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Gestão Acadêmica e Gestão Administrativa das IES´s PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Decio Correa Lima   
Qua, 05 de Setembro de 2007 21:00
Gestão Acadêmica e Gestão Administrativa das IES´s
Décio Corrêa Lima*

A primeira condição para a gestão de excelência de cursos e programas no nível superior de ensino reside nas boas relações entre mantenedora e mantida. Quanto mais profissionalmente estas relações se dão, menores os riscos de intercorrências, maiores as garantias de sucesso.

A concessão de autonomia da hegemonia à direção acadêmica, ou sua abstinência às interferências na gestão acadêmica pressupõe, entretanto, uma contra-partida da concedida em termos de capacidade técnico-pedagógica e responsabilidade com resultados financeiros e de imagem institucional.

Projetos pedagógicos têm reflexos diretos na saúde financeira da instituições de ensino superior particular e na qualidade dos cursos de oferta, construí-los e administra-los demanda sensibilidade e habilidade da sua coordenação. Projetos criativos, flexíveis, modernos que apropriam todas as oportunidades da legislação educacional determinam a manutenção e o desenvolvimento da instituição porque terminam por lhe conceder uma grife que o mercado vai valorizar do ponto de vista de formação novas turmas.

O currículo, parte do projeto pedagógico, representa de modo sintético e estático as intenções dos seus autores; por ele se pode avaliar atributos de quantidade, tempestividade, horizontalidade e verticalidade das matérias, disciplinas e atividades complementares e extra-classe, nele arranjadas; e mesmo se nele contiver bibliografias, metodologias, avaliações e materiais didáticos disponibilizados, não há como esclarecer seu grau de adequação contextual, seus valores éticos e o modus operandi adotado pela sua coordenação, parte dinâmica e pilares da excelência educacional.

Do currículo contextualizado, dos valores éticos distribuídos pelos professores e da ação coordenadora sábia e efetiva, decorrem os sucessos, dos alunos, nas avaliações oficiais, dos egressos, nas organizações, como empregados ou empreendedores, do curso, na comprovação de sua qualidade e da instituição, junto ao público, em mercado competitivo.

O coordenador relaciona-se, obrigatória e concomitantemente, com vários públicos e junto deles deve demonstrar distintos modelos de competências e habilidades: com a hegemonia para convencimento de propostas, com professores para construção e condução de projeto pedagógico, com alunos para entusiasmá-los a prosseguir seus estudos, com técnicos administrativos para angariar suporte às suas atividades, com as autoridades educacionais para respaldar legal, administrativa e pedagogicamente seu projeto, com as pessoas em geral para justificar a escola como aparelho social relevante na sua comunidade de inserção.

Coordenadores com visão completa do processo são detentores de múltiplos olhares, para dentro e para fora, administrativos e acadêmicos, são corajosos, vêm o curso como produto e o aluno como cliente, lêem a lei e criativamente adotam modelos alternativos mais econômicos e eficazes e sabem construir e administrar o modelo criado. Vivem de olho na concorrência, estão sempre alertas e prontos para mudanças o ou correções no modelo.

Interna e academicamente, bons coordenadores são atuais e atuantes, desenham para o egresso perfil profissional de acordo com a pedagogia atual; valorizam suas propostas, invariavelmente, com o Plano Pedagógico Institucional - PPI, documento onde se inscreve a missão da instituição; desdobram os cursos com métodos e meios tradicionais e inovadores, apropriam novas técnicas e tecnologias e não se limitam às diretrizes para eles, mas, as extrapola e as inova.

Ressaltam e cobram do corpo docente o exercício ético do magistério, lembrando-lhes a presença no horário contratado, o cumprimento de prazos estabelecidos, a atenção com o nível de participação, o agir como ensinam a agir, tudo com e para o aluno, lembrando-lhes sempre que independentemente dos conhecimentos e das tecnologias que transmitem, o curso é, prioritariamente, de formação da pessoas.

Com o aluno a coordenação pratica atenção cotidiana permanente, estimula sua participação na administração do curso e nos órgãos colegiados institucionais e preocupa-se com a carga de trabalho que lhe é exigida, de sorte a tê-la sobre controle para não promover fadiga, tristeza e evasão.

A produção de cursos excelentes, rentáveis sob todos os pontos de vista, repousa nestes procedimentos administrativos básicos e nessas ações pedagógicas mandatórias, que só se realiza quando se encontram hegemonias esclarecidas com autonomias capazes e responsáveis, promovendo um verdadeiro círculo virtuoso, onde não sobra espaço para as nefastas intercorrências entre o administrativo e o acadêmico.


Décio Corrêa Lima
Mantenedor da Faculdade de Iporá - FAI
Mantenedor da Faculdade de Inhumas - FACMAIS


 

Autor deste artigo: Decio Correa Lima - participante desde Seg, 30 de Julho de 2007.

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