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Edições Anteriores 164 A pesquisa como espaço de aprendizagem para a formação do aluno-pesquisador
A pesquisa como espaço de aprendizagem para a formação do aluno-pesquisador PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Junior Cesar Oliveira Borges   
Ter, 01 de Julho de 2008 21:00
BORGES, Júnior César Oliveira1


Resumo: Este artigo científico tem por objetivo, mostrar os diferentes aspectos pelos quais a pesquisa científica favorecerá no desenvolvimento educacional do aluno. Quando se fala em pesquisa científica, é preciso lembrar alguns fatores da importância de fazê-la presente na sociedade e nas escolas. Através dela é possível a constituição de uma cultura geral de trabalho em que se combine a transmissão de conhecimentos dominados com a construção de novos saberes e com a possibilidade de utilização dessas informações na comunidade. A aprendizagem por meio da pesquisa coloca o aluno no papel de pesquisador e produtor de novos conhecimentos proporcionando uma aprendizagem dotada de finalidade e significado.

Palavras chaves: Pesquisa, ciência, mudança, instrução, tecnologia.


The research as space of learning
for the formation of student-researcher


Abstract: This scientific article has for objective, to show to the different aspects for which the scientific research will favor in the educational development of the pupil. When if it speaks in scientific research, she is necessary to remember some factors of the importance to make it present in the society and the schools. Through it the constitution of a general culture of work is possible where if it combines the transmission of knowledge dominated with the construction of new knowing and with the possibility of use of these information in the community. The learning by means of the research places the pupil in the paper of researcher and producer of new knowledge providing a learning endowed with purpose and meaning.

Key words: Research, science, change, instruction, technology.


1. INTRODUÇÃO



"Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação." (Perrenoud 2001:125)

Nos dias atuais, constantes são as novas descobertas nas Ciências Humanas e Sociais, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Tecnológicas e também nas Ciências da Educação. Esta última é a responsável pelo desempenho e crescimento da população, seja em conhecimento ou economicamente. A Educação é o alicerce da vida, e por isso deve ser desempenhada e trabalhada de forma concisa e inerente à realidade social. É ela quem busca novos caminhos, novas soluções, novas idéias e principalmente forma as pessoas para o crescimento. Nestes aspectos, deve-se valorizá-la, aperfeiçoando-a às novas tecnologias do mundo global, no incentivo da busca de pessoas que saibam desvendar assuntos obscuros através de algo muito importante: a pesquisa.

2. PESQUISA CIENTÍFICA: O CAMINHO PARA O APRENDIZADO

Quando se fala em pesquisa científica, é preciso lembrar alguns fatores da importância de fazê-la presente na sociedade e nas escolas. Através dela é possível a constituição de uma cultura geral de trabalho em que se combine a transmissão de conhecimentos dominados com a construção de novos saberes. Através dela é possível ainda constituir a combinação entre o ensinamento dos professores e o aprendizado dos alunos na construção do conhecimento, com a necessidade de exercício e aplicação dos saberes apresentada pelos alunos-pesquisadores e com a possibilidade de utilização dessas informações na comunidade.
É indubitavelmente importante ressaltar que a pesquisa forma o aluno para o busca de novos conhecimentos. Seria bom que o orientador dessa pesquisa incentivasse o aluno a enfrentar os seus próprios medos, em assuntos que o estudante não conhecesse, assim, ele faria uma pesquisa aprofundada e logo após sua conclusão teria adquirido todo o conhecimento necessário que antes não tinha, abrindo caminhos para novas descobertas.
Para a formação do aluno-pesquisador é necessário ter orientadores que realmente saibam proporcionar a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa científica ao aluno orientado, e que saiba ainda estimular o desenvolvimento do pensar de modo científico e criativo nos alunos, em decorrência de condições criadas e confrontadas diretamente com os problemas de pesquisa, contribuindo ainda para diminuição das disparidades regionais na distribuição da competência científica no país.
"Uma coisa é o artefato tecnológico: o computador, o vídeo, etc. A outra é o pensamento tecnológico, que requer o artefato, mas existe de modo independente. O pensamento tecnológico é a capacidade de pensar um problema, delineá-lo, armar um projeto para resolvê-lo, buscar os materiais necessários e conseguir solucioná-lo. O fundamental no sistema educativo é desenvolver o pensamento tecnológico, para aplicar o conhecimento na prática.
Inês Aguerrondo, socióloga, em entrevista à revista Nova Escola, março 2004)

A professora socióloga Inês Aguerrondo, defende as novas tecnologias como princípios básicos para uma educação sólida e compromissada com o saber dos alunos. O aluno-pesquisador deve, no entanto, estar usufruindo de tais tecnologias, pois em suas pesquisas estará utilizando praticamente todas elas, seja na Internet ou na TV, não podendo esquecer que o mundo modernizou-se.
2001, século XXI, é preciso que saibamos que o mundo evoluiu, o século XX ficou pra traz, já estamos no 3º milênio. As tecnologias crescem, a ciência se aperfeiçoa, o pesquisador busca novos caminhos (...)
Francisca Machado, Doutora e professora da USP, em entrevista à TV Cultura em 2005.

Já foi testado e comprovado que não basta instalar máquinas potentes nas escolas, se não for estimulada nos educadores a paixão por aprender e ensinar com as novas tecnologias. Para tanto, o ambiente de aprendizagem deverá ser interativo, possibilitando ao aluno aprender a encontrar as respostas necessárias ao seu aprendizado. A escola que se baseia em memorização e transmissão de conhecimentos definitivamente cedeu espaço àquela que se baseia no papel ativo de quem aprende e de quem ensina, da que se baseia no desenvolvimento das capacidades cognitivas de interpretação, julgamento e decisão. Para desenvolvê-las, o professor deverá assumir seu papel de mediador, de articulador no processo de construção do conhecimento de seus alunos, um propositor de territórios a serem desbravados em conjunto, disponibilizando a condição de co-autoria e o estabelecimento de múltiplas conexões. Cabe a ele mais uma vez, procurar mostrar que a pesquisa é importante para o seu auto-conhecimento e não um simples artefato ao qual depois se ganha nome, talvez por uma nova descoberta em determinada área. O aluno ao fazer sua pesquisa, passa a se conhecer melhor, e busca sua própria aprendizagem, estando sempre pronto para, muito mais do que responder rapidamente às questões propostas, buscar onde elas estão.
O aluno pesquisador não deve seguir normas, ele é o responsável pelas análises oriundas das diversas áreas a serem trabalhadas. Deve unicamente saber compartilhar suas idéias com o seu orientador. Na pesquisa nada se sabe, tudo se aprende.
Alberto Dolores(2002:12)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O aluno-pesquisador deve seguir vários aspectos, entre eles a adequação à linha de pesquisa e metodologia. Deve ainda ter originalidade e inovação, tendo relevância para o desenvolvimento científico e tecnológico do País, sempre com suas considerações éticas. O mesmo deve ter a devida articulação para a formação de recursos humanos nos diversos níveis e ainda saber contribuir para a superação das disparidades regionais.
Em suma, a aprendizagem por meio da pesquisa coloca o aluno no papel de pesquisador e produtor de novos conhecimentos proporcionando uma aprendizagem dotada de finalidade e significado. É preciso que tal idéia se espalhe, proporcionando aos estudantes do primário ao stricto sensu novas possibilidades de conhecimento e aprendizado. Educar para a liberdade, a autonomia e responsabilidade, sabendo analisar situações complexas com raciocínio lógico e reflexão crítica, onde tudo isso deve fazer parte dos objetivos gerais do aluno-pesquisador, assim como o desenvolvimento de consciência permeada por valores éticos, humanísticos e tecnológicos.

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1 Formando no Curso de Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Quirinópolis, Extensão Caçu, e se especializando em Língua Portuguesa pelo Instituto Prominas.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992.
2. EDUCAÇÃO & REALIDADE. Porto Alegre: UFRGS/FACED, 1975-
3. OTT, Margot Bertolucci. Tendências Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1983.
4. ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM
5. PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola, Artmed, SP, 2001.
6. SILVA, Marco. Sala de aula interativa, Quartet, RJ, 2001.
7. AGARRAMPO, Inês. Entrevista na revista Nova Escola, março de 2004.
8. MACHADO, Francisca. Em entrevista à TV Cultura em 2005.
9. DOLORES, Alberto. A pesquisa e sua fundamentação teórica. 2 ed. Ática. São Paulo - SP, 2002.





 

Autor deste artigo: Junior Cesar Oliveira Borges - participante desde Qua, 28 de Maio de 2008.

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