Três coisas que auxiliam a aprendizagem: a primeira é a disciplina, a segunda é disciplina e a terceira é disciplina. Esta palavra é de suma importância para a educação. Sem ela não há respeito, não há aprendizagem, não há crescimento com ética. Pensemos na disciplina como um autocontrole, controle para cumprir as normas, para nos policiarmos quanto as tarefas e aos estudos,...

para nos cobrarmos quanto ao comportamento conosco e com os que nos cercam, pois é impossível haver aprendizagem em um lugar que impera o caos, a desordem, a anarquia, a falta de compromisso e a falta de ética. Para Durkheim o espírito de disciplina é, ao mesmo tempo, o sentido e o gosto da regularidade, o sentido e o gosto da limitação dos desejos, do respeito da regra, que impõe ao indivíduo a inibição dos impulsos e o esforço.

A indisciplina tem sido uma constante nas escolas públicas, o que tem sido fruto de uma permissividade pedagógica no qual pode-se quase tudo pelo aluno, e este encontra-se amparado pelas “pedagogia do amor” e “pedagogia da compreensão” totalmente distorcidas por muitos profissionais, a ponto de alguns ressaltarem que o aluno não pode se sentir constrangido, ou seja, ele pode humilhar e agredir, mas não pode ser chamado a atenção para não se sentir constrangido e humilhado?

Os pseudo-educadores que aplicam as pedagogias acima de maneira errada agem como agem os avos, que deixam com que os netos façam tudo. Basta esses netos passarem um final de semana com eles e vai por água abaixo tudo que foi ensinado.

Cabe ressaltar que a indisciplina não está ligada somente ao aluno. A encontramos também nos profissionais da educação sejam os docentes, funcionários e gestores. Este que em sua ingestão faz sugestões a professores para modificarem notas tiradas pelos alunos que ficaram abaixo da média. Alunos estes que são indisciplinados a ponto de não terem compromisso com os estudos, com o comportamento em sala de aula, não terem respeito pelo colega de sala de aula e principalmente pelo professor.

Ingestão esta em sugerir que professores auxiliem seus alunos a fazerem a prova Aprende Brasil dentre outras que tem o objetivo de avaliar a educação pública brasileira. Estes pseudo-gestores mascaram a realidade da educação, fabricam números e geram estatísticas que servem de marketing para aproveitadores políticos usá-la como voto diante de um fecunda seara de néscios e alienados.

A disciplina é uma maneira de se ter uma educação de qualidade. Não é intuito aqui fazermos apologia a disciplina militar, mas podemos pegar como exemplo estas escolas. Porque elas tem boas colocações nas avaliações? Porque elas são sempre concorridas? Será que elas são procuradas por ter conteúdos extensos? Não a vejamos como escolas depositárias de informação, aliás, até pode ser vista assim, mas para transformar informação em conhecimento, precisa-se antes de mais nada de disciplina.

A disciplina respeita a hierarquia, valores e ética. Sem estes dois últimos, somos como seres bestiais enraizados no limo da corrupção e alienação. A disciplina não implica em submissão e passividade.

Não podemos lidar com resultados forjados, adubados pela ignorância reiterado pela alienação de um povo sofrido e humilhado que sequer sabe que perdeu o que se mais tem de valor que á a sua dignidade.

A disciplina busca este resgate, busca trazer o ser crítico que se encontra em letargia dentro de si, mas ela deve começar primeiramente em nossa própria casa, através do respeito aos pais. Se nossos educandos não respeitarem seus pais, como respeitarão seus professores? Este respeito deverá ser reforçado pela escola através da não permissividade. Cabe a ela em união com a família, imporem limites aplicando sanções nos momentos certos.

Ela reforça a autonomia e eleva a autoestima e também a criticidade, o que pode ser reforçado por Durkheim quando esclarece que a autonomia é a atitude de uma vontade que aceita a regra, porque a reconhece com um fundamento racional.