A situação é ainda mais inaceitável num tempo em que os avanços tecnológicos, superando todas as nossas expectativas, conectam o planeta numa grande rede de comunicação e expansão do conhecimento.

Sequer podemos prever o quanto a tecnologia terá evoluído e transformando nossas vidas daqui a duas décadas, mas já sabemos que o Brasil analfabeto chegará até lá, caso a democratização do acesso ao ensino fundamental, não seja acompanhada por um amplo projeto de educação para adultos e jovens que, com mais de 15 anos de idade, nunca entraram em sala de aula. E caso a morosidade e a ineficácia continuem caracterizando os programas de alfabetização.

O analfabetismo é contagioso. Quem vive numa comunidade de analfabetos tende a se acomodar com a ignorância; filhos de famílias analfabetas, ou com baixa escolaridade, costumam abandonar cedo os estudos e engordar a lista de outro tipo de analfabetos, os funcionais, como são chamados os que não passaram da quarta série do ensino fundamental. Nessa categoria, estão alguns milhões de brasileiros que, ou terminarão a vida desempregados ou ganhando não mais que um “misero” salário mínimo.

Impossível calcular o prejuízo causado ao crescimento de um país quando milhões de pessoas têm seu crescimento individual prejudicado. Neste bolo incluem-se os analfabetos funcionais que, embora capazes de ler, não conseguem apreender o sentido de um texto, o que os torna inaptos até para trabalhos simples na indústria, pois dificilmente entendem um manual de operações. Mais cruel, porém, é o fato de tantos indivíduos passarem a vida sem acesso a informações, sem uma compreensão global do mundo e sem meios de defender seus direitos, já que a pior conseqüência do analfabetismo é a imobilidade.

 
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