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Edições Anteriores 109 Tecnologia e educação
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Escrito por Eurípides Silva   
Qua, 23 de Agosto de 2006 21:00

Um dos grandes avanços do século XX ocorreu na área dos transportes, com progressos inimagináveis. Nas próximas décadas, porém, o progresso estará subordinado às tecnologias da informação e comunicação, que vêm transformando paradigmas em todos os campos de atuação humana, em especial no meio acadêmico. É por meio destas tecnologias que se aprimoram, cada vez mais, mecanismos de captação e difusão do conhecimento, essencial para a produção e a inovação em qualquer atividade.

Na universidade a disseminação das tecnologias de informação e comunicação (associadas aos avanços da informática) tem propiciado alternativas valiosas para o ato de ensinar e aprender, modificando os papéis docente e discente bem como nossas concepções de tempo e espaço, especialmente em face da educação a distância. Aliás, o que esperar de uma sociedade cada vez mais tecnológica em que a informação e o conhecimento se tornaram cruciais para a qualidade de vida e matéria prima para o desenvolvimento em todo o mundo?

Países desenvolvidos há muito se valem das tecnologias de informação e comunicação para a criação de ambientes educacionais modernos e eficientes, empregando plataformas baseadas na Internet para a comunicação entre alunos e professores (sistema e-learning ou b-learning). O modelo de ensino centrado na sala de aula (limitada no tempo e no espaço) e no professor (detendo o conhecimento e a decisão do que e como ensinar), à frente de alunos passivos (meros recebedores de informação), tem os seus dias contados!

Muito menos do que à educação a distância, referimo-nos ao ensino semipresencial, um misto de aulas presenciais com atividades colaborativas não presenciais (segundo o ritmo de interesse, tempo e atuação discente), com a mediação de tecnologias de informação e comunicação remotas, recursos de informática, salas virtuais e tutoria docente capacitada. Dá gosto ver o interesse dos jovens pelas novas tecnologias e o entusiasmo que demonstram nos ambientes de aprendizagem centrados no e-learning! (Para quem duvida, observe a desenvoltura com que os filhos - ou netos! - abrem as caixas dos equipamentos eletrônicos e os manuseiam.)

Em contraposição, é de se lamentar a reação anacrônica de parte dos docentes, muitos deles avessos à moderna tecnologia, confundindo mérito com método. Não atinaram que a nossa própria educação se dá segundo um processo à distância, numa hibridação de meios e de orientação muito pouco presenciais. Nossos filhos, por exemplo, os educamos no escasso tempo de convivência no lar, competindo com a educação que absorvem da escola, dos familiares, da rua e da mídia. A própria comunicação hoje em dia, de interesse pessoal ou profissional, processa-se predominantemente a distância, via computador, telefone, fax, áudio ou vídeo.

Por fim, observando a atual comoção pela seleção lamentamos, também, o desprezo da sociedade brasileira por causas tão mais nobres para o país, como a educação, em que pese, confessamos, a nossa própria paixão pelo futebol.

***

Dados dos autores: * Eurípides A. Silva, doutor em Matemática pela USP, ex-diretor da UNESP/Rio Preto e Assessor Acadêmico da UNIRP;

* Wilson Maurício Tadini, doutor em Matemática pela USP, ex-diretor da UNESP/Rio Preto, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e Assessor Acadêmico da UNIRP.

 
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