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Edições Anteriores 286 Paulo Freire, o mestre libertador dos sonhos
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Escrito por Jurandir Santos   
Qua, 14 de Setembro de 2011 00:00

Nasceu em Recife o nosso educador e filósofo, Paulo Freire, que completaria 90 anos no dia 19 de setembro. Para nosso orgulho, é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial. Sustentou a ideia de que “os homens se educam entre si, mediados pelo mundo”. Na sala de aula, alunos e professores aprendem juntos, uns com os outros, desde que estejam dispostos a estabelecer relações afetivas, democráticas e com abertura para o diálogo.



Toda a sua obra influenciou a pedagogia crítica, esteve voltada para a educação popular e para a consciência política. Como muitos de nós sabemos, no ano de 1963, esse notável educador ensinou 300 adultos a ler e a escrever em apenas 45 dias, desenvolvendo um método inovador de alfabetização, adotado inicialmente no estado do Pernambuco.

A valorização da cultura do aluno é ponto de partida e base da metodologia proposta, para o processo de conscientização preconizado por ele. Seu método, formulado inicialmente para adultos, propõe a identificação e a catalogação de palavras-chave, também chamadas de palavras geradoras. Elas devem ter expressivo significado na comunidade na qual os alunos estão inseridos. Como exemplo, podemos usar a palavra “TIJOLO”, para os operários da construção civil.

Recusava-se a aceitar o ensino como transmissão de saberes, uma vez que a missão do professor é a de possibilitar a criação ou produção de conhecimentos. Assim, a orientação de Freire não era baseada na abstração, mas no jeito concreto de ensinar e escrever as palavras e compreender o mundo. Refletida à luz da teoria, a prática possibilitaria uma ação transformadora nas estruturas sociais e educacionais das pessoas envolvidas.

Uma proposta que partia da realidade concreta para buscar superar e construir conhecimentos novos, integrando os sujeitos no processo educativo, seja ele educando e educador, dirigente e dirigido, liderança e linha de base, todos eles dispostos a uma prática transformadora da realidade.

Partiu do pressuposto de uma prática fundamentada na crença de que o educando, para assimilar o objeto de estudo, deve articular a dialética com a realidade, em contraposição à educação bancária, tecnicista, alienante, não reflexiva. De acordo com essa lógica, o aluno adquire condições para criar a sua própria educação e planejar o seu caminho, ao invés de simplesmente viver o construído.

Sua proposta era a de lutar contra a miséria econômica, social e cultural, em prol a multidões de pessoas incapazes de reconhecerem os seus direitos enquanto cidadãs e o seu espaço no mundo.

Em verdade, Paulo Freire delineou uma pedagogia da libertação, intimamente relacionada com a visão marxista, na tentativa de, além de educar, conscientizar as consideradas classes oprimidas, pois, segundo a sua visão, todo ato de educar é político. “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”, dizia ele.

 

 
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