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Universidade como Mercadoria |
Escrito por Jorge Luiz Sanz Afonso |
Sex, 13 de Julho de 2007 21:00 |
"Atualmente os cursos de graduação e pós-graduação estão crescendo aceleradamente. No término de cada semestre são lançados no mercado de trabalho, profissionais despreparados para o exercÃcio de suas funções". Em que momento está presente à questão de formar profissionais preparados? Hoje a universidade oferece cursos de graduação e pós-graduação sem uma expectativa de adequação ao mercado de trabalho. Apesar das exigências da sociedade globalizada, o ensino ainda é conservador e "instrucionista", reduzindo-se a uma sala de aula, freqüências e provas, deixando de ser aprendizagem, estÃmulo à pesquisa cientÃfica. Ainda é o sentar, copiar, re-copiar.... Não passando por uma transformação. Repete-se aquilo que falou Piaget, admira-se o que escreveu Paulo Freire, mas não se estimula o algo novo em cada aluno. Piaget e Paulo Freire buscaram algo novo. Foram audazes naquilo que pensavam; por isto temos suas obras. Mas isto não pode ser somente algo para ser repetido, senão conhecido e estimulado a algo mais: uma busca a mais em cada tese. As universidades, apesar das novas diretrizes, não são audaciosas, ainda continuam no velho sistema do continuar. O medo da mudança que gera a "insegurança" do "novo" é emperrado pelos "status quo" dos cargos elitizados (diplomados), estimulando "um pouco da pesquisa", mas nada além daquilo que desejam os "senhores de pesquisas". Nossas instituições de ensino superiores tornaram-se "fabricas de conhecimento" mercantilizado, onde a razão do ser é mercadológica. Os diplomas são, em muitos casos, uns pontos para um patamar a mais ou alguns reais a mais na carreira ou ainda, em casos de insegurança de empregos. A educação deveria ser um bem público, de fato e não em leis ou estatÃsticas! "Ter diploma, nem de longe, é o mais importante". Manter o diploma, sobretudo saber renova-lo permanentemente é o que mais é mais importante. O ensino deve ter como uns de seus objetivos produzirem a biodiversidade, enquanto ainda vivemos num mundo acadêmico e cientÃfico unÃssono, gerando grupos procurando vantagens sobre os outros. Nossas universidades esqueceram de que a vida é mutante. E tudo o que "continua" idêntica, caduca e morre. "Evoluir é aprender, fazer história é aprender." (Demo, 2002) Provocar a inteligência é o meio mais eficaz de se fazer ensino! "Enquanto o Primeiro mundo pesquisa, o Terceiro Mundo dá aula!" (Demo, pers.2005) Ainda vivemos muito do escolástico, deixando de provocar o pensar crÃtico-socrático. Por isto enquanto o ensino no Brasil estiver garroteado pelo mercado, viveremos esta educação elitista, que faz de conta que é pública (ao alcance de todos). E retorno como afirmativa a interrogação que fiz na última aula: "A mão de obra determina a educação no Brasil em oposição ao saber verdadeiramente cientÃfico ou mesmo como evolução da humanidade". Por isto todas as leis que tentam normalizar ou adequar o ensino no Brasil são "incompreensÃveis" ou "entendÃveis" ou mesmo de dificÃlimo entendimento. Vá se entender um orçamento federal para 2010 que prevê para a educação um aumento de 0,3% PIB, (entenda melhor no art. "Lula promete priorizar a educação. Como e quanto?" Frei Beto). O Brasil investe hoje em educação 4,3% PIB; O investimento é insignificante, pÃfio. Concluo esta reflexão: com esta nova era cibernética, o estilo socrático - provocador de pensamentos e idéias - levará os alunos para um questionamento maior obrigando os estabelecimentos de ensino a reverem seus posicionamentos e pedagogias. As informações se tornaram públicas, levando as pessoas a uma maior exigência e qualidade de vida: pensar para ser e ser para pensar cientificamente.. São muitos os motivos e diagnósticos sociais para responder tal questionamento. Mas a exigência de um aprendizado socrático e crÃtico se fazem mister. Num mundo globalizado não se encaixa um ensino simplesmente regionalizado, á parte das exigências do método cientÃfico. O que posso afirmar é que uma maioria dos profissionais graduados ou pós-graduados são "instrutores", sem o saber pensar e criar, Onde não satisfaz a um apelo da sociedade cientÃfica industrializada que já deixou de ser rudimentar. |
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