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Revista
109 Qualidade na gestão educacional
| Qualidade na gestão educacional |
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| Escrito por José Renato Calvi Lima |
| Qua, 23 de Agosto de 2006 21:00 |
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A gestão educacional que se quer sintonizada com a sociedade e que compreende a escola como uma instituição de formação precisa estar dotada de capacidade para fomentar, realizar e sustentar. A administração escolar está longe de ser simplesmente a gestora de processos burocráticos estrategicamente planejados. Numa nova organização escolar o papel do gestor é inspirar iniciativas destemidas tanto dos professores quanto dos alunos. O gestor precisa fazer parte da alma da escola e os alunos e professores devem ser sua mÃstica. Hoje a gestão é cada vez menos uma questão de saberes especializados e cada vez mais uma questão de princÃpios e de habilidades próprias para favorecer certa qualidade no estar juntos e no esforço coletivo. O gestor escolar que precisamos será aquele que sabe compreender antes de agir, que sabe utilizar sua reflexão e seu julgamento, apoiado em conhecimentos e experiências interiorizadas, ricas e variadas, mais do que em instrumentos prontos. E, sobretudo, será aquele que sabe suscitar o interesse, a inovação e a criatividade. A especialidade e a experiência profissional dão um relevo e uma significação mais completa à s decisões e aos atos de gestão. Um dos principais desafios da escola hoje é manter alta a capacidade de leitura do mundo, no tempo histórico em que está imersa. Os estudantes devem ser cuidados na escola como sendo a vida da escola: suas alegrias são as alegrias da escola e suas dores e tristezas são também as da escola. Isso é qualidade na educação! Nunca se falou tanto em qualidade como nesta última década. Em reuniões de dirigentes, em seminários, em pesquisas de mercado ou nos meios acadêmicos. O tema qualidade tem sido extensa e intensamente explorado. Mas o que é mesmo qualidade? Qualidade é a capacidade de atender, durante todo o tempo, à s necessidades do cliente. Para ser eficaz precisa estar centrada no cliente, visar o futuro, melhorar continuamente e, sobretudo, buscar respostas rápidas. Algumas instituições educacionais não se contentam simplesmente em atender à s expectativas do aluno, mas querem ultrapassá-las e encantar aqueles que são clientes. Para estas a qualidade é um grau de excelência daquela que é sua atividade principal. A qualidade não se faz só com tecnologia. Ela se faz com pessoas capacitadas, treinadas, lideradas e motivadas. Qualidade em educação se faz com participação e envolvimento das pessoas. O envolvimento dos educadores na busca de soluções de qualidade constitui um aspecto fundamental nos processos de melhoria da qualidade. A ênfase na melhoria contÃnua reflete a tentativa de manter uma vantagem de qualidade ao longo do tempo, sempre buscando ganhos no desempenho atual. Buscar o aperfeiçoamento é a alma deste processo. Se a escola não fizer esforço continuado de melhorar não atingirá os resultados desejados. O gestor precisa cuidar, dedicando atenção especial, dos processos de melhoria. Ele é o primeiro responsável de fazer crescer a qualidade da escola. É o gestor que vai propiciar a cada educador as condições para desenvolver e utilizar seu pleno potencial alinhado com os objetivos da escola. Também vai procurar desenvolver e manter um clima organizacional que conduza os educadores à excelência na sala de aula, na biblioteca, na recepção ou secretaria. Não vamos tratar aqui, em especÃfico, do tema da qualidade total aplicada à educação. Quando falamos de qualidade estamos indicando o processo de fazer com que os princÃpios de qualidade constituam parte dos objetivos estratégicos da instituição, com melhoramento contÃnuo e focalizando as necessidades dos alunos. Qualidade significa conformidade com os padrões, ou seja, os educadores de uma escola devem saber exatamente quais as orientações de desempenho que se esperam deles. A qualidade dá ao gestor uma visão proativa, isto é, previne os desacertos e ajuda na correção dos mesmos. É importante lembrar que a qualidade também economiza tempo e dinheiro. Muito daquilo que gastamos em manutenção na escola ou em discussões com pais de alunos, por exemplo, poderia ser prevenido se houvesse preocupação efetiva com a qualidade dos serviços prestados. |
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