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Edições Anteriores 14 A Exclusão Matemática
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Escrito por Hélio Rosetti Jr   
Qua, 19 de Maio de 2004 21:00

Ensinar os fundamentos de matemática tem sido um desafio para o sistema educacional brasileiro. Historicamente, os resultados de desenvolvimento dos alunos têm sido medíocres, com elevadas taxas de reprovação e retenção, por conta das enormes barreiras de aproveitamento enfrentadas pelos estudantes.

Uma análise comparativa do INEP ( Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), feita com os dados de 2001 do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), trouxe a público conclusões acerca da extrema dificuldade de aprendizagem em matemática nas escolas brasileiras.

Os resultados do estudo do INEP intitulado "Qualidade da educação: uma nova leitura do desempenho dos estudantes da 8ª série do ensino fundamental", divulgado em dezembro/03, mostra que na disciplina Matemática a maior parte dos alunos que concluem o Ensino Fundamental no Brasil (51,71%) está no estágio crítico de aprendizagem, e somente 2,65% se posicionam no estágio adequado de conhecimentos matemáticos.

Conforme o INEP, adicionando os percentuais dos estágios muito críticos, crítico e intermediário de aprendizagem, pode-se concluir que 97,21% dos discentes de 8ª série não conseguiram alcançar o patamar adequado de conhecimentos, estando, dessa forma, muito aquém do que é exigido para a 8ª série. Esse conjunto de estudantes não interpreta e nem soluciona questões de forma competente e, assim, não utilizam corretamente a linguagem matemática. Isso equivale a dizer que a grande a maioria apresenta poucas habilidades elementares de interpretação de problemas, não conseguindo ultrapassar o que está sendo requerido numa questão matemática para uma linguagem mais específica.

Alguns fatores influenciam significativamente no desempenho dos alunos, de acordo com o INEP. O trabalho infantil é um desses fatores: pesquisa efetuada com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1998 mostrou que jovens na faixa etária de 10 a 14 anos que trabalham apresentam um desenvolvimento escolar 0,6 ano inferior em comparação com os que não trabalham. Outro fator influente é a escolaridade e remuneração dos professores: os estudos indicam que quanto maior a escolaridade do professor e maior a remuneração, maior é a média alcançada pelos alunos em Matemática. Esse acréscimo da média dos alunos é maior para professores licenciados em Matemática.

A Matemática não pode continuar sendo um vetor de exclusão do sistema escolar brasileiro, num mundo informatizado em que as linguagens nos veículos de informação são carregadas de signos lógicos quantitativos. Incluir os estudantes brasileiros no mundo da matemática significa inserir nossa população no ambiente numérico da comunicação contemporânea.


 
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