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Escrito por Armando Diorio de Paula Filho   
Qua, 05 de Julho de 2006 21:00


Escola e disciplina sempre estiveram em conflito e, pelo que se observa, até hoje não chegaram a um bom acordo. Teses e definições não faltam.

Psicopedagogos fervem seus neurônios na tentativa de atingirem um ponto de equilíbrio. Advertências verbais e escritas; convocação de pais; pedido de transferência e suspensão são algumas das providências tomadas durante o ano letivo.

Alguns pais, quando convocados pela escola , dizem-se surpresos com o comportamento dos filhos: - Mas em casa ele não é assim...

Na primeira reunião do ano, professores lêem para os pais uma relação de normas e deveres dos alunos, enfatizando os tipos de punições. "Controlar" uma sala de aula transformou-se na capacidade mais elogiada de um professor: pouco importa como esse "controle" é atingido.

A direção de escola que não pede transferência, que insiste no diálogo é geralmente rotulada de frouxa e incompetente. Uma famosa revista de informação chamou, há algum tempo, nossa atenção para o que acontece dentro de uma sala de aula. Há relatos estarrecedores, que beiram o surrealismo.

O que realmente acontece com a insuperável e insubstituível relação entre Professor e aluno? A sala de aula virou uma arena com injusta disputa de forças.
Pergunto: O que fazem os professores que não enfrentam este dilema? O que torna suas ações dignas de atenção e interesse?

Há escolas onde qualquer atividade que exija uma maior participação do aluno tem de ser previamente anunciada, pois o "barulho" não pode passar do "limite": até uma risada alta tem de ser justificada.

Conheci um diretor de escola que não suportava a voz dos alunos e se ausentava durante os intervalos.

Hoje, os professores entram armados na sala de aula: fazem ameaças e "estranhos" acordos; gritam muito ou silenciam; inventam uma prova-surpresa ou um trabalho; criam uma estória para chamar a atenção, tudo em troca de um silêncio fugaz.

Sabemos que com o advento da internet, o professor deixou de ser o dono da verdade, qualquer informação pode ser checada através de um simples "click" no mouse. Freud nos ajuda a entender que a relação do aluno com a escola (aqui incluo todas as pessoas que interagem dentro dela) é emocionalmente próxima e provoca o deslocamento de certos conflitos.

Aprendemos também, que nenhuma escola deve ser uma ilha, na elementos sócio-históricos-econômicos não conseguem penetrar, mas daí usá-los para justificar todo e qualquer ato de violência e de agressividade implica num grande equívoco.

É fácil controlar iguais ou ensinar ótimos alunos, e a escola não mede esforços para agrupar os semelhantes e intimidar os "diferentes".

O conhecimento desceu do seu pedestal e se perdeu entre questões que não dizem respeito à escola.

O que fazer afinal para um jovem não ser seduzido pela indisciplina? Mantê-lo hoje dentro de uma sala de aula já é uma grande conquista.

É mesmo uma questão complicada, com respostas confusas e incompletas.. Quem terá a alternativa correta?

 

Autor deste artigo: Armando Diorio de Paula Filho - participante desde Qui, 29 de Junho de 2006.

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