BULLYING COMO FATOR DE EVASÃO UNIVERSITÁRIA: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DA REGIÃO CENTRO-OESTE Imprimir
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Escrito por GISLAYNE DA SILVA GOULART   
Sex, 01 de Março de 2013 00:00

A evasão é um fenômeno complexo presente no Sistema Educacional, comum às Instituições Universitárias públicas e privadas, é imperativo a necessidade de conhecer suas causas para possibilitar a criação de estratégias de prevenção. Para tanto, o bullying entendido como maltratos entre iguais gera aspectos negativo no ciclo de atividades de um indivíduo ou grupo é uma possível causa da evasão e, como tal, deve ser investigado. A pesquisa adota por objetivo identificar na percepção dos alunos de uma universidade (IES) federal da região Centro-Oeste a taxa de ocorrência do bullying nesse âmbito e se ele é um dos fatores responsáveis pela evasão universitária. Mas especificamente a) Delinear os conceitos e classificações do bullying; b) Verificar qual a percepção dos alunos em relação às ações de bullying no âmbito dessa IES; c) Analisar através da comparação entre as teorias sobre bullying e os dados coletados, a taxa de ocorrência do bullying e se existe uma co-relação com a evasão na IES. Para o efeito tomou-se em consideração uma amostra por conveniência de n= 107 alunos matriculados nos últimos anos nos 3 cursos ofertados na IES investigada. Sendo desenvolvida uma pesquisa de natureza exploratória, caracterizada por uma análise descritiva dos dados. Da análise da totalidade dos dados apurados, constata-se que o bullying é percebido por 83,18% dos respondentes. E 7,01% dos respondentes concordam totalmente que esse fenômeno foi o fator/motivo da evasão de alguns alunos da IES. Assim, pode-se afirmar a existência de bullying no âmbito universitário. E que esse fenômeno é um fator/motivo que leva os alunos a se evadirem dos seus respectivos cursos no local da pesquisa.



Palavras-Chave: bullying universitário, ensino superior, violência.

INTRODUÇÃO


A convivência humana é um imperativo do ser humano social em busca do seu crescimento e desenvolvimento, todavia, existem fatores inibidores e complicadores nas relações interpessoais e nos sistemas compositivos da sociedade, seja na religião, na política, na saúde, na educação, etc. Neste último, que é o foco de estudo, passa a perceber que a educação, principalmente, no ensino superior ou universitário recebe inúmeros elementos de obstáculo, seja o acesso, a violência, o desrespeito e, sobretudo, o abandono ou a evasão universitária que rompe e impede a continuidade dos estudos e do desenvolvimento do ser humano.

A evasão consiste em um fenômeno complexo presente no Sistema Educacional. Diversos estudos apontam sua existência no ensino superior (RISTOFF, 1999; SILVA FILHO et. al., 2007; TIGRINHO, 2008; BAGGI, 2010; PACHECO, 2010; REINERT et. al., 2010) motivo pelo qual é relevante descobri os possíveis fatores/motivos desse fenômeno que causa danos ao desenvolvimento de uma sociedade.

O bullying será investigado como sendo um desses possíveis fatores/motivos de evasão, pois muitos estudos já realizados demonstram que este é um problema que ocorre em todas as escolas, em todos os níveis de ensino, área geográfica ou demográfica” (FREIRE et. al., 2006). O que leva a acreditar que esse fenômeno pode estar ocorrendo no âmbito universitário e essa ocorrência proporcionar a evasão dos envolvidos.

Justifica-se, assim, a importância de saber se ocorre bullying na unidade, devido o mesmo desestruturar o bem-estar psicossocial dos envolvidos, o que leva ao baixo desempenho escolar dos envolvidos e ou até o seu desligamento do curso. E segundo diferentes estudos o bullying pode ser gerido institucionalmente, colaborando para o melhoramento dos indicadores de bem-estar psicossocial e emocional dos personagens em contexto educacional formal (ALMEIDA e DEL BARRIO, 2002; FANTE, 2005; MARTINS, 2005; AVILÉS, 2006).

Sendo o problema da pesquisa: Qual a taxa de ocorrência do bullying na IES? Essa ocorrência influência na evasão universitária?

Nesse sentido, defini-se como objetivo geral: identificar na percepção dos alunos de uma IES federal da região Centro-Oeste sobre a taxa de ocorrência do bullying nesse âmbito e se ele é um dos fatores responsável pela evasão universitária. E específicos: a) Delinear os conceitos e classificações do bullying; b) Verificar qual a percepção dos alunos dessa IES em relação às ações de bullying este âmbito; c) Analisar através da comparação entre as teorias sobre bullying e os dados coletados, a taxa de ocorrência do bullying e se existe uma co-relação com a evasão na IES investigada.



Evasão Universitária

O fenômeno da evasão assume uma pluralidade de adjetivos indicadores de espaço geográfico de ocorrências. O que obriga a partir de um ponto de referência para o conhecimento temático.

A primeira ideia se volta para a escola, na qual se tem o conceito de Natalícia Pachaco de Lacerda Gaiosa, indicando que a evasão escolar foca de modo genérico, ser ela um fenômeno social que incide em todo e qualquer ciclo que seja interrompido, ou seja, a evasão escolar é tratada como um fenômeno social e definida como interrupção no ciclo de estudos (GAIOSO, 2005).

Reafirma-se que o conceito de evasão ocasiona a interrupção do ciclo de aprendizagem, em qualquer nível e situação dentro do âmbito escolar.

Por outro lado, têm-se as palavras de Luci Frare Kira no qual direciona sua visão que remete ao conceito de evasão escolar como sendo “um campo complexo que abrange questões pedagógicas, históricas, políticas, econômicas, sociais e psicológicas, entre outras.” (KIRA, 1998).

Diante desta visão, confirma-se a complexidade conceitual, bem como o imperativo de conectar elementos e questões outras, na indicação da autora, o que se pode inclusive, vislumbrar o problema do bullying neste contexto.

A evasão quando tratada no âmbito do ensino superior, segundo Ristoff (1999) pode ser considerada entre outros tipos “por curso”, sendo quando ocorre mobilidade do indivíduo para outro curso ou o mesmo, mas em outra instituição. Isso pode ocorrer por diversos fatores/motivos positivos e negativos, tendo como finalidade da mobilidade a busca pelo sucesso e/ou da felicidade. Biazus (2004) complementa que é à saída temporária ou definitiva do aluno de seu curso ou da instituição, por motivo qualquer, exceto a diplomação.

Em relação ao direcionamento adotado pela qualificação da evasão universitária, pontuou-se ser esta uma evasão ainda mais específica e distinta, qual seja a evasão universitária por curso. Tendo as possibilidades de evasão institucional, evasão do ciclo de estudo, evasão de disciplina, evasão por reprovação, nota, trancamento, desistência, repetência e outros motivos. Tais concepções de evasão podem ser de âmbito de natureza tipológica ou de causas ou consequências.

Firma-se que, para fins desta pesquisa, o foco ou perspectiva conceitual de evasão será a da “evasão universitária por curso” o que se conceitua como sendo, inclusa, na concepção de evasão universitária por curso a troca do mesmo. Caracterizando como evasão o fato do aluno ter saído do curso, sem renovação de sua matrícula.

Ao optar por evasão por curso é possível se embasar em dados oficiais apontados no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. O INEP apresenta dados do cenário brasileiro da quantidade de entrantes e concluintes por ano as instituições de ensino superior. Viabilizando a comparação da quantidade de entrantes e concluintes por ano das instituições federais (TIGRINHO, 2008), nessa pesquisa foi considerado o recorte de 2007 a 2010.

Com os dados do INEP (2011), pode-se perceber que a quantidade de cursos nas instituições federais de ensino está aumentando gradativamente, o mesmo ocorre com a quantidade de matricula, o que corrobora com os estudos de Tigrinho (2008). Se comparado a nível Brasil, centro-oeste e a IES pode-se confirmar que a tendência do aumento esta ocorrendo nos três patamares, ou seja, nacional, regional e institucional (Brasil – Centro-Oeste – IES).

Embasado nos dados do INEP (2011), pode-se simular que em média os cursos possuem quatro anos de duração, assim, o número de matriculas apontadas em 2007 como os entrantes, e considerar que correspondem ao número referente aos concluintes de 2010. O que revela uma disparidade nos dados apresentados. Pois a nível Brasil em 2007 ocorreram 615.542 matriculas e em 2010 concluíram 93.442; no Centro-oeste foram 64.526 matriculas em 2007 e 9.836 concluintes em 2010; e na IES em 2007 ocorreram 12.326 matriculados e em 2010 concluíram 1.506.

Conclui-se nessa hipótese os indicadores médios de evasão por curso a nível Brasil é de 84,82%; no Centro-Oeste um percentual de 84,76%; e na IES como tendo os índices de 87,78%, dos alunos que se evadiram dos seus cursos. Sem considerar nessa hipótese que alguns dos matriculados em 2007 podem ter ficado atrasados no ciclo e que concluintes de 2010 podem ser alunos que ultrapassaram o tempo ideal de formação por motivos diversos.

Revela-se, com isto, uma taxa de evasão significante nos três níveis o que confirma a necessidade de se investigar quais fatores contribuem para esses resultados negativos.

Assim, definido a evasão universitária por curso, deste o seu comparativo nacional e local, se situa em uma zona de conforto para refletir se dentro da concepção da evasão universitária o bullying pode ou não ser apresentado como uma de suas causas. O que demonstra a relevância e significância da pesquisa.


Bullying

Entender as causas de evasão universitária por curso, no qual se pode indicar o bullying neste contexto, implica antes, expor o próprio conceito de bullying e suas características, para que, com isto, sejam tomadas como referências teóricas, e por sua vez sejam aplicadas na análise e discussão da pesquisa e dados empírica obtidos dos questionários aplicados. Desta forma, iniciar pelo conceito ou caracterização do bullying é de suma importância.

Entende Marra (2007), que bullying é um cenário de violência que envolve mais de dois indivíduos. Tendo como configuração do mesmo o uso de palavras, gestos, zombaria e outras formas ofensivas, desde que esta se apresente de maneira repetitiva e ocasionando tensão e dor a uma das partes envolvidas.

Desta visão, destaca-se como sendo bullying ações repetitivas cuja finalidade seja ocasionar tensão e dor por meio de ofensas de palavras, gestos e zombarias. Todavia, o conceito se apresenta aberto com indicação de atitudes focadas em uma polaridade, percebendo-se que o fenômeno se projeta em um círculo, o que indica ter mais elementos e sujeitos partícipes do bullying.

Ainda, pode ser considerado também ações cíclicas, violentas e intencionais que proporcionem aflição, dor e sofrimento que aconteça sem razão aparente e entre semelhantes como sendo características desse fenômeno. As ações de bullying na sua maioria se mascaram como brincadeiras, mas com desígnio de humilhar, maltratar e inferiorizar o próximo (FANTE, 2005).

O bullying é considerado, portanto, um fenômeno de violência em expansão que prejudica o ciclo de atividades de um indivíduo ou grupo. Tendo como personagens o/s Autor/es, Alvo/s, testemunha/s, cujo o/s Autor/es tem sobre o/s Alvo/s a consciência de seu desejo em provocar agressões verbais, físicas e psicológicas, cujo Alvo é a parte mais frágil figurando como objeto de diversão (FANTE e PEDRA, 2008).

Segundo Fante (2005), existem três personagens que compõe esse cenário de violência:

a)      Autor – tem caráter violento, almeja ser popular e poderoso, gosta de ultrajar, bater e humilhar;

b)       Alvo – possui personalidade minguada, podendo ser classificado em três categorias: alvo-típico é o indivíduo que não reage e sofre calado toda a agressão; Alvo-provocador é inoportuno, inconveniente, causa tumulto e cria o cenário para o seu próprio sofrimento, pois não consegue controlar a situação e acaba se tornando o Alvo; e o Alvo-autor, inicialmente é o alvo das ações de bullying, mas em um momento posterior se transforma em autor sobre indivíduos considerados mais frágeis que ele, de modo geral esse personagem pratica o bullying como forma de compensar tudo o que sofreu;

c)      Testemunhas/espectadores – em geral omitem e mantêm a imparcialidade em relação a esse fenômeno, por dois motivos: serem a favor das atitudes do autor ou receio de se tornarem futuros Alvos.

O sistema do ciclo proposto acima deve ser compatibilizado com a noção ou sua pluralização, pois, os personagens, em sentido geral, podem ser visto na atuação por si, como no caso do Alvo ou ter sua duplicidade ou pluralidade.

Por outro lado, percebe-se que pode ser citado um quarto personagem visto como Responsável, possui este a missão de controlar a situação, é ele que deve conscientizar e prevenir a não formação do bullying em sua área de atuação, independente do local, sendo considerado o local de origem da responsabilidade, tendo como ações inibidoras, sob pena de omissão na atuação. Desta forma, o Responsável assume contornos distintos, nas instituições de ensino o Responsável é o direto/gestor e, no lar, seriam os pais ou responsáveis.

Dos personagens citados, podem-se visualizar as formas de sua classificação, ofertados pelos doutrinadores, possibilitando uma identificação do fenômeno do bullying de modo a facilitar a análise e discussão nos dados coletados na pesquisa empírica dos cursos dessa IES.

Os atos de bullying podem ser classificados em grupos de semelhanças das ações praticadas pelos Autor/es do bullying (SILVA, 2010; MONKS & COYNE, 2011; LOPES NETO, 2011). Em uma perspectiva verbal, típica caracterizadora de ações, podendo ter a seguinte classificação e seus respectivos verbos de ação:

a)      Físicos e materiais – agredir, violentar, apertar, bater, chutar, socar, cuspir, ferir, derrubar, empurrar, beliscar, causar dor, pegar ou roubar ou furtar ou danificar ou destroçar materiais do alvo;

b)      Verbais – apelidar, xingar, zoar, provocar, chacotear, ofender, debochar, gozar, falar mal, insultar, difamar, injuriar, caluniar;

c)      Psicológicos e Moraishumilhar, descriminar, chantagear, sacanear, aterrorizar, dar um gelo, oprimir, amendrontar, fazer sofrer, intimidar, perseguir, dominar, constranger, angustiar, ridicularizar;

d)     Exclusão socialtirar o direito de inclusão do alvo em grupos sociais, ignorar, discriminar, isolar de forma direta ou indireta quando o autor espalha boatos negativos sobre o alvo, incentivando, assim, as demais pessoas a também o excluí-lo;

e)      Cyberbullying ou virtual considerado um desdobramento do bullying verbal, onde o autor aproveita da tecnologia para difamar, infernizar, discriminar, sacanear e zoar o alvo;

f)       Sexualabusar, assediar, insinuar e simular o ato.

Portanto, nota-se que o rol de verbos acima, é acrescido e estabelecido ou previstos em legislações locais, regionais e os projetos de lei de âmbito nacional.

Assim, a noção e identificação do bullying se fazem por meio de suas características, não só auxilia no reconhecimento, mas, permite uma compreensão cíclica, de seus personagens envolvidos diretamente, como também, indiretamente, no caso dos Responsáveis. O que firma ser o bullying atos de violência entre pares de forma cíclica e manifesta por verbos e preceitos legais.

Do presente referencial teórico posto, passa-se a descrever a metodologia utilizada na pesquisa.


METODOLOGIA


A pesquisa realizada possui natureza exploratória (GIL, 2002), visto que não foram encontradas pesquisas relacionadas à percepção dos alunos sobre a taxa de ocorrência do bullying nos cursos ofertados na IES em questão, bem como o bullying ser um possível fator de evasão universitária propriamente dita.

Apesar de ser uma pesquisa de natureza exploratória é caracterizada como uma pesquisa descritiva, devido uns dos seus objetivos serem analisar e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-lo, possibilitando, assim, conhecer a natureza e as características do objeto de estudo (GIL, 2002; CERVO & BERVIAN, 2006).

A população focalizada é composta por 196 alunos que estão matriculados em 2012 no último ano dos cursos de graduação em Administração (diurno e noturno), Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e Ciências Econômicas, segundo dados informados pela secretaria da IES.

Porém, a aplicação dos questionários foi por conveniência, sendo realizado com os alunos presentes em sala de aula no período da coleta de dados, totalizando 123 respondentes. Todavia, do total da amostra, filtrou-se por validação aqueles que responderam por integralização e observando os padrões de respostas em seus locais devidos, ou não respondeu questões chaves, o que se projetou para o indicador de 107 questionários válidos.

Desta forma, para conhecer a percepção dos alunos foram aplicados um questionário formal composto por questões abertas e fechadas. Sendo utilizadas para os resultados de análise e discussão, nesta pesquisa as questões de número 19 e 21, por ter afinidade temática aos propósitos da investigação. Questões essas que foram embasadas em partes nos projetos de Lei nº 5.369/09 e nº 6.481/09, que se refere às ações que podem representar o ato de bullying.

Foram apresentados aos respondentes, portanto, verbos que caracterizam em sua ocorrência repetitiva ações de bullying. São eles: constranger; intimidar; agredir; causar dor; angustiar; humilhar; promover a exclusão de aluno do grupo social; injuriar, difamar ou caluniar; subtrair coisa alheia para humilhar; perseguir; discriminar; amedrontar; destroçar pertences; instigar ou praticar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos e ambientes virtuais; apelidar; e zoar.

Sendo feito na análise dos resultados o agrupamento desses verbos conforme a classificação do fenômeno (SILVA, 2010; MONKS & COYNE, 2011; LOPES NETO, 2011). Entretanto, foi desconsiderado o bullying sexual devido seus estudos serem recente. O que poderia confundir os respondentes com o assédio sexual. Distorcendo, assim, a real percepção de ocorrência do bullying na IES.

Nesse ínterim a pesquisa assumiu também o caráter quantitativo transversal, pois se utilizou de métodos quantitativos, estabelecendo a escala Likert, para tabular os dados no Excel 2007 e a coleta de dados foi feita de forma estruturada através do questionário aplicado aos alunos no período de 23/04/2012 a 27/04/2012.

Assim, a metodologia da pesquisa foi desenvolvida em duas partes: a primeira parte voltou-se para a formulação e definição dos referenciais teóricos, incluindo as bases de coleta de informações, validadas. A segunda parte dedicou-se a aplicação de questionário e sua respectiva tabulação, por meio do método da escala Likert, com suporte inicial do Excel 2007.



RESULTADOS E DISCUSSÕES


Percepção dos alunos sobre a existência de bullying na IES

Os resultados a seguir proporcionam uma visão a respeito da percepção dos alunos sobre a existência de alguma forma de bulliyng na IES, independente da frequência de sua ocorrência. Deixando explícito que as ações a serem pontuadas pelos respondentes deveriam possuir ocorrência repetitiva (FANTE, 2005; MARRA, 2007; FANTE e PEDRA, 2008; SILVA, 2010; MONKS & COYNE, 2011; LOPES NETO, 2011). Considerando a existência do fenômeno para os itens apontados no questionário pelos respondentes com valores na escala Likert entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre sempre” e a não existência os respondentes que marcaram todos os itens com “não ocorre”.  Os resultados podem ser observados na Tabela 1.



Tabela 1

Percepção dos alunos por curso:

Existência de alguma forma de ocorrência de bullying na IES


Percepção

Curso

Sim

Não

Total

ADM D

21

84%

4

16%

25

23,4%

ADM N

35

89,74%

4

10,26%

39

36,4%

TPG

10

71,43%

4

28,57%

14

13,1%

CE

23

79,31%

6

20,69%

29

27,1%

TOTAL

89

83,18%

18

16,82%

107

100%

Fonte: Dados da pesquisa











Dentre os alunos entrevistados, 25 eram do curso de Administração diurno (ADM D), desses alunos 84% acreditam que existe ocorrência do bullying na IES  e 16% não acreditam; 39 eram do curso de Administração Noturno (ADM N), entre eles 89,74% indicam que existe a ocorrência contra apenas 10,26% que discordam; 14 eram do Curso de Tecnologia em Processos Gerenciais (TPG), nesse curso 71,43% dos respondentes afirmam a ocorrência e 20,69% negam; e 29 eram do curso de Ciências Econômicas (CE), desse grupo 79,31% apontam a existência do bullying e 20,69% demonstram desconhecer a ocorrência.

Esses dados revelam, portanto, que 83,18% dos respondentes identificam a ocorrência de alguma forma de bullying nesse local. E 16,82% desconhecem a ocorrência dessa violência no seu âmbito de ensino.

Comprovando, assim, que a ocorrência de bullying existe no âmbito das universidades, percepção essa apontada pelos alunos respondentes dessa IES, seguindo a tendência de ocorrência assinalada na pesquisa de Mascarenhas et. al. (2011a) realizada com os alunos da UFMA.


Percepção dos alunos por curso sobre a ocorrência dos tipos de bullying

Uma vez identificado a existência de bullying no âmbito dessa IES, é necessário conhecer quais são os tipos dessa violência que estão ocorrendo. Com essas informações os gestores de cada curso poderá melhor formular estratégias para eliminar esse “problema que afeta o desempenho dos alunos” (SANTOS, 2010). Para tanto, as percepções foram separa por cursos e, por conseguinte, a percepção geral, como podem serem observadas na Tabela 2 a Tabela 6.



Tabela 2

Percepção dos alunos de Administração Diurna:

ocorrência de bullying na  IES

Percepção

Bullying

Não ocorre

Ocorre com pouca frequência

Ocorre

Ocorre com frequência

Ocorre sempre

Físico e material

97%

1%

1%

-

1%

Verbal

44%

14,67%

10,67%

18,67%

12%

Psicológico e Moral

75,43%

8%

6,86%

5,14%

4,57%

Exclusão social

76%

-

16%

8%

-

Cyberbullying ou virtual

88%

8%

-

-

4%

Fonte: Dados da pesquisa


Observa-se com os dados coletados que os alunos respondentes do curso de administração diurno (Tabela 2) apontam o bullying verbal como o tipo de bullying com maior ocorrência – 55% responderam entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre sempre”. Seguido do bullying psicológico e moral e por exclusão social com média 75,71% dos respondentes mencionando que “não ocorre”, entretanto 4,57% afirmam que “ocorre sempre” bullying psicológico e moral e 16% que “ocorre” por exclusão social. E com menor ocorrência o bullying físico e material, que 97% dos respondentes afirmam que não ocorrem esses tipos de bullying.


Tabela 3
Percepção dos alunos de Administração Noturna:

ocorrência de bullying na   – IES

Percepção

Bullying

Não ocorre

Ocorre com pouca frequência

Ocorre

Ocorre com frequência

Ocorre sempre


Físico e material

91%

5%

3%

-

1%


Verbal

80%

11%

5%

3%

1%


Psicológico e Moral

63,37%

17,22%

8,79%

6,96%

3,66%


Exclusão social

53,85%

20,51%

12,82%

10,26%

2,56%


Cyberbullying ou virtual

87,18%

5,13%

2,56%

2,56%

2,56%


Fonte: Dados da pesquisa

















Para os respondentes também do curso de administração, mas da turma do noturno (Tabela 3) a percepção de ocorrência do bullying é diferente. Pois os tipos de bullying que apresentam ocorrência significante são o bullying psicológico e moral e exclusão social, com 6,96% e 10,26% respectivamente, segundo os respondentes ocorre com frequência. Se considerado o percentual total da percepção dos respondentes em relação a esses dois tipos de bullying, 36,63% relatam que ocorre bullying psicológico e moral e 46,15% que ocorre bullying por exclusão social.

Essa turma pondera que a ocorrência de bullying verbal (11%) possui uma baixa ocorrência. Entretanto, 80% dos alunos não acreditam na ocorrência desse tipo de bullying, 91% na de bullying físico e material e 87,18% de bullying virtual.


Tabela 4
Percepção dos alunos de Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais: ocorrência de bullying na IES

Percepção

Bullying

Não ocorre

Ocorre com pouca frequência

Ocorre

Ocorre com frequência

Ocorre sempre


Físicos e material

92,86%

7,14%

-

-

-


Verbal

52,38%

11,9%

14,29%

4,76%

16,67%


Psicológico e Moral

80,61%

8,16%

6,12%

2,04%

3,06%


Exclusão social

85,71%

7,14%

-

7,14%

-


Cyberbullying ou virtual

92,86%

7,14%

-

-

-


Fonte: Dados da pesquisa

















No Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, os respondentes (Tabela 4) expõem que bullying físico e material (92,86%), exclusão social (85,71%) e virtual (92,86%) não ocorrem na IES. Mas percebem que o bullying verbal tem uma ocorrência notável, pois dos respondentes 14,29% apontam que “ocorre”, 4,76% que “ocorre com frequência” e 16,67% que “ocorre sempre”.

O bullying psicológico e moral, também são referidos pelos respondentes com ocorrência notável. Sendo o segundo mais citado por 19,39% respondentes entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre sempre”.


Tabela 5
Percepção dos alunos de Ciências Econômicas:

ocorrência de bullying na IES

Percepção

Bullying

Não ocorre

Ocorre com pouca frequência

Ocorre

Ocorre com frequência

Ocorre sempre


Físico e material

84,48%

4,31%

3,45%

0,86%

6,9%


Verbal

44,83%

11,49%

13,79%

5,75%

24,14%


Psicológico e Moral

43,84%

4,43%

10,34%

8,87%

32,51%


Exclusão social

58,62%

3,45%

20,69%

6,9%

10,34%


Cyberbullying ou virtual

89,66%

6,90%

-

-

3,45%


Fonte: Dados da pesquisa

















Os alunos respondentes de Ciências Econômicas (Tabela 5) possuem percepção de ocorrência de bullying distinta dos demais cursos investigados. Pois desses respondentes 6,9%, 3,45% e 4,41% assinalam que “ocorre sempre”, “ocorre” e “ocorre com pouca frequência”, respectivamente, bullying físico e material. Percepção que não ocorre nos demais cursos.

Ainda essa turma evidencia três tipos de bullying com taxas altas de ocorrência: 24,14% apontam que “ocorre sempre” bullying verbal, 31,03% entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre com frequência” e menos da metade (44,83%) dos respondentes acreditam que não ocorre; 32,51% afirmam ocorrer sempre atos de bullying psicológico e moral, 23,64% entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre com frequência” e 43,84% discordam que ocorra; e 10,34% confirmam “ocorrer sempre” bullying por exclusão social, 31,04% entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre com frequência”, contudo 58,62% não crêem na existência desse tipo de violência.

O bullying virtual é o tipo que os respondentes de Ciências Econômicas revelam que praticamente não ocorre, pois 89,66% dos respondentes disseram que não ocorre no ambiente investigado.

A percepção desse curso comparado com os outros cursos sobre a ocorrência de bullying nesse âmbito é alarmante. Pois os dados revelam que em média 15,47% dos respondentes dessa turma relatam que atos de bullying “ocorrem sempre” nesse ambiente.


Percepção geral sobre a ocorrência dos tipos de bullying

Analisado a percepção de todos os cursos de uma unidade sobre a frequência da ocorrência de bullying, é possível através da percepção média por curso conhecer a percepção da Unidade como um todo (Tabela 6).


Tabela 6

Percepção agregada dos cursos: ocorrência de bullying na IES

Percepção

Bullying

Não ocorre

Ocorre com pouca frequência

Ocorre

Ocorre com frequência

Ocorre sempre

Físico e material

90,89%

4,21%

2,10%

0,23%

2,57%

Verbal

45,17%

14,64%

12,46%

10,28%

17,45%

Psicológico e Moral

63,15%

10,41%

8,41%

6,41%

11,62%

Exclusão social

64,49%

9,35%

14,02%

8,41%

3,74%

Cyberbullying ou virtual

88,79%

6,54%

0,93%

0,93%

2,80%

Fonte: Dados da pesquisa

















Quando analisado a unidade em geral (Tabela 6) percebe-se que o bullying verbal tem a maior ocorrência, 17,45% dos respondentes assinalam que “ocorre sempre” e 45,17% que “não ocorre”. Esses resultados corroboram com os dados da pesquisa de Mascarenhas et. al. (2011b).

E em segundo o bullying psicológico e moral com 11,62% dos 107 respondentes demonstrando que “ocorre sempre” e 63,15% discordando totalmente, a percepção dos demais respondentes se encontra entre “ocorre com pouca frequência” a “ocorre com frequência” (25,23%). Resultado que vai ao encontro do estudo de Silva e Morgado (2011).

O bullying por exclusão social, conforme os dados da Tabela 7 apresentam tendência de tornar sua ocorrência expressiva. Pois, apesar de 64,49% dos respondentes afirmarem que “não ocorre”, 9,35% diz que “ocorre com pouca frequência, 14,02% que “ocorre”, 8,41% “ocorre com frequência” e 3,74% “ocorre sempre”. Revelando, assim, que se permanecer crescendo o número de ocorrências tem grandes probabilidades de passar a ocorrer sempre.

Os tipos de bullying menos notório na unidade segundo a percepção dos respondentes, são o do tipo físico e material – 90,89% “não ocorre” e 2,57% “ocorre sempre”, e o do tipo virtual – 88,79% “não ocorre” e 2,80% “ocorre sempre”.

Assim, confirma-se que esse fenômeno existe na IES investigada e sua frequência de ocorrência possui percentuais significantes quanto à percepção da amostra.

Uma vez identificado a ocorrência de bullying no âmbito dessa IES, torna-se relevante investigar se essa ocorrência está influenciando na evasão dos alunos dos cursos ministrados nessa unidade.


Percepção dos alunos sobre o bullying como fator de evasão em seu respectivo curso

A percepção dos alunos sobre o bullying como possível fator/motivo de evasão universitária, foi obtida com a Questão 21 – sua percepção sobre os possíveis fatores/motivos que alguns alunos dos seus respectivos cursos tenham se evadido – do questionário. Para tanto, foi dado algumas alternativas entre elas duas que se remetiam ao bullying.

Como existiam duas alternativas foi feita uma média das respostas para obter a percepção dos alunos respondentes. De modo a permitir a comparação entre a percepção por cursos, e também a percepção geral sobre a influência do bullying na evasão universitária, (Tabela 7).


Tabela 7
Percepção dos alunos por curso: o bullying é o fator/motivo da evasão de algum aluno

Percepção

Curso

Discordo Totalmente

Discordo

Não concordo nem discordo

Concordo

Concordo Totalmente

Administração diurna

96%

4%

-

-


Administração noturna

96,15%

1,28%

-

1,28%

1,28%

Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais

92,86%

-

-

-

7,14%

Ciências Econômicas

53,45%

17,24%

5,17%

3,45%

20,69%

Geral

84,11%

6,07%

1,40%

1,40%

7,01%

Fonte: Dados da pesquisa










No curso de Administração diurno 96% dos respondentes “discordam totalmente” e 4% “discordam” que o bullying tenha sido um fator/motivo para os alunos de sua sala terem se evadido do curso. Ou seja, para essa turma o bullying não teve influência como fator de evasão.

E para os respondentes também do curso de Administração, no entanto, noturno, 96,15% dos respondentes “discordam totalmente” e 1,28% “discordam” que o bullying tenha influenciado na evasão de algum aluno dessa turma. No entanto, diferente do curso de administração do período diurno 1,28% “concordam” e 1,28% “concordam totalmente” que o bullying foi um dos fatores/motivos para algum aluno ter se evadido.

No Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais 92,86% dos respondentes “discorda totalmente” que há influência do bullying como fator de evasão. E 7,14% “concordam totalmente” com essa hipótese. O que indica a incidência do bullying como um fator/motivo de evasão, entretanto grande parte dos alunos respondentes dessa turma não teve conhecimento do caso.

Os respondentes do curso de Ciências Econômicas têm uma percepção que vai de desencontro com a apontada pelos demais cursos citados. Pois 53,45% “discordam totalmente” e 17,24% “discordam” dessa hipótese e 5,17% “não concorda nem discorda”. Contudo nesse curso 3,45% “concordam” e 20,69% “concordam totalmente” que o bullying é um fator que influenciou na evasão dos alunos dessa turma.

Portanto, observa-se que o curso de Ciências Econômicas é o curso da  que apresenta o maior índice de concordância com a afirmativa em questão. É relevante notar que apesar dos dados alarmantes, mais de 50% da turma não percebe essa situação ou não a encaram como bullying.

Quando considerando os dados com abrangência geral dos cursos analisados, 84,11% do total de alunos respondentes “discordam totalmente”; 6,07% “discordam”; 1,4% “não concordam nem discordam”; 1,4% “concordam”; e 7,01% “concordam totalmente” que o bullying seja um fator/motivo que causou a evasão de algum aluno nesse âmbito.

Assim, compreende-se que os dados quando tratados na sua abrangência geral demonstra que o bullying é um fator/motivo de baixa influência na evasão universitária. Mas quando analisado por grupos, cursos, fica evidente que essa violência é sim um fator que pode influenciar na evasão universitária.


CONCLUSÃO

A evasão é uma temática complexa, sendo considerada a interrupção de qualquer ciclo de ensino. Tendo como abrangências fatores históricos, políticos, econômicos, sociais e psicológicos. O que permitiu vislumbrar o problema do bullying no contexto da evasão universitária.

Problema esse que se apresenta como atos de violência entre pares de forma cíclica e manifesta, conhecido por características especificas e classificação por tipos de ações. Que por sua vez, afetam o ciclo de atividades de um indivíduo ou grupo. Podendo ocasionar até o desligamento de algum dos envolvidos do ambiente onde ocorre o bullying.

Nesse contexto, a pesquisa objetivou conhecer a percepção dos alunos em uma universidade federal da região Centro-Oeste sobre a taxa de ocorrência do bullying nesse âmbito e se existe uma co-relação com a evasão universitária.

Assim, o objetivo e a problemática da pesquisa foram atendia vez que foi conhecido a taxa de ocorrência do bullying na IES, mais especificamente nos cursos investigado e a influência desse fenômeno na evasão universitária.

Os dados da pesquisa proporcionaram concluir que 83,18% dos alunos respondentes percebem a ocorrência de bullying no local, independente da frequência dos atos. O que comprova a existência desse fenômeno no âmbito investigado.

Essa ocorrência identificada, quando investigada por grupos, cursos, apresentou frequência de ocorrência distinta por tipos de bullying. Principalmente, quando comparado a proporção de relatos da frequência de ocorrência dos tipos de bullying na percepção dos respondentes do curso de Ciências Econômicas com os demais cursos da unidade.

Uma vez, conhecido a dimensão do problema, foi averiguado se essa ocorrência é um fator/motivo da evasão universitária na percepção dos alunos dessa unidade. Os resultados da pesquisa apontaram que é sim um fator/motivo que contribuiu para a evasão de alguns dos alunos que deixaram os cursos investigados.

A pesquisa revelou também que quando analisado os dados por grupos, cursos, torna-se evidente que o bullying é um fator/motivo que pode influenciar muito na evasão universitária. Mas quando analisado como uma abrangência geral, ou seja, envolvendo a unidade como um todo esse fenômeno se torna um fator/motivo de baixa influência na evasão dessa unidade.

Assim, pode-se afirmar a existência desse fenômeno no âmbito universitário. E que ele é um fator/motivo que leva os alunos a se evadirem dos seus respectivos cursos. Entretanto, é interessante ressaltar que a pesquisa tem limitações por não ser probabilística e não ter realizado uma investigação mais detalhada junto aos respondentes. Portanto, algumas sugestões de novas pesquisas seriam uma investigação probabilística e mais detalhada, e também a busca por estratégias de gestão para minimizar o problema de ocorrência do bullying que prejudica no desempenho de aprendizado e a evasão universitária, devido esse fenômeno.

Dada a importância dos temas “bullying e evasão universitária” e o número reduzido de trabalhos envolvendo o bullying universitário e num sobre o bullying como possível fator de evasão universitária, nessa perspectiva, buscou-se com esta pesquisa contribuir para o preenchimento desta lacuna, bem como fornecer um referencial para subsidiar estratégias de prevenção dessa violência na universidade e discussões acadêmicas sobre o tema em questão.


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Gislayne da Silva Goulart¹ & Wilson José Gonçalves²


¹ Graduanda de Administração da UFMS, bolsista de Iniciação Científica CNPq – PIBIC 2011/12.

² Professor da UFMS, Centro de Ciências Humanas e Sociais; Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.










 

Autor deste artigo: GISLAYNE DA SILVA GOULART - participante desde Sáb, 11 de Agosto de 2012.

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