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O Conhecimento Interdisciplinar na Sociedade Contemporânea PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Ihasmine Almeida Cunha   
Seg, 28 de Maio de 2007 21:00
O CONHECIMENTO INTERDISCIPLINAR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Ihasmine Almeida Cunha


RESUMO


Resultado de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e qualitativa, este artigo trata do desenvolvimento da informação através dos tempos, mostrando que necessidades e usos são interdependentes e, se influenciam mutuamente de modo oculto que produz o comportamento do usuário e suas práticas. Aborda o processo do trabalho no modelo fordista-taylorista, fazendo uma relação com a atual concepção de trabalho na sociedade informacional. Em seguida, analisa-se às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e suas conseqüências na vida das pessoas e no mercado de trabalho, como também, a competência e qualificação profissional que passam a serem valorizadas quando têm valor agregado na aplicabilidade do trabalho, que por sua vez, passa a ser realizado em detrimento de diplomas e certificados. Destaca-se que a tecnologia é muito mais do que simples máquinas e equipamentos, ela abrange simultaneamente o conjunto compreendido pelos conhecimentos técnico-científicos e também pelos conhecimentos empíricos das pessoas. Evidencia que os caminhos para o profissional da informação exigem educação continuada. Portanto, a educação passa, a ter um papel essencial fazendo com que a criatividade e o espírito empreendedor comecem a serem intensamente estimulados.


Palavras-chave: Informação - Conceito. Profissional da Informação - Bibliotecário - Competência - Mercado de Trabalho. Tecnologia de Informação e Comunicação.



1 INTRODUÇÃO


A extrema banalização da informação tem provocado alteração de forma substancial na capacidade de aprendizado do homem. As escolas, universidades direcionam uma metodologia de ensino centrado no conhecimento específico de cada disciplina, tendo o aluno uma apreensão do conhecimento de forma fragmentada.
Atualmente, estamos vivendo um processo bem mais abrangente. O aprofundamento e relação entre as disciplinas fazem nascer um profissional caracterizado e postulado por uma visão mais global e consistente do que vem a ser conhecimento. O elo entre as disciplinas cria espaço para o fortalecimento da interdisciplinaridade, que nada mais é que um conhecimento sistêmico, interdisciplinar, que busca o sentido de totalidade, respeitando a especificidade das disciplinas, viabilizando a possibilidade de um pensar que possa se complementar em um outro, desenvolvendo assim a inteligência.
Assim, o homem passa a percorrer um caminho de filtragem e ao mesmo tempo de assimilação de um novo paradigma, o qual valoriza a solidificação de um saber permeado pela aprendizagem significativa, de um conhecimento calcado em ações que transformem e construam um novo conhecimento, em detrimento de aprendizagens mecânicas, às quais reduzem o poder de análise e crítica do sujeito aprendente, logo o conhecimento passa a ser mera reprodução de saberes construídos.

Na visão de Jean Piaget, cientista do século XX, a aprendizagem é um processo contínuo que requer uma interação com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva e deve subsidiar a descoberta de novos conhecimentos (PALANGE, 1999, p. 98).
Este trabalho tenta mostrar que o conhecimento interdisciplinar, contribui de forma significativa para o fortalecimento de superação das barreiras disciplinares a que o ensino está institucionalmente confinado, viabilizando uma política de aprendizado mais ampla e confluente do cognitivo.
Assim, na sociedade contemporânea, o saber está cada vez mais associado a totalidade das coisas e de tudo. O conhecimento passa a ter destaque de forma precisa quando entendemos que o processo interdisciplinar reflete, compreende cada passo, cada ligação entre as disciplinas, fazendo com que o homem absorva um conhecimento mais próximo da realidade que vivemos.
Na interdisciplinaridade as percepções e conceitos passam a fazer parte de uma totalidade de significação mais completa, e o homem por sua vez, não fica imobilizado, condicionado a uma única maneira de ver e pensar sobre as coisas. Para avançarmos em uma visão interdisciplinar devemos analisar que tudo sempre repercutirá em tudo, permitindo assim que o pensamento ocorra com base no diálogo entre as diversas áreas do saber.
Logo, o homem constrói a realidade num processo de interpenetração nos diferentes campos do saber. A total interação entre as disciplinas pressupõe a recuperação adequada do cotidiano, superando um conhecimento com recortes e confrontando-se com a visão do todo, mas abrangente e relacional.

2 INTERDISCIPLINARIDADE

A interdisciplinaridade não é uma ciência e sim uma forma de pedagogia, que tenta preservar a integridade do pensamento, atribuindo um significado único aos fatos através da relação com os campos do saber, visando uma concepção unitária e profunda do conhecimento. Com a interdisciplinaridade, o homem passa a adquirir uma postura mais crítica, compreendendo melhor a dinâmica da realidade que se encontra inserido.
Segundo Andrade (2000, grifo do autor) "Interdisciplinaridade deriva da palavra primitiva disciplinar (que diz respeito à disciplina), por prefixação (Inter-ação recíproca, comum) e sufixação (DADE- qualidade, estado ou resultado da ação)".
Originariamente significa submissão ou subordinação a um regulamento superior. Significa também "matéria" (campo de conhecimento determinado que se destaca para fins de estudo) tratada didaticamente, com ênfase na aquisição de conhecimentos e no desenvolvimento de habilidades intelectuais. É uma palavra muito presente em instituições como o exército, a fábrica e a igreja, que valorizam a disciplina na formação de seu pessoal (ANDRADE, 2000).
Fazenda (2001, p. 18), diz o seguinte:
A necessidade de conceituar, de explicitar, fazia-se presente por vários motivos: interdisciplinaridade era uma palavra difícil de ser pronunciada e, mais ainda, de ser decifrada. Certamente que antes de ser decifrada precisava ser traduzida e não chegava a um acordo sobre a forma correta de escrita, menor acordo havia sobre o significado e a repercussão dessa palavra que ao surgir anunciava a necessidade de construção de um novo paradigma de ciência, de conhecimento, e a elaboração de um novo projeto de educação, de escola e de vida.

A autora diz ainda que, o movimento da interdisciplinaridade surge na Europa, em meados da década de sessenta, tendo sido bem mais intenso na França e Itália, época em que nasceram os movimentos estudantis, reivindicando um novo estatuto de universidade e de escola. Aparece inicialmente, como tentativa de elucidação e de classificação temática das propostas educacionais que começavam a aparecer na época, evidenciando-se, através do compromisso de alguns professores em certas universidades, que buscavam, a duras penas, o rompimento a uma educação por migalhas.
Para Fazenda (2001, p. 18), a interdisciplinaridade nasceu como oposição a todo conhecimento que privilegiava o capitalismo epistemológico de certas ciências, como oposição à alienação da Academia às questões da cotidianidade, às organizações curriculares que evidenciavam a excessiva especialização e a toda e qualquer proposta de conhecimento que imitava o olhar do aluno numa única, restrita e limitada direção a patologia do saber.
Desde 1970 (2001), que a palavra interdisciplinaridade tenta construir um caminho que seja trilhado por um saber coletivo e sintonizado com outras disciplinas. Nessa época buscava-se uma estruturação conceitual básica. A preocupação era de conceituar, definir a interdisciplinaridade, buscando uma explicitação terminológica.
Conforme Fazenda (2001, p. 18) "Em 1970 a organização teórica do movimento da interdisciplinaridade procurava uma definição de interdisciplinaridade; em 1980 tentava explicitar um método para a interdisciplinaridade e em 1990 partiam para a construção de uma teoria da interdisciplinaridade".
A interdisciplinaridade é um trabalho de consciência, que produz conhecimento seguro, o professor estabelece uma relação entre o conteúdo do ensino através da intercomunicação entre as disciplinas e a realidade vigente.
Atualmente, o modelo de qualificação profissional tenta romper o paradigma que privilegia a especialização, um conhecimento específico dando lugar ao leque do saber universal.
Diante das profundas transformações tecnológicas que têm acontecido nos últimos anos, o conhecimento passa a ser visto como a principal ferramenta de inserção do homem ao mercado de trabalho.
É preciso que o homem busque um conhecimento que produza coerência entre os múltiplos fragmentos de informações que se encontram dispersas, que esteja além de sua especialização, ou seja, ele deve estar conectado com outras disciplinas que criarão um ambiente interativo, propiciando desde condutas até modos de relacionamento do ser humano com o próprio conhecimento.
Na visão de Fábrega (2004, grifo da autora):
[...] interdisciplinaridade envolve relações de interação dinâmica entre as disciplinas. As transformações promovidas da interdisciplinaridade envolvem tempo. Mas esse tempo não é tanto cronológico, quanto um "período de maturação", criticamente necessário para que as mudanças sejam processadas, reconhecidas, legitimadas e assimiladas.

Dessa maneira, se faz necessário um diálogo aberto entre os indivíduos, através do qual diagnosticarão o que lhe falta e o que devem receber das demais ciências. A busca por um saber coletivo está atrelado a relação com várias disciplinas, que por sua vez, direcionam um conhecimento sólido e consciente, além de sanar lacunas antes existentes.
Para Luck (2003, p. 59) no processo de interdisciplinaridade,
Busca-se estabelecer o sentido de unidade na diversidade, mediante uma visão de conjunto, que permita ao homem fazer sentido dos conhecimentos e informações dissociadas e até mesmo antagônicas que vem recebendo, de tal modo que possa reencontrar a identidade do saber na multiplicidade de conhecimentos.

Neste contexto, a interdisciplinaridade amplia os horizontes do pensar humano, condicionando uma descoberta mais abrangente e precisa da forma de compreender e modificar o mundo. Sendo assim, para um melhor entendimento se faz necessário a compreensão de todas as partes do conhecimento que foi construído.
Dessa maneira, Fazenda (1996, p. 47) sintetiza:
Neste sentido, o homem que se deixa encerar numa única abordagem do conhecimento, vai adquirindo uma visão deturpada da realidade. Ao viver, encontra uma realidade multifacetada, produto desse mundo, e, evidentemente mais oportunidades terá em modificá-la, na medida em que não a conhece como um todo, em seus inúmeros aspectos.

O homem precisa de uma formação educacional que viabilize um processo de compreensão, reflexão e análise crítica da realidade que o circunda. Através da intersubjetividade, o homem consegue buscar respostas mais concretas e sólidas para suas perguntas. O desenvolvimento da intersubjetividade é um exercício contínuo de doação, interação e acima de tudo de se colocar no lugar do outro diante das situações que se apresentam.
É preciso uma nova pedagogia para o saber. Neste sentido, a escola deve exercer o papel de multiplicadora do conhecimento através da associação de disciplinas, com um programa eficaz de ensino aprendizagem. A interação do conhecimento é algo imprescindível para a efetivação da interdisciplinaridade.
Temos que compreender que o conhecimento é dinâmico e para continuar como tal, requer que o ser humano sustente a segurança das suas incertezas, ou seja, para não vivermos num mundo com respostas absolutas e acabadas, devemos ter uma postura crítica diante dos acontecimentos. Os pesquisadores desenvolvem muito o pensar crítico, já que através das pesquisas científicas, vão trilhando o caminho das descobertas, e portanto, necessitam estar sempre buscando ou discordando de um conhecimento para comprovar ou não suas hipóteses.
Fazenda (2003, p. 78 ) complementa:
O pensar e o agir interdisciplinar se apóiam no princípio de que nenhuma fonte de conhecimento é, em si mesma, completa e de que, pelo diálogo com outras formas de conhecimento, de maneira a se interpenetrarem, surgem novos desdobramentos na compreensão da realidade e sua representação. A interdisciplinaridade também se estabelece a partir da importância e necessidade de uma contínua interinfluência de teoria e prática, de modo que se enriqueçam reciprocamente.
Assim, a prática do conhecimento interdisciplinar traz uma imensa riqueza para o desenvolvimento da intelectualidade do ser humano, além de proporcionar uma aprendizagem que esteja atrelada aos porquês, às descobertas, dando origem a um novo conhecimento.
Fazenda (1996, p.12) salienta sobre a inadequada postura do docente:
[...] a neurose começa quando apresentam aos outros, na ação pedagógica, a imagem falsa de segurança, de detentores exclusivos de um saber racional e objetivo, de arautos da verdade. Ou então, quando se apresentam aos alunos como portos seguros numa fatia do saber de que se julgam os proprietários epistemológicos.

O professor que desenvolve sua metodologia de trabalho tendo como princípio a prática interdisciplinar, sabe que não existe saber absoluto, que tanto ele como os alunos estão participando de um processo de aprendizagem, e deve sim direcionar o seu foco de ensino, buscando a unificação entre as disciplinas, o contexto global do conhecimento, visando um pensamento que ultrapasse a memorização e se vincule a indagação, ao questionamento dos fatos.
Para Fazenda (2001, p. 15), a interdisciplinaridade se caracteriza na ousadia de perguntas que o homem faz ao mundo, buscando respostas. Nesse ínterim, o homem vai descobrindo o quanto é importante o exercício da humildade (fundamento primeiro da interdisciplinaridade) para preencher as lacunas, ou seja, ao perguntarmos algo queremos resposta, esta para sanar nossas dúvidas deve ser convincente, dessa forma se faz necessário nos infiltrarmos na nossa interioridade, nos conhecendo e desvendando o conhecimento da totalidade, exaurindo-se da fragmentação.
A interdisciplinaridade desenvolve um novo modo de ver e pensar sobre as coisas, resultante da integração das diversas áreas do conhecimento, tendo como conseqüência a produção de novos conhecimentos. É algo que permite a superação da fragmentação do ensino, promovendo uma formação global e crítica do aluno, facilitando sobremaneira o seu enfrentamento para os problemas do mundo atual.
D. Sobrinho (1995, p. 27) observa que:
[...] cada vez mais se impõe na sociedade contemporânea, inclusive no setor empresarial, a necessidade de que os conhecimentos especializados sejam inseridos em áreas mais amplas do saber, que ao rigor científico se some a crítica, [...] a aceitação do contraditório, a compreensão da diversidade, [...] a interdisciplinaridade.

Portanto, quando delimitamos um determinado objeto de estudo, não podemos atribuir a ele uma fragmentação, pelo contrário, as suas múltiplas determinações e mediações históricas que o estruturam e determinam fazem parte do universo da totalidade, algo indissociável de ser destituído.
Assim, Morin (1990 apud TORALLES-PEREIRA; FORESTI, 1998.) alerta para:
A necessidade de tomar consciência da complexidade de toda a realidade - física, biológica, humana, social, política. De um lado, observa que as ciências humanas não percebem os caracteres físicos e biológicos dos fenômenos humanos e, de outro, que as ciências naturais não percebem sua inscrição numa cultura, numa sociedade, numa história. Essa distância existente entre as ciências assinala a necessidade da interdisciplinaridade.

A fragmentação do conhecimento na sociedade contemporânea é algo que compromete o homem nas respostas aos seus porquês, já que não encontramos ferramentas suficientes para construir conhecimentos e habilidades que possam transformar a realidade em que vivemos e se relacionar com o mundo de forma crítica e não alienada.
Petri, Rocha e Bonfanti (2002) sintetizam que:
A Revolução Capitalista consistiu também, em desvincular a chamada economia de todo o contexto cultural, de toda a necessidade humana. Dessa forma, a ligação entre as ciências tem como propósito fornecer respostas ao homem para o sentido da vida; suas ações cognitivas, discorrendo sobre a interdisciplinaridade no processo de construção do conhecimento.

Assim, o homem enquanto sujeito participante do processo de construção do conhecimento, deve buscar sempre nas suas análises, indagações e reflexões as reais respostas aos seus porquês, para isso deverá caminhar numa relação complexa, porém rica de interação entre as disciplinas, bem como, com a natureza que nos dá todos os elementos necessários a penetrabilidade do homem no universo de todas as situações e causas que se apresentam, bastando apenas que ele, o homem, descubra as origens das situações que perpassam pelo processo interdisciplinar.
Por outro lado, cabe ao professor descobrir uma didática eficaz que desenvolva as potencialidades dos alunos, sem perder de vista às suas especificidades, buscando uma linha de atuação sustentada pelos quatro pilares da educação, proposta pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO): aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver junto.

3 SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Entre os fatores discutidos pelos nossos cientistas sobre a sociedade contemporânea, esta se caracteriza pela aceleração do tempo histórico, o aumento do risco e da incerteza, a falência das instituições da modernidade, e principalmente pela fragmentação do conhecimento.
O ambiente contemporâneo é povoado pela cibernética, pela robótica industrial, pela biologia molecular, pela medicina nuclear, num mundo traduzido por imagens e signos, cuja principal característica é ser regido pela informação, processada em "bits". A velocidade com que o avanço da técno-ciência se estabeleceu desenhou uma nova cartografia contemporânea comandada pela transitoriedade e efemeridade.
Para Debord (1997 apud LESSA, 2002, grifo do autor) a contemporaneidade é:
Sociedade simulacro, tudo é falso e construído de modo a substituir a experiência real. A experiência construída artificialmente torna-se produto e deve ser consumida, como tudo nesta sociedade de forma rápida e descartável. [...] nesta sociedade não é importante o Ser, mas sim o Parecer. A legitimidade das coisas e das pessoas está na aparência delas e não na essência.

A presença maciça das tecnologias em quase todos os setores da atividade humana, desencadeia um acelerado processo de transformação das relações sociais, afetando o modo como as pessoas trabalham, pensam, se relacionam, se comunicam e direcionam suas decisões.
Na visão de Esper e Neder (2004), habitamos um mundo caracterizado por um cabedal de informações aleatórias e que não se constituem como um todo. A realidade se encontra fragmentada, sem uma crença na totalidade, visto que as vivências são parciais.
O sociólogo Lipovetsky (1983), salienta esse aspecto acima, quando enfatiza que "A sociedade contemporânea se caracteriza por dispositivos abertos e plurais, por individualismos hedonista e personalizado".
Essa sociedade, é caracterizada por uma aceitação total e ilimitada do efêmero, fragmentário e descontínuo. O conhecimento fragmentado se torna cada vez mais caótico, desencadeando no homem uma preocupação por um saber mais consistente.
Para Ferreira Jr. (2002):
[...] há consenso hoje, que vivemos em uma época complexa, sustentada por uma ampla difusão da informação e por uma grande velocidade dos processos sociais. Para sermos contemporâneos do nosso tempo, é necessário um esforço de intelecção e de compreensão, para que possamos também superar a fragmentação existente hoje no universo do saber.

Morin (2000, p. 35) postula a complexidade do real como um novo paradigma na organização do conhecimento, abalando os pilares clássicos da certeza: a ordem, a regularidade, o determinismo, a separabilidade, e o valor das provas produzidas pela indução e dedução.
Todos os pensamentos do homem devem estar unidos a outros pensamentos, para chegarmos a descoberta ou solução de um problema necessitamos analisar todas as partes da situação problema, viabilizando um diagnóstico mais preciso do todo.

Neste sentido Morin (2000, p. 35) diz que:
A ciência cartesiana parte de um pensamento que isola e separa, que reduz o todo às suas partes, aos seus aspectos mensuráveis, quantificáveis. A necessidade atual exige a substituição de um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une. É preciso substituir um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento do complexo, no sentido originário do termo complexus: a partir desta complexidade, propõe em primeiro lugar uma cabeça bem-feita que necessita despertar a inteligência geral adormecida pela escola vigente, e que deve conduzir ao imperativo educacional da capacidade de contextualizar e globalizar: o aprender a viver, o enfrentar a incerteza. A aprendizagem cidadã constituem outros imperativos que devem propiciar uma nova maneira de ver o mundo.

Assim, para o homem contextualizar algo, ver o mundo de forma diferente, ele deve desenvolver o seu senso crítico, que é o responsável pelo desenvolvimento da cultura, da ciência e da tecnologia, além da sua profundidade de interpretação e articulação interdisciplinar nas diversas áreas do conhecimento.
Dessa forma, o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural da humanidade, depende da busca de um conhecimento crítico, de uma compreensão do mundo articulada e aprofundada através de métodos que garantam, de um lado, a profundidade e, de outro, a generalidade.
Na sociedade contemporânea que vivemos, a sua cultura não estimula o desenvolvimento de uma consciência crítica de seus membros. O senso crítico permite uma maior compreensão sobre a realidade e a possibilidade de ação sobre ela, viabilizando mudanças que nem sempre são interessantes para aqueles que detêm o poder.
Portanto, na maioria das vezes não é desenvolvido o pensar crítico nos indivíduos, pois através de conhecimentos baseados no senso comum fica mais fácil dominar um grupo social. A fragmentação e a superficialidade passam a ser instrumentos de controle para manobrar a classe oprimida.
Na visão de Palange (1999. p. 129), "Quanto mais o ser humano compreende o mundo, mais ele se porta como sujeito da situação e não como objeto [...], não se submete a uma relação de dominação".
Nesse contexto, a escola aparece como uma instituição fundamental para trabalhar o pensamento crítico do aluno. Ao desenvolver um trabalho nessa direção, o corpo discente tem a possibilidade de desvelar a realidade em que está circunscrito, compreendendo o real significado do agir, quando baseado numa aprendizagem calcada em articulações com disciplinas, na análise de julgamento de valor, buscando a essência, a investigação, interpretação e contextualização do conhecimento.
A sociedade contemporânea se caracteriza pelo desencadeamento de fatos isolados, ou seja, a compreensão de um conhecimento mais amplo inexiste. Em todo o processo histórico, o homem é sujeito participante. Sendo assim, ele é o responsável pelo direcionamento das ações para compreensão da realidade.
O momento que vivemos é caracterizado pela busca do não conhecer, ou seja, o homem não conhece a si mesmo, seus pensamentos, sua aprendizagem não fazem parte de um sistema integrado do conhecer e sim de uma visão fragmentada, superficial e assistêmica.
Pellanda (2000) descreve a crise atual da seguinte maneira:
[...] a crise atual tem raízes profundas no aniquilamento dos sujeitos destroçados por um paradigma científico que os fragmentava até as últimas conseqüências existenciais. O paradigma cartesiano que surgiu na modernidade é, por definição, o paradigma da disjunção. Tudo é condenado à separação: corpo, alma e noções, sujeito e objeto, ser humano e natureza, interioridade, exterioridade sucessivamente. A ciência moderna sistematizada por Descartes e consolidada por Newton expulsava da investigação científica o subjetivo, a emoção e o desejo como atrapalhadores do conhecimento. Assim, o ser humano perdeu-se de si mesmo e foi condenado a uma solidão terrível. Nesta fragmentação, a própria ética separou-se da religião e do processo de construção do ser humano.

Entretanto, não é somente a ciência que é atingida por um novo paradigma, paradigma este com dimensão social e pessoal, atingindo as regiões mais profundas da existência humana. O próprio Universo foi desencantado e despojado das suas características mais significativas que dão sentido à vida como um todo.
Do ponto de vista de Pellanda (2000) o conhecimento é explicitado da seguinte forma pelo novo paradigma:
[...] a modernidade como uma crise de percepção e, portanto, de impedimento de construção de sujeitos e de conhecimento. Se considerarmos conhecimento como algo que vai além do individual ou das aprendizagens formais podemos afirmar que a modernidade atinge profundamente as condições de conhecimento. O pensamento cartesiano privilegiou a razão, o individual e o cérebro na questão do conhecimento. Nosso conhecimento do mundo está limitado por categorias formais que, como uma camisa de força, nos impede de ver um cosmo harmônico. [...] nosso olhar doente não consegue mais ver o sentido oculto das coisas.

Portanto, é preciso nos conscientizarmos que tudo se constrói num processo histórico de interação. Devemos dialogar com tudo e com todos, buscando as relações entre as partes e o todo, respostas para as incertezas, tendo como princípio básico a visão de totalidade.

3.1 A IMPORTÂNCIA DO SABER

A pluralidade dos saberes é flutuante e sujeita a constantes redefinições, conceituações e reavaliações, portanto é preciso que se tenha clareza do que é saber, informação e conhecimento.
Segundo Beillerot (1999 apud PERRENOUD, 2001. p. 28) "Saber é aquilo que, para um deterrminado sujeito, é adquirido, construído, elaborado através do estudo ou da experiência; a informação é exterior ao sujeito e de ordem social; enquanto que o conhecimento é integrado ao sujeito e de ordem pessoal".
Desde meados do século passado estamos vivenciando mudanças profundas no campo do conhecimento, decorrentes do desenvolvimento intensivo tanto da ciência como da tecnologia. Dessa maneira, a articulação dos conhecimentos desde a instituição escolar até a universidade deve estar atrelada não somente às mudanças tecnológicas, mas às políticas e econômicas. Quando passamos a compreender cada parte do conhecimento que é constituído, temos a possibilidade de pensar e agir criticamente.
Através da rede de informações evidenciada pelo desenvolvimento crescente das tecnologias de informação, o homem passa a querer preencher o espaço vazio dos seus porquês frente à absorção do conhecimento.
Sendo assim, o processo da interdisciplinaridade está cada vez mais presente no seio do aprendizado sólido e eficaz. Nessa esfera de raciocínio, o conhecimento fragmentado vai se distanciando do homem, cedendo lugar ao significado da totalidade, ou seja, ao entendimento de um conhecimento integrado, relacional entre as ciências, caso contrário assistiremos o nascimento de uma sociedade sem contexto, solta e alienada. As informações devem se enquadrar em um quadro contextual lógico e preciso para que adquiram sentido.
Como diz Morin (2001, p. 48), "[...] paradoxalmente assiste-se ao agravamento da ignorância do todo, enquanto avança o conhecimento das partes".
No mundo atual, as informações que circulam logo são descartáveis, não se admitindo a idéia de totalidade. Diante de tantas transformações e descobertas, o binômio tempo/espaço tão indissociável nos dias de hoje, também tem seus reflexos na educação, fazendo com que esta não se conserve impune.
De acordo com Hargreanes (1998, p. 27), "As escolas e os professores estão a ser cada vez mais afetados pelas exigências e contingências de um mundo pós- moderno crescentemente complexo e acelerado".
A instituição escolar exerce uma prática pedagógica destoante, não condizente com uma visão do todo. Os professores têm seus trabalhos delimitados por padrões de orientação controlado, ou seja, um modelo de ensino em que o aprendizado do corpo discente não está unido ao processo de desenvolvimento global e integrado da sociedade, inexistindo uma relação do conhecimento que perpasse com o mundo em que estão inseridos.
Dessa forma, passamos a ter como produto final, um conhecimento extremamente pobre, sem a incorporação da capacidade de aprender para criticar e construir.
Para que o conhecimento seja entendível, é necessário que haja um processo contínuo para modernizar a sociedade e fazer do homem o próprio sujeito de sua história, visto que este último terá a capacidade também de transformar a realidade que se apresenta quando não estiver satisfeito com seus resultados.
Assim Hargreaves (1998, p. 27) diz::
[...] sem um entendimento do contexto, da fonte de todas as pressões e mudanças, não é possível sermos claros ou coerentes quanto às mudanças que experimentamos. E sem qualquer clareza ou coerência, seremos incapazes de exercer controle ou exprimir qualquer direção ao futuro da educação e ao papel que os professores desempenharão nele.

Os métodos de ensino aplicados nas escolas estão centrados na pergunta e resposta, não existindo uma interdisciplinaridade entre as disciplinas, além disso, o conhecimento disseminado para os alunos é caracterizado por um saber fragmentado, sendo inexeqüível uma educação pautada para a resolução dos problemas que emergem, identificação das necessidades e aplicabilidades de melhorias.
Segundo Silva, Zanotto e Viana (2000):
O profissional professor deverá saber colocar suas competências em ação em qualquer situação, refletir em ação e ser dotado de uma grande versatilidade adaptativa, uma vez que ele deve reconhecer o conhecimento como um processo mutante, como uma ferramenta meio para uma permanente reconstrução de novos conhecimentos. Como identificar problemas e como resolvê-los deve, no trato escolar ter os estudantes concebidos como trabalhadores deste conhecimento. [...] a familiaridade com as novas tecnologias, que está presente hoje na vida social e profissional, aponta para a necessidade de ambientes escolares, que levem sua comunidade a gerar uma aprendizagem significativa, autônoma e competente.

O processo educacional deve ser considerado como uma instrução para transformar o modo de agir e pensar das pessoas. Deve se comprometer com a formação intelectual do aluno como um todo. A partir de discussões relevantes da vida em sociedade, o docente deve transmitir aos seus alunos, conhecimentos que dêem abertura para conhecer, pensar, criticar e transformar a realidade. Uma educação que tem como princípio básico o exercício da cidadania, abrindo espaço para as diversidades social, étnica, cultural e de gênero.

Silva e Cunha afirmam o seguinte (2002, p. 82):
Ensinar não é distribuir certezas, mas instigar dúvidas; não é inculcar a aceitação passiva do estabelecido, mas instrumentalizar para a contestação; não é formar iguais, mas diferentes, unidos pelo respeito e aceitação das próprias diversidades.


A educação é um fenômeno concreto que se faz com diversos elementos não necessariamente apreendidos por uma lógica final. Acreditamos que a fragmentação do saber impossibilita a compreensão de formulações teóricas, bem como, de sua relação com o concreto.
Portanto, entendemos que o sistema educacional para uma aprendizagem conteúdista e significativa, necessita de um trabalho de atitude interdisciplinar.
Fazenda (1995, p. 82) discorre sobre trabalho interdisciplinar:
[...] uma atitude diante de alternativas para conhecer mais e melhor; atitude de espera ante os anos consumados, atitude de reciprocidade que impele à troca, que impele ao diálogo - ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos ou consigo mesmo -, a atitude de humildade diante da limitação do próprio saber, atitude de desvendar novos saberes, atitude de desafio - desafio perante o novo, atitude de envolvimento e comprometimento com os projetos e com as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, de compromisso de construir sempre e da melhor forma possível.

O testemunho de mudanças profundas no cerne da sociedade, exige um sistema educacional eficiente e criativo. A educação está gestada num processo fragmentado e compartimentado do conhecimento, acomodando dessa forma o educando, que por sua vez, não prioriza o desenvolvimento da reflexão crítica, subjetiva e integrada na formação dos alunos. Precisamos investir na construção de uma instituição com identidade própria, acessível à maioria e que instigue o indivíduo a reformular pensamentos, refletindo sobre o conhecimento de forma crítica e interligada com outros campos do saber.
Para Brandão (2003),
Nossa realidade escolar está alicerçada numa estrutura que prioriza a repetição de modelos, um processo mecânico onde se sobressai o automatismo das ações, um ensino com caráter predominantemente científico e com informações compartimentadas. Essa setorização, bloqueia e atomiza a capacidade indagativa, perceptiva, sensorial e afetiva de nossos alunos. Como órgão promotor e divulgador da cultura e da ciência, a escola é um dos importantes agentes transformadores da sociedade, cabe a ela desenvolver e incentivar o exercício da crítica e da reflexão, ressaltando a importância da comunidade e de cada um como agente potencialmente transformador de seu contexto.

Cabe aos professores, aplicar uma educação que forme e prepare o aluno para uma cultura geral e universal, tendo como pressupostos básicos a dignidade, moral e ética, princípios indispensáveis e fundamentais quando se pensa numa prática educativa consistente.
Candeia de Melo (2000) propõe o seguinte:
É necessária a mudança da dinâmica do processo educativo, visando à formação e não ao adestramento do aluno, promovendo a participação e a automação. Cabe ao professor vê-lo como sujeito social com direitos e deveres, oportunizando o acesso ao conhecimento e considerando sempre que o aluno existe com capacidades individuais e grupais, hábitos, herança cultural, social e familiar e vivência social. A efetivação desta mudança exige um educador ativo, consciente de que as relações interativas dos educandos precisam que ele seja o agente facilitador da construção e reconstrução do conhecimento.

O conhecimento como é transmitido ainda hoje nas escolas e universidades, continua maculando, mascarando a capacidade de interpretação e criticidade do aluno, fazendo com que o corpo discente seja apenas um memorizador de informações.
Mas, o mestre continuará e será sempre o maior propiciador de mudanças significativas no campo do saber, através do seu comprometimento e profissionalismo poderá utilizar formas criativas e seguras para lutar e modificar um sistema de ensino que ainda valoriza o conhecimento com recortes, fragmentarizado em detrimento de uma prática interdisciplinar que responde os nossos porquês.

5 CONCLUSÃO

O mundo atual, altera referenciais, requerendo uma forma sistêmica e profunda para o entendimento dos porquês das coisas, são respostas que o homem busca cotidianamente, nas suas atitudes, ações e reações. Novas maneiras de pensar e conviver são elaboradas pelas pessoas.
É nesse contexto, que a palavra interdisciplinaridade entra em cena, embora desde meados dos anos setenta ela já era estudada. Nesse ínterim, a ligação entre as disciplinas se torna cada vez mais consistente diante da pluralidade de manifestações que a sociedade vem apresentando em virtude do amontoado de informações soltas, proveniente do célere desenvolvimento tecnológico dos últimos anos.
Assim Hargreaves (1998, p. 27) diz::
[...] sem um entendimento do contexto, da fonte de todas as pressões e mudanças, não é possível sermos claros ou coerentes quanto às mudanças que experimentamos. E sem qualquer clareza ou coerência, seremos incapazes de exercer controle ou exprimir qualquer direção ao futuro da educação e ao papel que os professores desempenharão nele.

O conceitual interdisciplinar pressupõe um olhar calcado para a formação do indivíduo, sanando com mais profundidade às dúvidas apreendidas com foco numa visão articulada do todo com as partes, dos meios com os fins, uma vez que como bem salienta Ivany Fazenda, o saber solto fica petrificado, esquematizado e volatilizado, precisa sempre ser conduzido pela força interna de uma intencionalidade.
A interdisciplinaridade tem como princípio básico que tudo na vida ocorre de forma interligada, cada parte de um conjunto passa a ter um significado, nessa esfera o homem passa a ter uma visão final da realidade que esteja circunscrito, mais completa e muito mais formativa.
Vivemos em um mundo que não cabe mais formar cidadãos sem uma educação pautada nas reais necessidades de conhecimento básico e muito menos sem uma estrutura de ensino que propicie um pensar preconizando um embasamento teórico atrelado a uma reflexão crítica. Quando auferimos conhecimento, a análise deste deve perfazer o caminho da pesquisa, da capacidade de buscar respostas para nossas dúvidas, algo que pode ser realizado através da interdisciplinaridade e principalmente da postura e direcionamento da didática do professor em sala de aula.
Assim, a interdisciplinaridade vai alterando substancialmente os fluxos da vida, não somente em relação a construção da convivência com o respeito às diferenças, como também serve de instrumento para viabilizar as estratégias de circulação e comunicação da informação.
Dessa forma, democratização da informação se consolida de modo mais efetiva, o benefício coletivo do conhecimento se faz presente e o entendimento subjetivo do cidadão enquanto sujeito participante de todo esse processo de mudança de paradigma, passa a acontecer na medida que o homem se descobre nas entrelinhas das trocas de experiências entre as pessoas e no compartilhamento das identidades, laços sociais, na própria organização de lugar que nos encontramos na sociedade, mediante a compreensão da forma de conhecimento que é perpassada.

Na interdisciplinaridade, as pessoas descobrem e desenvolvem suas competências numa perspectiva voltada para a formação humanística, questionadora e crítica, levando sempre em conta a interligação entre as disciplinas.
Nesse sentido, é de extrema importância que nossos mestres não concebam o conhecimento como algo de caráter absoluto, a pesquisa existe para mostrar à todos o quanto podemos reverter nossas conclusões, descobrir muito mais do que havíamos nos proposto ou repensar a situação em um outro contexto. O professor deve perpassar para seus alunos, não somente transferência de conhecimento, mas viabilizar possibilidades de construir novos conhecimentos.
A fragilidade do conhecimento nos dias atuais é mensurada por uma gama de informações disseminadas pelo advento dos novos recursos tecnológicos, principalmente pela Internet, mesmo diante deste impasse não podemos perder de vista a sua precípua função formadora de opinião e senso crítico.
Dessa forma, toda essa transformação estrutural mundial também não deixa imune o campo educacional. A importância da tradução de um saber sincronizado com a lógica interdisciplinar, evidencia-se uma educação baseada na transmissão de conhecimentos, mais centrada na pesquisa, busca, na inquirição, contribuindo para a formação de um indivíduo mais aberto ao trabalho em rede e mais participativo.
A construção do conhecimento é um processo lento, profundo que envolve ação, requer muito embasamento teórico e acima de tudo imparcialidade. É de fundamental importância, a não interferência da subjetividade do pesquisador na direção de respostas sem tanta margem de erro. Durante esse percurso, o homem desenvolve seu senso crítico, vai trilhando o caminho do amadurecimento intelectual, contribuindo com ações que fortaleçam o desenvolvimento econômico e social de um país.
Portanto, o conhecimento interdisciplinar na sociedade contemporânea ganha mais dimensão e fortalecimento, ele passa a adentrar os diversos campos do saber numa interligação com tudo e todos, açambarcando um novo modelo de aprendizagem fundada na humanização e na transmissão de conhecimentos, que proporcione a apreensão da realidade social, tendo em vista também o significado das atividades educacionais inseridas nesse contexto, bem como, a sua eficácia educativa.


THE INFORMATION AND THE USE OF THE TECHNOLOGY: SOME YOU ARRIVE IN PORT AND THE POLYVALENCE OF THE PROFESSIONAL OF THE INFORMATION


ABSTRACT


Result of one searches bibliographical, explore and qualitative, this article deals with the development of the information through the times, showing that interdependent necessities and uses are e, if mutuamente influences in abstruse way that produces the behavior of the practical users and its. approaches the process of the work in the fordista-taylorista model, making one relaçao with the current conception of work in the informacional society. You analyze to the Technologies of Information and Communication (TICs) and its consequências in the life of the people and the market of work, as also the ability and professional qualification that starts to be valued when has value added in the applicability of the work, that in turn, passes to be carried through in detriment of diplomas and certifyd.


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Autor deste artigo: Ihasmine Almeida Cunha - participante desde Qua, 06 de Setembro de 2006.

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