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Edições Anteriores 287 Ostracismo na Educação
Ostracismo na Educação PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Wolmer Ricardo Tavares   
Qua, 28 de Setembro de 2011 00:00

Uma educação que prime pela qualidade faz valer a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, ou seja, os conteúdos estão correlacionados de maneira com que o educando perpasse por tudo que lhe foi ensinado e faça com que o aprendido pelo aluno seja algo aplicável em seu contexto. Pode-se fazer uma analogia com uma grande teia de aranha na qual a educação se encontra como o centro dessa teia e suas extremidades são os conteúdos correlacionados, conteúdos esses que complementam entre si e correlacionam com a realidade de cada aluno para que nela, este possa vislumbrar novas expectativas e sonhos alcançáveis.

Quando se fala de conteúdo, entende-se também o que é vivenciado por nossos educandos como a parte social, econômica, política e todo o seu entorno.

Nós educadores precisamos sair do ostracismo1 e mostrar aos nossos educandos que a física não pode se limitar apenas as salas de aulas, que existe um mundo lá fora que é pura aplicação das leis da física, a educação física está além de ensinar o aluno a manter uma boa forma, ela trabalha também com o lúdico e a coordenação motora; o estudo de português mostra a importância de não se saber apenas concordâncias, orações subordinadas, regências etc.. mas importante para se ler um bom livro e saber o que se está lendo, conhecer mais e melhor nossa história e o que a mesma nos explica melhor a situação em que nos encontramos e como poderíamos fazer para melhorá-la sem percorrer pelos mesmos caminhos tortuosos, e que todos esses conteúdos dentre outros, devem convergir para tornar nosso educando cada vez mais protagonista de seu próprio destino.

O ser humano não é uma ilha, mas muitos professores fazem de sua aula uma verdade inquestionável e alienante, fazendo com que seus educandos passem nela a acreditar e a ser cobrado como a mais pura verdade, sem um conhecimento aplicável e instigador para o próprio aluno.

O conhecimento seja ele institucionalizado ou não, deve levar o aluno a busca do novo, a querer saber cada vez mais. Essa busca deve incentivá-lo a novas fórmulas, a soluções diferentes para problemas corriqueiros, ou seja, um conhecimento corrosivo, que o incomodará e implicará a desejar mudanças e ser o maior instigador destas, mas para que isso aconteça, a educação tem que direcionar o educando para uma vida libertadora, politizada e com um grau de consciência crítica bem desenvolvida, algo que não irá ocorrer caso cada disciplina seja encarada como vãos e não elos para uma vida de conhecimento e cidadania.

As disciplinas sejam elas de qualquer natureza, devem se complementar em um nível que desenvolverá no educando um letramento de tudo que lhe for peculiar, atuando sempre como alguém pró-ativo e protagonizando sempre a sua vida, sem titubear as ordens do sistema falho, manipulador, corruptor e corrupto, por isso é ressaltado por Biekarck (1998, p. 40) que a a “educação tem como tarefa, acompanhar o desenvolvimento do ser humano” e esse desenvolvimento deve desenvolver o educando e faze-lo um homem de caráter, para que não ocorra a perda de sua individualidade e de sua consciência crítica, porque de acordo com Demo (2000, p. 47) o aprender é “a maior prova da maleabilidade do ser humano, porque, mais que adaptar-se à realidade, passa a nela intervir” e dessa maneira, nossos educandos intervirão sempre em sua realidade, se fazendo sempre protagonistas de suas próprias vidas, pois para Gadotti (2004) quanto mais envolvermos em nossos educandos uma aprendizagem que desenvolva toda a pessoa do aprendiz, essa aprendizagem será mais durável e impregnante.

GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. 8 ed. São Paulo: Atica; 2004
DEMO, Pedro. Saber Pensar. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000 – (Guia da Escola Cidadã; v. 6)
BIEKARCK, Peter, Educação, novembro 1998

1 De acordo com dicionário informal encontrado em ttp://www.dicionarioinformal.com.br o ostracismo vem Do grêgo, ostrakon; Pedra de argila na qual se escrevia o nome das pessoas que eram consideradas um risco à democracia, quando a indicação de um nome atingia determinado numero, o "eleito" era então excluído da polis, mandado para o isolamento. Significa isolamento, exclusão.

 
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