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Edições Anteriores 285 A atrofia do pensar e da curiosidade
A atrofia do pensar e da curiosidade PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Wolmer Ricardo Tavares   
Qui, 01 de Setembro de 2011 00:00

Pesquisa, tema sempre defendido por Freire (1996, p. 32) ao afirmar que “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino” e corroborado por muitos outros, visto que a pesquisa aguça a curiosidade do educando. O educando que não busca sanar sua curiosidade fica estéril as idéias inovadoras e a resolver problemas que estão a sua volta. Cabe ao educador o fomento da pesquisa para seus educandos, pois ele sabe que sempre existirá “novas respostas para eternas novas perguntas” (FONTES, 2005. p. 134),

 



e a pesquisa será uma maneira de vislumbrarmos novos saberes, sem ser imediatistas e fugazes submergindo nos plágios, por falta de uma cultura a pesquisa, temos um déficit de conhecimento em nosso país e isso irá gerar um atraso ainda maior para o desenvolvimento tecnológico e também científico.

 

Inserir nas disciplinas do ensino fundamental conteúdos que instigue nossos educandos a pensarem, a procurarem respostas, a saber os “porquês” torna-se essencial para termos futuramente profissionais preparados e pró-ativos, visto que é ressaltado por Demo (2000, p. 85) a importância em “assumir, definitivamente, que a melhor maneira de aprender não é escutar a aula, mas pesquisar e elaborar com mão própria, sob orientação do professor” (FONTES 2005. p. 128).

Vemos que muitos educadores para justificar a “pesquisa” em suas disciplinas, pedem para que seus alunos pesquisem (em site de busca ou até mesmo portais educativos que firmam parcerias com algumas escolas públicas) um conteúdo na internet e façam um resumo, para que esse professor possa mascarar uma aula mal dada, pois esses alunos por pressa de acabarem e não terem noção de como se faz um resumo, simplesmente copiam os parágrafos do texto, saltando principalmente os do meio e entregando um texto na maioria das vezes, sem uma análise e com frases truncadas.

Isso porque os professores não ensinaram como se faz um resumo (conteúdo este que é muito visto em disciplinas como metodologia da pesquisa científica dentre outras disciplinas que tem como prática a pesquisa acadêmica e científica) e esses educandos não aprenderam que em um resumo escreve-se com as próprias palavras evitando copiar as frases e expressões contidas no texto original, reduzindo as idéias contidas no texto e mantendo a fidelidade ao que foi exposto. E muitos professores sem esse prévio conhecimento, aceita o que foi feito erroneamente pelo aluno e o induz a uma ação equivocada que terá implicações em sua formação acadêmica e ao seu desenvolvimento cognitivo.

Em pesquisa realizada, descobriu-se que a média de leitura dos brasileiros é dez vezes inferior à dos Estados Unidos e quase a metade à da Colômbia, país onde se lê em média de 2,4 livros por ano, segundo as mesmas fontes1. A pesquisa é uma das maneiras de se reforçar a leitura e auxiliar na educação, e somente a escuta sensível do pesquisador poderá penetrar e captar o(s) significado(s) do não-dito, e só se terá gosto por pesquisa quem tiver gosto em leituras, pois quando se lê, tem-se mais facilidade em escrever.

Educar implica em transformação e a pesquisa tem o intuito de fazer o educando descobrir algo, ou um problema que o esteja incomodando e a atuar sobre esse problema, dando possíveis contribuições para si mesmo e para a sociedade ao qual se encontra inserido, pois segundo Dau, Batista e Geoffroy (2004), a pesquisa será uma condição essencial para se formar o conhecimento primário sobre algo, o que dará condições de se ter uma visão mais crítica, onde prevaleça um exame livre e público em relação a um tema.

DAU, Sandro, BATISTA, Rita de Cássia S. F., GEOFFROY, Rodrigo Tostes Ciência: pesquisa, método e normas. Barbacena: UNIPAC, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996

ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação. 28 ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

FONTES, Rejane de S. A escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da educação no hospital. Revista Brasileira de Educação. Maio/Jun/Jul/Ago 2005, No 29

DEMO, Pedro. Saber Pensar. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000 – (Guia da Escola Cidadã; v. 6)

 
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