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Edições Anteriores 17 Matemática e a cidadania
Matemática e a cidadania PDF Imprimir E-mail
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Escrito por José Augusto de Almeida Sant'Ana   
Qua, 09 de Junho de 2004 21:00

No dia a dia, os cidadãos exercem várias tarefas tais como: avaliação de imóveis, pagamento de impostos, discernimento entre as melhores e piores opções na compra ou venda de algum bem. Diante de tais fatos, normalmente fazem cálculos, muitos cálculos, ou se não os fazem, geralmente dependem de alguém que os faça. Muitas vezes esses cálculos são feitos com conhecimento de matemática básica, aquela que fora vista no ensino fundamental e médio.

É muito comum se estar diante de uma loja interessado por algo, mas o dinheiro que se tem não permite a compra à vista, e neste caso, busca-se optar pela compra com pagamento parcelado. Algumas vezes essa compra é programada com avaliação matemática e tudo. Outras vezes não há nenhuma programação. A compra é realizada baseado naquilo que se pode pagar de prestação sem nenhuma análise matemática que visa determinar se o que está sendo pago é o justo ou não.

Por muitas vezes em sala de aula, ouvi alunos falarem: "matemática sempre foi a pior matéria para mim", "não entra na minha cabeça essa matéria", "sempre busquei fazer cursos que não tivesse matemática", "não sei pra que estudar isso, pois nunca usei isso em minha vida", "detesto matemática", "mil ou um bilhão não importa, o que importa é que eu resolva o problema", "o que está multiplicando de um dos lados da igualdade passa para o outro lado dividindo", "o que está somando passa para o outro lado subtraindo", "eu não viajo mais para os EUA, tenho medo de terroristas" e etc. O teor das frases citadas, mostra o quão o analfabetismo em matemática pode agir de forma desastrosa sobre o cidadão. Caminhando pelos supermercados já se ouviu dizer que um aumento de 20% seguido de outro aumento de 30% corresponde a 50% de aumento. Muitos adultos, incluindo os profissionais altamente educados, não têm nenhuma idéia de como é grande um bilhão ou de quanto é pequena a chance de se encontrar um terrorista num determinado país tal como os EUA ou até mesmo um país da Europa ocidental. O não conhecimento ferramental da matemática básica impede de certa forma, a ação racional de cada pessoa.

Vê-se nas vitrines no comércio e até mesmo nas web(s) de lojas de grande porte, placas com dizeres: "Tudo em 6 vezes sem juros". A falta de conhecimento matemático pode conduzir às pessoas acreditarem nessa real possibilidade. Nenhum dos conceitos utilizados em finanças é mais importante do que o valor do dinheiro no tempo. Um real disponível hoje vale mais do que um real disponível amanhã, porque, estando disponível hoje, pode ser investido e começar imediatamente a render juros.

Os conceitos básicos da matemática fazem a diferença na hora do cálculo financeiro, pois permite justificar as decisões financeiras no dia a dia da vida do cidadão. As ciências matemáticas constituem instrumentos de grande importância na formação de cada cidadão. Testes estatísticos e intervalos de confianças, independência ou dependência entre variáveis, princípio multiplicativo, a arte de fazer estimativas, planejamento de experimentos, a lógica e análise financeira não são mais apenas para matemáticos, pois faz parte da vida de cada um enquanto cidadãos.

 
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