FAVA, Rubens. Um Passeio pela História. In:________.

Caminhos da Administração. 1ed. São Paulo: Pioneira Thomson learning, 2003. p. 31-64.

Antonia Mauryane Lopes[1]

Augusto Everton Dias Castro[2]

Éricka Maria Cardoso Soares¹

Fernanda Nascimento dos Santos¹

Jaylinne Ribeiro Morais¹

Raika Milânia Carvalho e Silva¹

Rubens Fava tem como formação acadêmica o curso bacharel em Ciências Econômicas e Administração com ênfase em marketing. Tem Mestrado em Administração pela ESADE Business School, Espanha, e Doutorando em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Autor de vários livros, dentre eles Caminhos da Administração, em que destaca um apanhado sobre a história da administração desde os tempos mais remotos até a atualidade, apresentando vários modelos empíricos e científicos que foram sendo desenvolvidos ao longo dos séculos, e também permite uma reflexão sobre os diversos modelos para adaptá-lo à sua realidade.

A proposta de estudar a história da administração é inicialmente discutida com um diálogo entre quatro pessoas, sendo três alunos e um professor.  Para o entendimento do texto, torna-se necessário revisitar a pré- história com forte influência nas teorias (FAVA, 2003). O texto começa com relato de que, há milhares de anos, no local muito sombrio, grandes animais lutavam pela sobrevivência.

No entanto, com a descoberta do fogo, muitos estranhos ditos seres humanos aprenderam que ficar ao redor do fogo servia para aquecê-los, quando iam ao redor de uma pequena fogueira. Um dia, um mamute se aproximou e logo à vista, já era a perspectiva de comida farta, mas para isso teriam que matá-lo. Para tanto, era necessário organizar-se para atacá-lo. Segundo o autor, nesse ambiente alguém despontava como líder natural dentro do grupo. Foi proposto um plano de ação, um planejamento, e o planejamento faz parte da administração. O autor reforça, conceituando que o conjunto de elementos que integram a administração hoje é resultado de uma mecânica acumulativa, histórica e social de conhecimento que começou na pré-história, passou pela antiguidade, pela a idade média, até chegar a nossos dias.

Alguns autores, dentre eles Álvaro Porto Motinho, dividiu a história da administração em três fases: fase teocrática, cujos administradores diziam-se profetas e administravam em nome e como mandatários de Deus; empírico-prática, em que os administradores agiam de acordo com suas experiências; e a cientifica, sendo que essa última passou a estudar a relação de causa e efeito.

Ao longo do diálogo, o autor cita modelos administrativos de personagens religiosos (fase teocrática), como Moisés e Maomé, que foram capazes de difundir seus ensinamentos e princípios de forma a levarem multidões a segui-los, e que são referências até hoje, no que concerne a administração. Além desses, Carlos Magno tem também destaque na história da Administração pela sua dignidade, pelo espirito politico e por sua grande habilidade administrativa.

Na fase empírico-prática, Fava faz menção de grandes nomes, como Numa Pompílio e Alexandre, o Grande que se destacaram como administradores extraordinários e inspiraram a Administração; apesar de Alexandre ter utilizado de atitudes consideradas desumanas para conquista de poder, desempenhou com louvor a figura de líder.

A última fase, a cientifica, teve como grandes precursores Platão e seu discípulo Aristoteles, responsáveis por conceitos ainda bastante atuais, tal como o conceito de unidades de direção.

Nomes como Francis Bacon, Nicolau Corpénico e Galileu Galilei deram corpo à chamada Revolução Cientifica (contribuindo de forma importante para a formulação da administração cientifica), seguidos por René Descartes, teórico responsável pela formulação do Principio da Evidencia ou da Divida Sistemática, base de seu conhecido “método cartesiano”, e de notada influência aos princípios administrativos modernos.

Charles Babbagi contribuiu no desenvolvimento do Método Cientifico na administração. Ele propôs a divisão do trabalho e recomendou as fábricas a permanecerem próximas das matérias primas. Destaca-se ainda Robert Owen como um dos primeiros administradores a questionar sobre as condições sociais dos trabalhadores.

Diante de todas essas expansões, é importante relatar sobre Johannes Gutemberg, que criou um dos primeiros sistemas ocidentais promovendo o advento da imprensa que influenciou no processo da Revolução Industrial. Através desse processo, destacou-se o desenvolvimento dos meios de transportes e comunicação, como telefone e aparelho auditivo. Na mesma época foi inaugurada a primeira ferrovia a vapor, que estimulou o comércio e a criação de novas cidades.

Logo após vieram o desenvolvimento da navegação, a criação do automóvel e do avião. Até então, o processo vigente de administração era o da igreja e da organização militar. Após o advento da Revolução, surgiu um novo modelo, a Administração Industrial.

Diante do exposto, pode-se inferir que o autor foi muito feliz ao utilizar o perfil metodológico vigente, ou seja, uso do dialogo associado à historicidade das bases da Administração, propiciando uma contextualização que nos permite o melhor entendimento através de uma linguagem clara e divertida da evolução da administração, desde a pré-história até a contemporaneidade.

[1] Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí.

[2] Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí. Acadêmico de Direito do Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba.