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Escrito por Maria da Gloria Barbosa   
Seg, 22 de Outubro de 2012 00:00

Profa Maria da Gloria Barbosa Matoso

A sociedade contemporânea passa por processos de transformação social com rapidez e profunda crise de conceitos, teorias e modelos. As soluções que se considerava eficazes , anteriormente,já não são soluções possíveis para minimizar as crises sociais. A exclusão e a pobreza extrema de uma parcela significativa da população mundial e as desigualdades sociais crescentes em todo o mundo globalizado nos leva a pensar sobre como chegamos na modernidade com este modelo de civilização. BOAVENTURA SANTOS reflete sob várias dimensões epistemológicas da crise da modernidade em seu livro intitulado: pela mãe de Alice: o social e o politico na pós-modernidade. Desta feita, a crise global assume dimensões numa crise paradigmática que SANTOS assevera:

a cultura contemporânea sobrepõe-se linguagens, paradigmas e projetos. Uma trama plural com múltiplos eixos problemáticos. Neste cenário, considerado como o do fim da modernidade, o problema original da sobrevivência, da vida na Terra se coloca de maneira crucial e pungente. Em termos ambientais, no sentido da necessidade da manutenção e implemento do equilíbrio de toda a vida; em termos éticos, face às grandes e imponderáveis desigualdades entre diversos grupos humanos; e existenciais, considerando-se a felicidade e o conhecimento, e a busca de novos termos para a sua frutificação, fora do âmbito restrito do consumo e da sobrevivência material ( SANTOS, 1994,P: 13).

Para este autor , o tempo também pode ser entendido como o tempo da criatividade, da generalidade, da restauração dos elementos singulares, do local, dos dilemas, da abertura de novas potencialidades. Um tempo que se abre para uma consciência crescente da descontinuidade, da não-linearidade, da diferença, da necessidade do diálogo,(...) do acaso, do desvio., das decisões complexas(...) Mas também, um tempo superficial, fútil, épico e ardente. Onde o cheio provoca o oco, a saciedade gera a angústia, o permanente é trocado pelo atual, o "mais novo", o "mais moderno"( SANTOS, 1994,p:23).

Em relação ao pensamento de SANTOS ( 1994), o contexto atual denomina-se por um tempo de transição, de transformação, onde o projeto da modernidade encontra-se em crise .o insuficiente para solucionar os problemas que assolam a humanidade. O autor destaca que vivemos dilemas nos diversos campos do saber e do viver que nos causa angústia e desconforto.

Sendo assim, busco nas reflexões de BOAVENTURA SANTOS uma melhor compreensão da crise, que ora se apresenta no cenário mundial e na qual, nós vivenciamos imersos e muitas vezes incrédulos diante do novo. Esta uma crise profunda dos paradigmas que abrange as mais diversas áreas do conhecimento, envolve a cultura, a ciência, tecnologia , o campo político e econômico. Diante do exposto, somos peças fundamentais no imbróglio do viver e saber viver como seres pensantes e capazes de transformar o atual mundo em que vivemos. Resta-nos aludir a utopia de Paulo Freire.

 
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