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Edições Anteriores 107 Cotas para a infância
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Escrito por Magno de Aguiar Maranhao   
Qua, 09 de Agosto de 2006 21:00

A discussão sobre cotas raciais e/ou sociais em universidades federais transformou-se em queda de braço, despertando interesses dos que desejam ser os pais da inclusão educacional, como o presidente Lula, que assim resumiu a questão: quem é contra as cotas age "por preconceito", e seu governo não deve ter vergonha de se comprometer "com os pobres e discriminados". Também acho. Por isso, é incompreensível termos atravessado quatro anos sem que a exclusão tenha sido atacada pela raiz, isto é, sem ver assegurado o atendimento a todo brasileiro a partir de zero ano de idade. Afinal, a faixa do zero aos cinco concentra o maior percentual de indigentes do país, e nem a quarta parte está na escola ou tem perspectivas de, um dia, ingressar no ensino superior.

A educação infantil é responsabilidade dos municípios. A esfera federal crê que fez sua parte criando o Fundeb (composto por 20% dos impostos e transferências de estados e municípios e uma parte de complementação da União). Mas é justo que crianças dependam da arrecadação municipal, quando dois mil municípios sequer têm arrecadação? Se o governo federal não se encarregar da educação infantil, a igualdade de oportunidades no Brasil ficará no discurso, já que quem vai cedo à escola costuma se sair melhor na vida (pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, concluiu que o salário do indivíduo aumenta 15% por ano de estudo, mas a educação infantil dá retorno de 17%).

O déficit do serviço, porém, é gritante: em 2004, três milhões de crianças de 4 a 6 anos não estiveram em pré-escolas e, dos 11,5 milhões até três anos, só 1,5 milhão esteve em creches.
Outro dado preocupante: para pais e professores, bons estabelecimentos são os que oferecem alimento e cuidados básicos aos alunos. Aspectos pedagógicos pouco são considerados. A conclusão, de pesquisa da Fundação Carlos Chagas, não poderia ser outra neste país onde uma entre cinco pessoas precisa de recursos de programas sociais para viver. A educação infantil aqui se relaciona à sobrevivência, e ainda não reservamos vagas para isso.

 
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