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Edições Anteriores 86 O Coordenador e a gestão de Instituições de Ensino Superior - Em busca de mudanças
O Coordenador e a gestão de Instituições de Ensino Superior - Em busca de mudanças PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Adriano Ribeiro da Costa   
Qua, 15 de Março de 2006 21:00

1. INTRODUÇÃO
Por causa do novo cenário internacional, caracterizado pela competitividade e pela busca de qualidade e produtividade, novos modelos de gestão organizacional foram criados nestas últimas décadas.

Até o início dos anos 90, o setor educacional se encontrava em um clima de tranqüilidade. Porém, devido a esse novo paradigma no mundo das organizações, a Educação se depara com várias transformações, dentre elas, o crescimento do número de Instituições de Ensino Superior (IES), principalmente instituições privadas. E é exatamente diante dessa concorrência que as IES estão mudando seu posicionamento em busca de se tornarem mais competitivas.

Diante do exposto acima, o objetivo deste artigo é analisar os fatores de mudança que podem ajudar os coordenadores a tornarem as IES mais profissionais e competitivas.

Para isso, iremos primeiro discutir a diferença entre administração e gestão. Em seguida, definiremos o que seja uma organização e quais os tipos. Por último, veremos os fatores de mudança de uma IES.


2. ADMINISTRAÇÃO X GESTÃO
Os termos "administração" e "gestão" originaram-se, conforme Ferreira (1997, p.6), do latim administraree gerere, respectivamente. Esta significa conduzir, dirigir ou governar; aquela, gerir um bem, visando defender os interesses dos que o possuem. Assim, o termo administração seria uma aplicação de gerir.

Caravantes (1998, p.30) afirma que os termos "administração" e "gestão", dentro da ciência da administração, originam-se da teoria organizacional e da gerencial. Aquela "é descritiva e/ou preditiva, se preocupa com aquilo que uma organização é e o que ocorrerá sob certas espécies de arranjos interpessoais ou estruturais-interpessoais (...)", enquanto que esta "prescreve o que fazer para chegar a um determinado resultado ou para evitar que uma determinada condição indesejável venha ocorrer". Assim, a primeira é mais teórica enquanto que a segunda, prática.


3. ORGANIZAÇÃO
Para Durcker (1993, p.27) "uma organização é um agrupamento humano, composto por especialistas que trabalham em conjunto em uma atividade comum (...) ela é feita para durar - talvez não para sempre, mas por um período de tempo considerável". Nessa definição, percebemos a presença dos elementos pessoas, atividades e objetivos.

Podemos classificar, em geral, as organizações em dois tipos: as formais, que são estruturadas para se alcançar um objetivo; e as informais, que são representadas por pessoas e agrupadas conforme critérios específicos de interesse.

Vejamos a diferença entre esses dois tipos de organização, conforme Leach (apud ULLER, 2002).






A adoção, por parte do coordenador, de uma gestão formal, profissionalizada, significa que este está estabelecendo critérios que orientarão as pessoas e processos no alcance dos objetivos da instituição, amenizando, assim, os efeitos do ambiente.


4. FATORES DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL DAS IES
Podemos definir mudança como qualquer alteração iniciada pela administração na situação, processos ou no ambiente do trabalho.

Existem duas forças, conforme Montana e Charnov (1998), que produzem mudança: forças externas (relativas aos desejos e necessidades dos clientes; a concorrência; mudanças nas leis e regulamentações; e novas tecnologias) e forças internas (relativas à estrutura formal e informal da organização).

Inspirado na Teoria do "Campo de Forças" de Kurt Lewin, Chiavenato (1996) defende que o comportamento organizacional resulta do confronto entre Forças Impulsionadoras (aquelas que movem a organização para uma determinada direção) e as Forças Restritivas (aquelas que procuram conter, reduzir ou anular as forças impulsionadoras).

No quadro abaixo, sob a perspectiva descrita acima, podemos analisar as forças que estão agindo sobre as IES, impondo-lhes mudanças diante do cenário descrito na Introdução.







0bservamos, então, pela análise do quadro acima, que as forças impulsionadoras da mudança estão relacionadas aos fatores externos e a subsistema técnico-administrativo.

As IES são organizações que, em geral, têm uma natureza tradicional e, portanto, devem rever seus papéis diante desse ambiente de alta taxa de mudanças de forma que possibilite a rápida adaptação. Elas devem assumir o papel de disseminadoras das tecnologias de informação, no uso em suas atividades de gestão, de ensino e de pesquisa, de forma a capacitar a sociedade para enfrentar a nova realidade; para isso os gestores, no nosso caso, os coordenadores, devem criar as condições necessárias para a mudança e aprendizagem de novos comportamentos organizacionais.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, cabe aos gestores das IES, em especial, aos coordenadores, realizarem auto-avaliação da instituição, a fim de poder adequar seu modelo de gestão, avançando para a gestão formal, profissional. Em outras palavras, eles precisam adotar técnicas de organização, marketing, de recursos humanos, finanças e de gestão acadêmica, garantindo assim o nível de serviços de educação, pesquisa e extensão.

Portanto, este quadro possibilitará ao gestor (coordenador) identificar suas deficiências e deferir as mudanças necessárias para a adaptação de sua IES, partindo para a ação na busca de oportunidades.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. CARAVANTES, Geraldo Ronchetti. Teoria geral da administração: pensando e fazendo. Porto Alegre: AGE, 1998.

2. CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. São Paulo: Atlas, 1996.

3. DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1998.

4. FERREIRA, Ademir Antônio. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1997.

5. MONTANA, Patrick e CHARNOV, Bruce. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.

6. ULLER, Reginaldo. Profissionalização na empresa familiar: o caso da Perdigão Agroindustrial S.A. 2002. (Mestrado em Engenharia de Produção) Curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: . Acessado em 20/07/2005.




 

Autor deste artigo: Adriano Ribeiro da Costa - participante desde Sáb, 11 de Março de 2006.

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