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Aos pais, uma não-receita de educação dos filhos |
Escrito por Adriane Branco Folkis |
Qua, 17 de Maio de 2006 21:00 |
(Baseado no livro "As 7 piores coisas que os pais fazem" John e Linda Friel ) Antes de tudo, é preciso lembrar que ao criarmos nossos filhos nunca erramos propositalmente. Educar filhos é uma das tarefas mais gratificante e ao mesmo tempo assustadora de nossas vidas. Aprimorá-la sempre é fundamental para que tenhamos resultados positivos e a certeza de que 'seu melhor' foi aplicado nessa árdua tarefa. Já sabemos que não existem livros com "receitas" ou respostas certas e prontas para nossos problemas, mas conhecer alguns dos possÃveis conflitos que atingem nosso cotidiano e prática como pais e mães, poderá amenizar e resolver aquilo que nos impede de uma melhor criação. O ideal é sempre buscar o equilÃbrio nas situações, ter uma postura clara e firme com seus filhos, saber o que deseja para você e permitir que seu filho encontre e busque pelos próprios desejos, e principalmente, não cometer as piores coisas como sugerem os autores. 1- Tratar seu filho como se ele fosse um bebê. Permita que seu filho enfrente os problemas que encontrará em seu caminho, escute-o, deixe que ele busque e sugira soluções. Não resolva tudo por ele, as dificuldades da vida existem e é preciso que ele aprenda a enfrentá-las e resolvê-las. Respeite-o e não menospreze aquilo pelo que ele sofre ou busca. Ensine-o a esperar, a lidar com as frustrações e com os limites, mesmo que os mais simples, pois gradualmente estará se fortificando para os mais complexos. 2- Passar seu casamento para o segundo plano Os casais que mantêm um casamento saudável e feliz (mesmo com as inevitáveis crises), expõem aos filhos exemplos de felicidade e realização. Em conseqüência a vida familiar se intensifica na paciência, tolerância, respeito pelas necessidades individuais e busca pelo amor. "Bons pais passam boa parte do tempo com seus filhos. Eles também ficam juntos e a sós tempo suficiente, sem crianças por perto, para manter o casamento." (FRIEL, 1999. p. 49) 3- Envolver seu filho em muitas atividades Por necessidades sociais do século XXI adaptamos nossas famÃlias a muita rapidez, excessos e quantidades. Muitas vezes os pais sobrecarregam seus filhos acreditando prepará-los para o futuro, oferecendo-lhes todo preparo técnico, mas não emocional. Quando os filhos têm espaço para perceber o que querem da vida e quem são, se organizam na vida e suas agendas. Definem suas atividades junto com os pais e sem exageros. Baseiam suas decisões em valores e pequenos momentos passam a ser valorizados. 4- Ignorar sua vida emocional e espiritual O amadurecimento emocional e espiritual é contÃnuo e amplo. É provável que alguns pais precisem aprimorar sua espiritualidade para atingir a de seus filhos. É preciso desenvolver a humildade, sentimento de gratidão, a honestidade e decência, a coragem, devoção por alguma crença, paciência, capacidade de interiorização e socialização e compaixão. Através de exemplos a famÃlia e a sociedade se beneficiarão. 5- Ser o melhor amigo de seu filho O grande problema de querer ser amigo de seu filho é que você não é o amigo dele. Ser pai é manter equilÃbrio nas posturas e naquilo que diz. Imagine seu filho convidando-o para uma pequena "arte", ele lhe dando conselhos ou ouvindo seus problemas. Será que você saberá dizer-lhe não? E os limites? É possÃvel ser um pai amoroso sem ser camarada. As crianças aprendem com que observam e não com que é dito para elas. E de você eles precisam de bom exemplo, orientação, segurança e amor. 6- Não dar estrutura ao seu filho O que realmente funciona muito bem é mostrar mais do que falar. Quando se tem uma estrutura interior e o controle dos impulsos, isso fica fácil. Se tivermos autocontrole, poucas regras porém firmes, ou seja, estruturas em nossas vidas e as aplicarmos nas relações familiares, nossos filhos crescerão em um ambiente estruturado e assim serão. 7- Esperar que seu filho realize os seus sonhos e não os dele Não podemos pensar em controle total dos filhos nos dias de hoje. É claro, que não podemos negligenciar, é preciso haver limites deveres e responsabilidades. Porém as concessões são inevitáveis.È sábio ser flexÃvel. Nossos filhos não são nossas propriedades. "O desafio é fornecer estrutura suficiente e orientação para que nossos filhos cresçam contando com lemes interiores, mas que a estrutura não seja demasiado rÃgida para não impedir que eles amadureçam. É um belo desafio. Os desafios são bons, porque nos mantêm vivos." (FRIEL, 1999. p. 134). Lembrem-se que não existem pais, filhos ou famÃlias perfeitas. Todos estão suscetÃveis aos erros. O que vale é experimentar! |
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